Gosto de listas, de planear, de antecipar problemas, de saber. Bom, na verdade, não faço isto com tudo e posso ter um ou outro trabalho atrasado, algumas coisas por fazer cá por casa, uma ou outra tarefa que deixo arrastar mas passem-me a missão de preparar uma lista ou planear seja o que for e fico feliz. Por isso, ainda o positivo não tinha saído e já o meu planeamento estava todo delineado: o que comprar, quanto gastar, como e onde fazer o quê.
Na verdade, não se pode dizer que sou propriamente uma pessoa organizada porque procrastino imenso. Sou mais alguém que descobriu a estratégia certa para controlar a ansiedade: planear. Sentir que tenho tudo em controlo, ainda que com margem para drásticas mudanças de planos, ajuda-me a não enlouquecer, nem sou atacada por palpitações agressivas, pesadelos ou ataques de fúria. A humanidade também agradece.
Assim, não é de estranhar que às 22 semanas (entre o fim do 5º e o início do 6º mês), a grande maioria das coisas já estava comprada, como o berço, o carrinho e acessórios, a cama de grades, a cómoda, o tapete, a cadeira, todas as fraldas de pano e babetes, tecido para fazer lençóis e várias roupinhas. Para além disso, tenho várias listas na Wunderlist com os artigos que faltam comprar, sejam meias ou artigos de farmácia.
As recomendações apontam as 30 semanas como a melhor altura para preparar a mala da mãe e do bebé para a maternidade. Ora, preparar a mala para a maternidade implica ter, pelo menos, roupa para a criança vestir. Mas essas são as compras mais simples ou as que podem exigir menos, fisicamente, da mãe. Escolher berço, carrinho e montar o quarto é uma tarefa um pouco mais complexa e já sabemos que o último trimestre é o mais complicado.
A barriga e as pernas pesam, a dificuldade em dormir começa a dar sinais, o impaciência pode instalar-se, as costas começam a ser as piores amigas e são os próprios profissionais de saúde que recomendam que tudo fique tratado antes do último trimestre, já que este deve ser um período de maior descanso, quando já tudo deve estar planeado e decidido. Para quê atrasar o que há para fazer e correr o risco de não estar em condições de tratar o que for preciso, ficar ansiosa ou o bebé decidir sair antes do tempo? Por isso, sim, pessoas, aos cinco meses já tenho quase tudo pronto.
Veja também:
- #1: o princípio
- #2: não são perguntas normais
- #3: ninguém nos diz isto
- #4: terato… quê?
- #5: tenho medo
- #6: já faltou mais…
- #7: vamos lá fazer um bebé!
- #8: positivo!
- #9: hallo, hallo, estás aí?
- #10: vão ser avós!
- #11: público ou privado?
- #12: um exibicionista
- #13: como assim não sou imune?
- #14: que fome é esta?
- #15: cansam-me
- #16: são puns, pessoas!
- #17: salvem-me das férias
- #18: as papas, os morangos e a morcela
- #19: está tudo no sítio
- #20: as grávidas inventam
- #21: habemus mau feitio
- #23: eu não quero um baby shower
- #24: o baby shower aconteceu
- #25: uma lufada de ar fresco
- #26: quero relatos, não sermões!
- #27: diz que gravidez não é doença
- #28: nada para vestir
- #29: mixórdia de cenas#30: temos que falar sobre isto
- #30: temos que falar sobre isto
- #31: calem-se porra!
- #32: Bêbada de amor
- #33: Tenho que voltar a isto
- #34: Uma gravidez santa
- #35: O meu plano de parto