A vasectomia é o método mais eficaz de contraceção masculina. Por ser um método definitivo, ou seja, não reversível, é aconselhável que seja opção apenas para quem se sente seguro que não quer ter filhos.
É um método cirúrgico simples que provoca a esterilização do homem, ou seja, interrompe os canais deferentes. Estes canais são responsáveis por levar os espermatozóides dos testículos para o pénis. Normalmente é uma cirurgia rápida realizada em cerca de 15 a 20 minutos, no consultório médico, sem necessidade de internamento.
Muitas pessoas confundem a esterilização com castração. A castração consiste na remoção cirúrgica dos testículos. Já a esterilização apenas impede a ligação dos testículos com o pénis.
Este método é indicado para homens com filhos e acima dos 30 anos.
É importante lembrar que a vasectomia não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
Como é feita a vasectomia?
A cirurgia é, normalmente, realizada por um urologista.
É aplicada uma anestesia local no escroto e realizado um pequeno corte, através do qual são exteriorizados os ductos deferentes. Um vez exteriorizados é só cortar os ductos e coser as pontas.
Após o procedimento o paciente tem alta e deve permanecer em repouso durante cerca de 3 dias. O banho é aconselhado apenas 24 a 48 horas após a cirurgia e exercício físico após uma semana, no mínimo.
Nos primeiros dias é normal a presença de dor e desconforto que pode ser facilmente aliviada com a administração de analgésicos.
Após uma semana podem ser retomadas as relações sexuais. É importante referir que ainda existirão espermatozóides no esperma durante cerca de 12 a 20 ejaculações, até que os ductos estejam completamente “limpos”.
Durante este período existe o risco de gravidez, pelo que é recomendado o uso de um método contracetivo adicional.
Todo este processo é acompanhado pelo médico, que fará uma revisão 3 meses após a cirurgia. Caso já não haja a presença de espermatozóides no esperma, o homem é considerado estéril.
Após a cirurgia deixa de haver esperma?
O esperma não é apenas constituído por espermatozóides, mas também por outros líquidos libertados pelas vesículas seminais e pela próstata, que ajudam a sua mobilidade. Os espermatozóides representam apenas uma pequena percentagem.
Uma vez que as vesículas seminais e a próstata continuam a libertar os seus fluidos para o pénis, continua a existir esperma. Contudo, esse esperma está livre de espermatozóides
A ejaculação continua normal, apenas ocorrerá sem a presença de espermatozóides.
Após a confirmação da esterilização, deixa de haver risco de gravidez.
Há risco de impotência sexual?
A ideia de que a vasectomia provoca impotência é um mito. Na verdade, a probabilidade de isto acontecer é muito baixa, uma vez que a cirurgia não afeta o pénis.
No entanto, durante as primeiras semanas pode haver dificuldade na ereção, devido a ansiedade ou sensação de dor e desconforto pós-cirúrgico.
Para além disto é importante referir que este método não provoca alteração do prazer sexual do homem, pois não provoca alterações sensoriais no pénis.
É possível reverter a vasectomia?
Em alguns casos raros, há a possibilidade de recuperar a ligação dos ductos deferentes. No entanto, quanto mais tempo passar após a cirurgia, menor é a probabilidade de reverter, uma vez que vai havendo uma produção cada vez menor de espermatozóides.
Por esta razão, a vasectomia deve ser realizada apenas por homens que se sintam seguros de que não querem ter filhos.