Share the post "Os primeiros 1000 dias do Bebé: como enfrentar e o que saber"
Os primeiros 1000 dias do bebé começam na concepção até aos 2 anos de idade. Estes abrangem diversas etapas nomeadamente a gravidez, aleitamento materno e diversificação alimentar com diferentes características que os pais devem conhecer de forma a que se sintam orientados e calmos durante todas as fases.
É até ao primeiro ano de idade que se verifica o maior número de mudanças que vão sendo gradualmente introduzidas na rotina no bebé sendo que, a partir do primeiro ano de idade, o crescimento abranda ligeiramente.
Os primeiros 270 dias: A Gravidez
São 9 meses desde a concepção até ao nascimento, desde o inicio da criação e multiplicação de células até formar um bebé completamente pronto para nascer mediante o que a natureza permite.
Estão tão bem na barriga: quentinhos, embalados, com colo e contacto constantes, dormem e comem quando querem e precisam e, por isso, não necessitam de chorar.
Começam a reconhecer vozes, ter gostos e percepção do mundo lá fora.
Acompanhe aqui a gravidez passo a passo e conheça as alterações do bebé ao pormenor.
Dos 271 dias aos 635 dias: extero-gestação
Neste segundo período temos a extero-gestação. Estudos apontam que os bebés precisam de 9 meses na barriga e 9 meses fora para se prepararem para a vida exterior e estarem a par com os restantes mamíferos quando nascem.
Os humanos e os cangurus são dos poucos mamíferos que precisam de contacto constante com a mãe. É característico desta fase a necessidade e dependência total da mãe, perfeitamente normal, saudável e expectável.
Nesta fase é fundamental manter a rotina do bebé idêntica à que existia na barriga. Só assim se sentem seguros e bem porque é exactamente a realidade que conhecem.
Nota: O babywearing é um excelente aliado para as mamãs e com benefícios para todos.
O aleitamento materno
Neste período contamos com o aleitamento materno, extremamente importante e fundamental para o desenvolvimento dos bebés, sendo o leite um alimento completo em termos nutricionais com proteínas, gorduras, hidratos de carbono, vitaminas e minerais essenciais. Na verdade, este é o único alimento vivo que se adapta exatamente a todas as necessidades do bebé, até este se encontrar pronto para dar inicio à alimentação complementar.
Devem sempre mamar em livre demanda, sem relógios, sem controlos, sem pressas.
Em caso de dificuldades poderá recorrer ao CAM (Conselheiras em Aleitamento Materno) ou à AL (Assessoras de Lactação) para que as possam ultrapassar sem sobressaltos.
O sono
Tal como na barriga, quando nascem os bebés mantêm aquela rotina de sono, dormem quando querem (muito tempo) e não sabem distinguir o dia da noite.
Normal, natural e expectável.
Eles demoram a perceber “que nasceram” e por isso é fundamental que as mães, principalmente, saibam com o que contar. E devem, claramente, dormir quando o bebé dorme, seja dia ou seja noite.
A casa pode e deve esperar. A privação do sono é um dos principais obstáculos que as recém-mamãs enfrentam.
A alimentação complementar
Até ao primeiro ano de vida do bebé, o principal alimento é o leite. A alimentação complementar serve mesmo para isso: complementar o leite e começar a diversificação alimentar.
É uma fase maravilhosa para que os bebés comecem a explorar o mundo que os rodeia, os sabores e texturas e descobrir o quão bom é comer.
O desenvolvimento dos sistemas
Todos os sistemas do organismo se desenvolvem a uma velocidade alucinante! O cérebro do bebé atinge metade do tamanho de um adulto! Adquire habilidades motoras, ganha estrutura e musculatura na coluna, começam a endireitar-se e deixam a posição fetal gradualmente.
Quanto mais estímulos, mais ligações neurológicas o bebé desenvolve, aumentando as capacidades de aprendizagem.
Brincar é a palavra de ordem, explorar o mundo e deixar arriscar é extremamente saudável e educativo.
Dos 636 dias aos 1000 dias: o primeiro e segundo ano de vida
Neste período a evolução está centrada na aquisição de funções motoras e de linguagem, sendo esta a fase em que os bebés começam a desenvolver a vertente social. Deixam de estar tão fechados no duo mãe-bebé e passam a ver o ambiente que os rodeia, começam a ter interesse nas outras pessoas, desenvolvem o andar e começam a desenvolver a fala.
Numa fase inicial, a comunicação passará por frases curtas com três ou quatro palavras sem ordem específica que, com o passar do tempo, evoluirá para frases mais compostas com regras fundamentais da linguagem.
O aconchego familiar é o pilar para a segurança e autonomia para o resto da vida. Serve de base para o que é o porto de abrigo e as pessoas com quem ele sabe que pode contar. Harmonia é importante.
Com o passar dos meses, os horários do bebé assemelham-se cada vez mais aos da família e passa a dormir durante toda a noite.
Perto dos dois anos, o comportamento do bebé pode modificar-se, começando aqui a fase das birras e do desafio à autoridade dos pais e adultos no geral. A curiosidade e os testes de limites estão ao rubro, têm uma energia quase ilimitada, ficando mais irrequietos, curiosos, investigadores e aventureiros.
Começam também a perceber o emotivo, as sensações, os medos, o que pode levar a imensa frustração por não saberem como lidar com todo este turbilhão. É fundamental que os pais ou cuidadores mantenham a calma e que apoiem a criança, explicando o que se passa com ela e o meio por forma a solidificar os conhecimentos e a realidade.
Os primeiros 1000 dias do bebé: resumo
Fique agora a conhecer as expectável evolução do bebé quanto à postura e motricidade global, visão e motricidade fina, audição e linguagem, e comportamento e adaptação social.
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