Share the post "Suplementos que não servem para o aumento da massa muscular"
No mundo da musculação e fitness, a suplementação é um tema constante. Mas será que todos os suplementos são promotores diretos do ganho de massa muscular? A resposta é não. Existem, efetivamente, suplementos que não servem para ganhar massa muscular.
No entanto, e antes de aprofundarmos quais são estes suplementos, importa relembrar que a suplementação deve ser sempre um complemento à alimentação e não um substituto.
O processo anabólico é o processo de construção que está na base da hipertrofia muscular. Neste processo, a tríade – alimentação, treino e descanso – assume uma grande importância, podendo condicionar positiva ou negativamente este processo, se os três componentes não estiverem em sintonia.
Com efeito, antes de considerar a hipótese da suplementação, é importante que a ingestão proteica, energética e de hidratos de carbono esteja de acordo com o objetivo, com o gasto energético e com o tipo de exercício praticado, pois só assim se consegue um ganho muscular efetivo.
Suplementos que não servem para o aumento da massa muscular
De uma forma simplista, apenas os suplementos anabólicos, mais precisamente os suplementos proteicos, promovem o processo de hipertrofia.
Existem outros suplementos, que indicaremos de seguida, que por promoverem o aumento do rendimento desportivo ou por estimularem a produção de testosterona ou hormona de crescimento podem ajudar, indiretamente, no processo de aumento de massa muscular. Vejamos quais são.
1. Creatina
A creatina é um composto produzido naturalmente pelo organismo, a partir dos aminoácidos glicina, arginina e metionina, sendo o principal local de produção o fígado, seguido do rim e do pâncreas.
Cerca de 98% da creatina do organismo está armazenada no músculo-esquelético, maioritariamente sob a forma de fosfato de creatina, um composto altamente energético, que fornece a maioria da energia para os primeiros 6 a 8 segundos de contração muscular.
À medida que vai decorrendo o exercício, os níveis de fosfato de creatina vão-se esgotando, limitando o rendimento físico do atleta e a capacidade para executar exercícios de alta intensidade. Por esse motivo surgiu no mercado a suplementação em creatina.
A suplementação com creatina possibilita, portanto, um aumento da concentração de fosfocreatina no músculo, um composto essencial que serve de substrato para a produção de ATP, evitando a degradação das reservas de glicose para obtenção de energia.
Além disso, a creatina ajuda também a prevenir a acumulação de ácido lático no tecido muscular, a qual é responsável pela ocorrência de fadiga e dor muscular, ajudando a prolongar o tempo de esforço físico e a capacidade de execução dos exercícios.
Por outro lado, uma maior concentração de fosfocreatina no músculo promove um maior afluxo de água para o interior das células, estimulando a atividade celular muscular. Desta forma, a creatina é também responsável pelo aumento do peso corporal.
Por estes motivos, é um dos suplementos que apesar de não contribuir diretamente para o aumento de massa muscular, ajuda de forma indireta.
2. Tribulus terrestris
O Tribulus Terrestris é uma planta que estimula a produção natural de testosterona e hormona luteinizante, hormonas importantes para a reparação e regeneração das fibras musculares no período de recuperação.
Estes processos potenciam o aumento do volume das fibras musculares, tornando-as mais fortes e resistentes, tendo sido este componente isolado na forma de suplemento para promover o aumento do rendimento.
Vários estudos demonstraram também que as saponinas desta planta são ainda responsáveis pelo aumento da força, energia e massa muscular.
Como consequência do aumento dos níveis de testosterona, verifica-se também um aumento na libido e no desempenho sexual associado a este suplemento.
3. ZMA
O ZMA é um suplemento que combina zinco, magnésio e vitamina B6. Esta combinação promove um aumento natural da testosterona, sendo essencial para o melhorar o rendimento desportivo, incluindo as funções musculares e psicológicas, contribuindo, indiretamente, para o aumento da massa muscular.
4. Glutamina
A glutamina é o aminoácido mais abundante no corpo, estando concentrado no sistema muscular. É considerado um aminoácido semi-essencial, visto que pode ser sintetizada pelo organismo (no músculo) a partir de outros aminoácidos como o ácido glutâmico, a valina e a isoleucina.
Devido à sua abundância no tecido muscular, a glutamina é um aminoácido importante para reforçar o sistema imunitário e melhorar o rendimento desportivo.
No entanto, ainda não existe evidência científica suficiente de que realmente promova o aumento da massa muscular.
Apesar do organismo produzir glutamina em quantidades suficientes, quando o treino é de elevada intensidade, os níveis de glutamina podem sofrer um decréscimo, justificando-se a sua suplementação no sentido de otimizar a recuperação e o rendimento no treino.
5. Arginina e Ornitina
A arginina e a ornitina são dois aminoácidos que parecem estimular a síntese de hormona de crescimento e aumentar a concentração de insulina em circulação em atletas que praticam musculação, as quais têm capacidade de estimular o crescimento e regeneração das células musculares.
Já a ornitina acelera as reações do ciclo da ureia, um processo metabólico cujo objetivo é excretar o amoníaco e os demais compostos azotados, que prejudicam a performance desportiva.
6. Ácido D Aspártico
O ácido aspártico é um aminoácido formado principalmente na hipófise, hipotálamo e testículos. Tem um papel fundamental na produção de testosterona e estimula o organismo a desencadear processos promotores de crescimento muscular, aumento de força e energia.