Share the post "Trail Running e bicicleta: a liberdade e os desafios do desporto ao ar livre"
Onde a estrada de alcatrão acaba, numa pequena aldeia com 40 habitantes chamada Ferraria de São João, vive Pedro Pedrosa. É um empreendedor que se mudou para uma das Aldeias do Xisto, para criar a Portugal A2Z, uma empresa que organiza programas personalizados de cicloturismo, BTT e caminhada.
Ali, junto à Serra Lousã, há inúmeros trilhos BTT e pedestres para descobrir, que Pedro ajudou a sinalizar e agora percorre na sua bicicleta. Há paisagens deslumbrantes para descobrir e não será de surpreender encontrar uma raposa, um veado ou um javali pelo caminho.
Este é o local perfeito para alguém como o Pedro, que gosta de se manter ativo e em contacto com a natureza. Foi também o local que escolheu com a sua família para criar o primeiro Bike Hotel do país, as casas Vale do Ninho. Um espaço pensado especialmente para ciclistas, mas também para quem pretende uma estadia mais desportiva, mais ativa, não só de bicicleta, mas também noutras modalidades, como o trail running ou uma simples caminhada.
Uma oportunidade para conhecer locais únicos
É em cima da bicicleta que Pedro se sente feliz. Já pedalou um pouco por todo o mundo e conheceu lugares como a Patagónia, os Himalaias, ou a Austrália.
Fazer exercício ao ar livre não é bom apenas para a saúde física, “é uma experiência muito enriquecedora também a nível emocional. Há uma sensação única de liberdade e de superação. E permite-nos chegar a sítios únicos, remotos, que de outra forma não conheceríamos”. O ciclismo é “muito completo, comparativamente a outros desportos”. Pode ser praticado sozinho ou em grupo e nunca é monótono, pois “basta mudar de paisagem, de companhia ou de grau de dificuldade e torna-se logo uma experiência completamente diferente”.
Traçar objetivos é a melhor motivação
Para manter a motivação no treino diz que não há nada melhor do que traçar objetivos, como por exemplo uma viagem ou uma competição. Por isso, todos os anos elege um destino. No ano passado, por exemplo, fez o Tuscany Trail, em Itália, um dos maiores eventos de bikepacking do mundo. A ideia deste ciclismo de aventura é treinar para depois fazer a travessia em bicicleta de um determinado local, sendo que esse percurso, que pode ser de longa distância e alcançar os 700 quilómetros, é feito no espaço de uma semana.
O maior desafio desportivo que já se propôs fazer foi o Ultra Trail du Mont-Blanc, que decorre nos Alpes, os picos mais altos da Europa. O trajeto passa por França, Itália e Suíça, totalizando uma distância de 167 quilómetros. É talvez a ultramaratona de montanha mais conhecida do mundo e há um limite de tempo para terminar a prova. Apesar de todas as adversidades que uma prova destas implica, Pedro superou os limites físicos e psicológicos e chegou à meta depois de “mais de 40 horas, non stop, sempre a correr”. Alguns anos antes, nos Himalaias, percorreu a estrada mais alta do mundo em bicicleta. Num percurso que termina a 5600 metros de altitude. São os desafios que o levam mais longe:
“Ter filhos é um desafio. Ter o meu próprio projeto, nesta aldeia, é uma opção de vida e um desafio constante. São os desafios que movem as pessoas e as fazem andar em frente. Não viro a cara a um bom desafio e no desporto é mesma coisa”.
Cycling para todos
Apesar de andar de bicicleta numa montanha com fortes declives poder ser fisicamente desafiante e exigir preparação, Pedro acredita que este “é um desporto acessível a todos”. Hoje em dia, essas dificuldades podem ser atenuadas recorrendo às bicicletas elétricas. Para além disso, quem pratica ciclismo pode optar entre andar na estrada, mais suave e confortável, ou optar por um terreno mais montanhoso.
Para chegar mais longe nesta modalidade, basta querer. E para quem queira sentir a liberdade de experimentar umas férias em bicicleta, a preparação necessária “é mínima”.
Na família de Pedro as férias de natureza já são habituais. Com a mulher, os dois filhos e o cão, já percorreram os trilhos do Loire, em França, e descobriram outros pontos turísticos apenas alcançáveis neste meio de transporte.
Em Portugal, a ciclovia EuroVelo, rota da Costa Atlântica, oferece excelentes condições para este tipo de férias. De Valença a Sagres é possível usufruir de bonitas paisagens com praias, num percurso com pouco relevo. “Fisicamente não é demasiado exigente. A preparação necessária é habituarmo-nos à bicicleta, ao equipamento e ao que isso implica. É um itinerário que fazendo 20 ou 40 quilómetros por dia, numa manhã ou numa tarde, é perfeitamente acessível a qualquer pessoa”.
Há cada vez mais empresas não só a alugar as bicicletas para a família inteira, como a fazer o transporte das bagagens. Já há toda uma logística instalada para fazer férias de bicicleta. Outra possibilidade são os Bike Hotel, como as casas do Vale do Ninho, que têm um ambiente preparado para receber ciclistas e que inclusivamente alugam bicicletas para quem não as quiser trazer de casa.
Pedro é um defensor desta forma de viajar que considera “bastante sustentável e com pouca pegada ecológica”. Por outro lado, considera que este tipo de turismo permite “dar um contributo diferente às comunidades que são visitadas. Normalmente são comunidades com menos turistas e este turismo da natureza ajuda-as a sair de algum isolamento e de alguma debilidade económica”.
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