Refeições escolares mais seguras: Ordem dos Nutricionistas cria guia orientador

Com o regresso às aulas programado para setembro, começam a criar-se planos para que todas as regras possam ser cumpridas e, entre elas, encontram-se o modo de realização e acesso às refeições escolares. Para ajudar no processo, a Ordem dos Nutricionistas (ON) emitiu o guia orientador “Alimentação escolar em tempos de COVID-19”, que pretende funcionar como um manual para a rede escolar.

O objetivo do documento é criar uma série de orientações para os nutricionistas em contexto escolar, do modo a tornar as refeições e o acesso às mesmas em momentos mais seguros; assim como facilitar o trabalho do nutricionista escolar num contexto de pandemia e com todos os desafios que tal situação acarreta.

“De acordo com o estudo REACT-COVID, da Direção-Geral da Saúde (DGS), 32,7% dos portugueses reportaram preocupação ou incerteza quanto ao acesso aos alimentos por dificuldades económicas, e 8,0% reportaram dificuldades económicas no acesso aos alimentos. O fornecimento de refeições escolares deve assim ser garantido durante este período, independentemente de o refeitório e o bufete escolares serem de gestão direta ou concessionada e do ano de escolaridade dos alunos, incluindo os alimentos disponibilizados à luz do Regime Escolar”, pode ler-se no documento.

O guia apela a uma necessidade de articulação conjunta entre o nutricionista com a autarquia, as equipas de saúde escolar e os estabelecimentos de educação/ensino, com o objetivo de criar “mecanismos simplificados que permitam a identificação de crianças, alunos e famílias em situação de insegurança alimentar, em particular moderada e grave.”

Para tal, o guia divide-se em três secções informativas:

Com orientações para todo o sistema de fornecimento de refeições escolares aplicáveis a todas as fases do processo, como gestão de equipas, higiene pessoal, higiene das instalações, equipamentos e utensílios, gestão de ementas, receção e armazenamento de matérias-primas, preparação, confeção e empratamento de refeições e distribuição de refeições em estabelecimento de educação/ensino aberto e fechado).

Com diretrizes que versam sobre o regime de fornecimento de fruta, hortícolas e lacticínios.

Para a comunidade escolar, onde constam recomendações para a promoção de literacia alimentar em contexto escolar.