Logo nas primeiras semanas de gravidez, há muita a acontecer no seu úteto e a placenta é uma das primeiras coisas a desenvolver-se.
Tem uma estrutura em forma de disco, com cerca de 15 a 20 cm de diâmetro e 3 cm de espessura, por isso, não é de estranhar que, no termo, pese cerca de 600 gramas.
Organiza-se em cotilédones, uma espécie de gomos, de laranja, e é composta por tecidos maternos e fetais. A placenta é forrada pela membrana amniótica e, por isso, tem um aspeto brilhante e é responsável por fornecer nutrientes e oxigénio ao seu bebé.
Para que serve a placenta?
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A placenta funciona como um pulmão, um rim ou uma glândula endócrina. Leva oxigénio ao bebé e livra-o de gases indesejáveis como o monóxido o dióxido de carbono.
Faz chegar ao seu bebé aminoácidos, ácidos gordos e vitaminas. Impede que substâncias nocivas cheguem ao bebé como ácido úrico, creatinina ou ureia.
Fornece anticorpos que protegem o bebé de doenças como o sarampo mas não a toxoplasmose, por exemplo. Também produz hormonas que permitem o seu desenvolvimento.
O cordão umbilical é o meio de comunicação entre o bebé e a placenta. O cordão é formado por uma veia e duas artérias umbilicais que fazem o filtro de tudo o que é nocivo para o bebé. E o líquido amniótico é um amortecedor que absorve todos os choques, previne a aderência do embrião ao saco amniótico, permite os movimentos do bebé e mantém a temperatura uniforme.
Alguns minutos depois do parto, a placenta é expulsa e é importante verificar se não ficaram quaisquer resíduos no corpo da mulher.
O que é placenta prévia?
A placenta prévia é quando a placenta se fixa na parte inferior do útero ficando este coberto na totalidade ou apenas uma parte. É muito comum a placenta mover-se ao longo da gravidez, à medida que o útero cresce, porém, no terceiro trimestre, a placenta deve estar no topo do útero de modo a abrir caminho para o parto.
Existem três tipos de placenta prévia:
- Placenta prévia completa: quando a placenta cobre totalmente o oríficio interno do colo do útero.
- Placenta prévia marginal: quando a placenta se estende até às laterais da cerviz.
- Placenta prévia parcial: quando a placenta cobre apenas uma parede da abertura do colo do útero.
Alguns fatores podem aumentar o risco de ter placenta prévia, nomeadamente:
- idade superior a 35
- gravidez de gémeos
- cesariana anterior
- anterior cirurgia uterina
- placenta prévia anterior
- placenta maior que o normal
- fumadora
Reconhecer os sintomas de placenta prévia
Se sente perdas de sangue recorrentes mas indolores, é importante falar com o seu médico para fazer uma ecografia a fim de avaliar qual será a causa das perdas. Pode também sentir cólicas ou contrações prematuras. Isto acontece por volta do final do segundo trimestre ou início do terceiro.
Qual é o tratamento?
Não há muito mais que possa fazer além de descansar e não ter relações sexuais. Se existir hemorragia, pode ser necessário internamento. Nos casos de placenta prévia, normalmente, é aconselhada uma cesariana.
E se acontecer um descolamento da placenta?
Numa situação normal, a placenta mantém-se ligada à parede do útero até depois do bebé nascer, quando há há um descolamento, significa que a placenta se separou demasiado cedo da parede do útero. O descolamento da placenta é uma condição grave mas incomum, porém, pode ser fatal.
Reconhecer os sintomas de descolamento da placenta
Durante a gravidez, é importante estar atenta a qualquer alteração no seu corpo para que seja possível intervir a tempo. Por isso, se tiver perdas de sangue vaginal, dor abdominal, dor nas costas ou contrações uterinas rápidas, deve contactar o seu médico.
Qual é o tratamento?
O seu médico saberá qual é a melhor opção para o seu caso, no entanto, pode passar por internamento, descanso absoluto ou por medicação para ajudar os pulmões do bebé a amadurecer, caso ocorra um parto prematuro. Pode também ser necessário antecipar o parto.