Share the post "6 Formas de salvar a vida do seu filho em caso de acidente"
Para evitar acidentes e salvar a vida do seu filho, a melhor prática é a prevenção, ou seja, deve procurar reduzir os perigos.
Princípios fundamentais para salvar a vida do seu filho
É preciso ter a consciência de que, sim, se agir rapidamente pode salvar a vida do seu filho, no entanto, é importante cumprir dez princípios fundamentais:
- Verificar se é seguro socorrer
- Manter a calma
- Gritar por ajuda
- Chamar Serviço Emergência Médica (112)
- Manter aquecimento da criança
- Vigiar respiração e pulso da criança
- Conhecer as suas limitações e potencialidades
- Reconhecer os seus limites de atuação
- Ser rápido e perspicaz
- Ser bom observador
Números importantes que deve ter gravados no seu telefone ou afixados num local visível de casa:
- Serviço Nacional de Emergência Médica: 112
- Centro de Informação Anti-Venenos: 808 250 143
- Linha Saúde 24: 808 24 24 24
- Centro de Saúde local
- Hospital da sua área de residência
6 formas de salvar a vida do seu filho
1. Queimaduras
Este é um dos acidentes mais frequentes e nem sempre os cuidadores atuam da forma mais correta.
O primeiro passo a dar é retirar de imediato roupa e adornos atingidos – desde que estes não estejam aderentes à pele. Depois, deve arrefecer a zona com soro fisiológico, água fria ou gelo, dar água para beber e aplicar uma pomada para queimaduras e gaze vaselinizada.
Muito importante: se formar bolhas não deve rebentar, furar ou remover a pele – eles servem precisamente para proteger.
No caso de queimaduras muito graves, deve aplicar compressas ou lençóis húmidos e ligar para o 112.
2. A criança está a sufocar
Se o seu filho engoliu algo que o está a fazer tossir, engasgou-se, parou de respirar, está a ficar azul ou inconsciente, a sua rápida ação pode salvar-lhe a vida. Em circunstância alguma coloque os seus dedos na boca da criança já que pode piorar a situação.
Se o seu filho está engasgado mas continua a respirar, não interfira e deixa que o seu corpo reaja expulsando o objeto.
Se passar mas nada sair, é importante perceber o que se passou para avaliar se é necessário ir ao hospital – o objeto pode sair nas fezes mas também pode alojar-se nos pulmões ou perfurar os intestinos.
Se a criança parar de respirar, está na hora de intervir. Este vídeo, ainda que em inglês, mostra algumas das técnicas que podem salvar a vida do seu filho.
3. A criança pára de respirar
Se o seu filho parar de respirar, seja porque se engasgou ou em caso de afogamento, ligue imediatamente para o serviço de emergência médica (112) ao mesmo tempo que começa manobras de reanimação.
De seguida, deixamos dois vídeos para que aprenda como fazer e posso praticar para que esteja preparado numa situação em que seja necessário intervir.
Manobras de reanimação em bebés
Manobras de reanimação em crianças
4. Afogamento seco e secundário
Apesar de ser raro, o afogamento seco e secundário pode acontecer até 24 horas depois da criança estar na água.
Se o seu filho tem dificuldade em respirar, dor no peito, está muito cansado ou engasga-se com frequência, vá imediatamente com a criança às urgências. Pode ser necessário aspirar a água presa nas cordas vocais ou nos pulmões.
Se o seu filho engoliu água, não arrisque… mais vale prevenir do que remediar.
5. Intoxicação
Para começar, tenha muito cuidado com os detergentes, medicamentos e venenos. Guarde-os num armário elevado e tenha-o sempre fechado.
Depois, em caso de intoxicação, há quatro perguntas que deve fazer:
- O que foi ingerido?
- Quando foi ingerido?
- Onde foi ingerido?
- Como foi ingerido?
Para além disto, procure manter a criança numa posição confortável e aquecida. Em circunstância alguma dê algo para beber ou provoque o vómito porque só vai agravar a situação – a não ser que seja recomendado por uma equipa de emergência.
Se possível, colha uma amostra do produto e ligue para o Centro de Informação Anti-Venenos.
6. Criança caiu e bateu com a cabeça
Para começar, procure sinais de traumatismo, designadamente:
- Ferida ou hematoma no couro cabeludo
- Perda de sentidos
- Sonolência
- Dor de cabeça
- Confusão
- Vómitos
- Desequilíbrio
- Uma pupila mais dilatada
- Paralisia de algum membro
- Saída de sangue ou líquido pelo nariz, boca ou ouvidos
Num bebé será mais difícil detetar estes sintomas, por isso, o melhor será levar o seu filho às emergências para despiste.
Na maioria dos casos, não se terá consequências de maior, no entanto, o melhor será que seja um profissional de saúde a determinar quão graves são os ferimentos.
Em casos raros, pode desenvolver-se uma hemorragia interna ou inchaço que não conseguirá ver.