Share the post "Rafeiro do Alentejo: conheça esta raça de cães e as suas caraterísticas"
A designação de Rafeiro do Alentejo é usada desde o século XIX e foi provavelmente atribuída pela população, por ser um cão comum naquela região. A raça teve de esperar até ao século seguinte para ser reconhecida como pura, mas isso não impediu que o nome se mantivesse.
Caraterísticas gerais do RAFEIRO DO ALENTEJO
Grupo: Grupo 2 – Cães de tipo Pinscher e Schnauzer, Molossóides, Cães de Montanha e Boieiros Suíços Finalidade: cão de guarda de herdades, quintas e rebanhos (cão pastor) Ambiente ideal: casa com espaço exterior | |
País de Origem: Portugal (Alentejo) | |
Porte: grande Altura: machos: de 66cm a 74cm fêmeas: de 64 a 70cm | |
Peso ideal: machos: de 45kg a 60kg fêmeas: de 35kg a 50kg | |
Cor: preto; lobeiro; fulvo; amarelo; tigrado com marcas brancas; branco com manchas das cores anteriores | |
Esperança Média de Vida: entre 10 a 14 anos | |
Preço médio: de 100€ a 300€ |
Caraterísticas específicas do RAFEIRO DO ALENTEJO
O Rafeiro do Alentejo é um cão que não se adapta ao estilo de vida citadino, necessitando de um grande espaço exterior, não só para se exercitar, mas também para se sentir útil nas suas funções de guarda, pois, para além de um excelente cão pastor, é também um excelente cão de guarda, pelo seu porte e físico, mas também pelo seu ladrar característico.
É um cão que fica especialmente ativo à noite, e apresenta excelentes sentidos, como olfato apurado e ótima visão diurna e noturna, e ainda uma excelente audição. Assim, reúne as caraterísticas perfeitas para ser um exemplar cão de guarda.
É um cão que requer bastante treino e muita dedicação, pois esta é uma raça que por si tem tendência a ser muito independente, e portanto, necessita de treino de obediência desde pequeno para que seja um cão educado. Também devido à sua caraterística de guarda (quer seja de bens ou do rebanho) pode levar a que demonstre reações de agressividade se não for educado a respeitar os limites.
Energia | |
Inteligência | |
Tolerância ao frio | |
Tolerância ao calor | |
Cuidados de higiene | |
Queda de pelo | |
Tendência para problemas de saúde | |
Facilidade de aprendizagem | |
Socialização com crianças | |
Socialização com estranhos | |
Socialização com cães | |
Socialização com gatos |
Fases da vida do RAFEIRO DO ALENTEJO
Bébé | Adulto | Idoso |
0 – 18 meses | 18 meses – 7 anos | 7 – 14 anos |
Físico do RAFEIRO DO ALENTEJO
É um cão molossóide, possante, rústico e sóbrio. Possui um corpo robusto e grande corpulência, assemelhando-se na forma do seu corpo a um S. Bernardo. No entanto, a sua cabeça assemelha-se à de um urso, com maxilares fortes. É mais comprido do que alto, apresentando um peito descaído e membros musculados.
é um cão que devido ao seu porte e corpulência é notado e respeitado, tanto por outros animais como pessoas.
O pelo, geralmente de tamanho médio, também pode ser curto, é denso e tem bastante sub-pelo, o que confere aos exemplares desta raça uma proteção contra qualquer tipo de clima. As suas orelhas são triangulares, fazem poucos movimentos e caem dobradas para o lado.
Os seus olhos são escuros, geralmente castanhos, de olhar dócil e calmo.
Temperamento do RAFEIRO DO ALENTEJO
Por ser um cão de guarda, é bastante territorial e agressivo para com estranhos que, certamente, vai considerar intrusos. São, portanto, pouco sociáveis se não houver adaptação precoce.
No entanto, o Rafeiro do Alentejo é um animal calmo e afetuoso, sobretudo em casa com os elementos da sua família. Apesar de gostar muito do seu tutor, é um cão independente e como tal gosta do seu espaço.
Problemas de Saúde do RAFEIRO DO ALENTEJO
Ouvidos | Otites |
Ossos | Displasia da anca e do cotovelo |
Cuidados a ter com o RAFEIRO DO ALENTEJO
Ossos | Não devem ser demasiado exercitados enquanto cachorros, evitando-se subir e descer escadas e devem ter uma boa alimentação até ao ano de idade |
Pelo | Uma escovagem semanal é o suficiente, com maior frequência em altura de mudanças de pelo (primavera e outono) |
Ouvidos | Verificar frequentemente se o animal demonstra algum desconforto nas orelhas, abanando ou coçando a cabeça, e redobrar a higiene no que toca à pelagem e ao pavilhão auricular para detetar uma inflamação no canal auditivo. Pode ser feita uma limpeza regular semanal ou quinzenal com um líquido de limpeza adequado |
Origem do RAFEIRO DO ALENTEJO
Pensa-se que esta raça tenha tido origem em Molossos provenientes da zona da ásia, tal como a maioria dos cães do grupo molossóide. Nessa altura eram utilizados pelas tribos, devido às suas caraterísticas como cães de pastoreio, já que, nessa data, a maioria das tribos dependia da pastorícia para sobreviver e precisavam que os rebanhos estivessem bem guardados especialmente de outros animais predadores.
Nessa altura, surgiu também um prática denominada de transumância, em que os rebanhos se significava migração periódica de rebanhos. Eta prática levou á deslocação de vários rebanhos que acabavam por ser atacados durante estas migrações.
Assim, era importante, não só guardar os rebanhos quando parados, mas também durante o seu transporte, pois nesses momentos, era quando surgiam mais ataques por predadores, devido à sua exposição e ataque fácil. Os cães desta raça começaram a ser utilizados também para acompanharem os rebanhos nos seus trajetos, especialmente enquanto atravessavam as montanhas.
Pensa-se que terá também sido devido a estes movimentos que esta raça se terá deslocado até às zonas do Alentejo, onde posteriormente se fixou. Por volta do século XIX a designação de Rafeiro Alentejano foi dada aos exemplares desta raça pelos populares provavelmente por ser um cão muito frequente nessa zona.
No início do século XX, com o avanço da industrialização e diminuição da agro-pecuária, esta raça quase se extinguiu. No entanto, um grupo de amantes da raça conseguiu preservar a sua continuidade e por volta dos anos 80 o número de exemplares voltou a aumentar.
Curiosidades sobre o RAFEIRO DO ALENTEJO
O Rafeiro do Alentejo pode ser um cão imaturo até muito tarde: só a partir dos quatro ou cinco anos é que começa a apresentar comportamento de adulto.
Atraídos pela sua audácia, os Estados Unidos mostraram interesse em usá-lo no controlo de coiotes nos ranchos de ovelhas. Contudo, por ter sido considerado excessivamente hostil e independente, outras raças foram escolhidas para desempenhar esse papel.