Share the post "Síndrome dos ovários policísticos: o que é, causas e tratamento"
A Síndrome dos ovários policísticos, é uma das alterações endocrinológicas mais comuns na população feminina em idade fértil. No entanto, muitos casos ficam por diagnosticar. Conheça aqui quais os sintomas mais comuns, causas e tratamento desta patologia.
Síndrome dos ovários policísticos: de A a Z
O que é?
A Síndrome dos ovários policísticos (SOP), caracteriza-se pela presença de quistos nos ovários, e é uma alteração endocrinológica que atinge um grande número de mulheres em idade fértil. Esta condição é associada frequentemente a um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e a maior prevalência de cancro do endométrio em idade precoce. Assim, o diagnóstico atempado e tratamento adequado assumem um papel fundamental.
Quais são os sintomas?
- Ciclos menstruais irregulares: amenorreia (falta de menstruação), menstruação frequente ou imprevisível.
- Hirsutismo (Excesso de pelos corporais): lábio superior, queixo, costas, polegares e dedos dos pés, ao redor dos mamilos e ao longo da linha alba.
- Queda de cabelo: geralmente na zona temporal (acima das orelhas).
- Acne
- Obesidade
- Hipertensão arterial
- Alteração do metabolismo da glicose
- Infertilidade
- Depressão e ansiedade
De salientar que estes sintomas podem aparecer aquando da primeira menstruação (menarca). Dado que, nesta fase, o ciclo menstrual ainda está em regulação, é muito fácil que esta síndrome passe despercebida. No entanto, caso dois a três anos após a menarca, a menstruação continuar muito irregular, deverá consultar o ginecologista.
Síndrome dos ovários policísticos: as causas
A Síndrome dos ovários policísticos é uma desordem do sistema endócrino. Este sistema é responsável pela regulação de inúmeras funções essenciais à vida, como o metabolismo, sono, funções reprodutivas entre outras. A causa da Síndrome dos ovários policísticos não é conhecida, mas sabe-se que fatores genéticos e hormonais associados a um estilo de vida menos saudável, aumentam a probabilidade da sua ocorrência.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da Síndrome dos ovários policísticos é efetuado através de:
- Avaliação completa da história clinica e sintomas;
- Exame físico;
- Análises sanguíneas (Níveis de testosterona, FSH, prolactina e TSH);
- Ecografia pélvica para confirmar o diagnóstico.
O diagnóstico de Síndrome dos ovários policísticos é feito quando se está na presença de pelo menos duas das seguintes condições:
- Oligomenorreia (menstruação com frequência anormal), amenorreia (falta de menstruação) ou anovulação (falta de ovulação);
- Hiperandrogenismo (Excesso de hormonas masculinas);
- Ovários poliquísticos identificados por ecografia.
Qual o tratamento?
O tratamento deve ser adequado a cada mulher de acordo com os sintomas e intuito terapêutico. As formas mais comuns de tratamento da Síndrome dos ovários policísticos são:
- Uso de pílula anticoncecional específica para SOP;
- Exercício físico regular;
- Controlo adequado do peso;
- Uso de hipoglicemiantes orais ou outros fármacos que estejam indicados para o quadro clínico metabólico em causa;
- Uso de fármacos específicos para limitar o excesso de testosterona ou a ação da testosterona existente;
- Uso de estimulantes da menstruação;
- Redução do stress e ansiedade.
Mulheres com síndrome dos ovários policísticos têm maior risco de complicações na gravidez como diabetes gestacional, parto prematuro e pré-eclâmpsia, que são exacerbados pela obesidade. A avaliação pré-concecional é por isso fundamental.
É possível prevenir o problema?
Até ao momento, não é conhecida a prevenção da Síndrome dos ovários policísticos. No entanto, através do controlo adequado do peso e um estilo de vida saudável é possível evitar o desenvolvimento de diabetes e doenças cardiovasculares.