No século XIX, a tosse convulsa provocou muitas mortes na Europa e nos Estados Unidos da América pela facilidade de contágio que lhe está associada e, claro, pela inexistência de tratamentos.
Contudo, o aparecimento de um tratamento em formato de vacina tornou a prevenção mais fácil e reduziu fortemente o aparecimento desta doença.
Com sintomas que passam por ataques de tosse agressivos e persistentes que acabam por resultar em vómitos e até na mudança de cor do rosto, a tosse convulsa tem de ser detetada precocemente de forma a garantir que não vai evoluir e tornar-se mais perigosa.
TOSSE CONVULSA: O QUE É?
Considerada uma doença mortal no início do século XIX, a tosse convulsa acabou por encontrar uma solução e hoje pode ser curada e até evitada.
Com um tratamento desenvolvido sob a forma de vacina, a quantidade de pessoas infetadas por esta doença reduziu drasticamente.
Podendo numa primeira fase ser confundida com uma simples constipação, quando a tosse convulsa evolui pode tornar-se realmente perigosa e os sintomas tornam-se muito mais intensos e agressivos.
Os simples espirros passam a ataques de tosse intensos e que terminam com inspirações prolongadas que emitem sons agudos.
TOSSE CONVULSA: CAUSAS
Esta doença é causada pela bactéria bordetellapertussis e transmitida através das gotículas que uma pessoa infetada liberta quando tosse ou quando espirra. É portanto transmitida muito facilmente, mas caso seja feita a vacinação, é quase certo que se fica totalmente protegido.
Contudo, é importante que os adultos façam um reforço da mesma, uma vez que, com o passar do tempo, a proteção vai sendo mais reduzida.
TOSSE CONVULSA: SINTOMAS
Os sintomas começam a surgir entre 3 a 12 dia depois de a infeção ser contraída. Embora possam inicialmente ser semelhantes aos de uma simples constipação, acabam por evoluir para situações mais agressivas.
Referimos alguns exemplos, sendo que os últimos serão já mais graves:
- Espirros;
- Olhos lacrimejantes;
- Febre ligeira;
- Nariz entupido;
- Perda de apetite;
- Mucosidade escassa e fluida que depois se torna espessa e pegajosa;
- Tosse persistente;
- Som agudo semelhante a pieira na inspiração;
- Tosse seguida de vómitos;
- Alteração da cor do rosto durante os ataques de tosse.
TOSSE CONVULSA: TRATAMENTOS
1. BEBÉS E CRIANÇAS
Caso sejam bebés com menos de três meses, o tratamento terá de passar pelo internamento de forma a garantir que a doença não irá desenvolver-se e assumir contornos mais graves. Terão sempre de ficar isolados dos restantes pacientes, uma vez que é realmente uma doença muito contagiosa.
Como tratamento serão administrados antibióticos por via intravenosa de forma a acabar com a infeção, mas são também dadas muitas vezes corticosteróides com o objetivo de reduzir a inflamação das vias aéreas.
Pode ainda se necessário “aspirar” as vias respiratórias da criança para remover o muco que bloqueia o seu bom funcionamento e até inserir um tubo pela traqueia até aos pulmões para que recebam o oxigénio que precisam.
Dependendo dos casos, pode ser necessário receber fluídos intravenosos, para fortalecer a criança e até dar alguns sedativos que a ajudem a descansar para que consiga recuperar mais rápido.
2. ADOLESCENTES E ADULTOS
Desde que seja detetada numa fase inicial, a tosse convulsa pode ser tratada com antibióticos e sempre muito descanso associado.
Caso os doentes já estejam numa fase onde a tosse persistente e agressiva já se faz sentir, então os antibióticos não serão a cura e irão simplesmente aliviar os sintomas.