Teresa Santos
Teresa Santos
15 Set, 2023 - 11:42

Cancro da mama: prevenção, sintomas e diagnóstico

Teresa Santos

O cancro da mama, tão frequente nas mulheres, pode aparecer também nos homens. Informe-se sobre a prevenção desta doença.

Laço cor-de-rosa símbolo do cancro da mama

O cancro da mama é a segunda causa de morte mais frequente nas mulheres. Anualmente, em Portugal, são diagnosticados cerca de 6000 novos casos desta doença, que resultam na morte de aproximadamente 1500 mulheres.

Já se sabe que outubro é o mês de prevenção do cancro da mama, mas fevereiro marca a consciencialização para todos os tipos de cancro – por isso, nunca é demais falar sobre esta doença, os seus principais sintomas e formas de prevenção.

Um diagnóstico precoce pode ser determinante para um melhor prognóstico. Portanto, esteja atento aos fatores de risco desta doença e perceba quais os tratamentos que estão disponíveis para ela, neste momento.

Cancro da mama: sintomas, tratamentos e prevenção

Médico a avaliar resultados de mamografia

Estamos perante um caso de cancro da mama quando se verifica uma mutação nas células da mama. Este tipo de tumor pode surgir nos ductos e/ou nos lóbulos mamários. Contudo, as células cancerígenas podem expandir-se para outras zonas do corpo, nomeadamente para os gânglios regionais (axilares), ossos, cérebro, fígado e/ou pulmões.

Há três tipos principais de cancro da mama:

  1. não invasor – não se dissemina para fora do ducto;
  2. invasor – pode disseminar-se para outras regiões do corpo;
  3. metastático – já se encontra disseminado por outras regiões do corpo.

Apesar de a causa ou origem do cancro da mama não serem sempre conhecidas ou identificadas, há alguns aspetos que constituem fatores de risco capazes de aumentarem a probabilidade de desenvolver esta patologia.

Alguns desses fatores de risco são:

  • história menstrual prolongada;
  • história familiar de cancro da mama;
  • história pessoal de cancro da mama;
  • radioterapia na mama;
  • alterações da mama;
  • alterações genéticas;
  • maior densidade da mama;
  • primeira gravidez depois dos 31 anos;
  • mulheres caucasianas;
  • mulheres no pós-menopausa;
  • obesidade após a menopausa;
  • terapêutica hormonal de substituição;
  • sedentarismo;
  • alcoolismo.

Sintomas

Mulher a fazer palpação da mama

Há alguns sinais que devem servir de alerta e motivar a consulta de um especialista, de modo a verificar, através de exames específicos (Exame Clínico da Mama; Mamografia de Diagnóstico; Ecografia (ultrassonografia); Ressonância Magnética; Biópsia), se existe algum problema ou indício de cancro da mama.

Assim, a palpação e a observação da mama podem permitir a deteção de alguns sintomas importantes, tais como:

  • mudanças no mamilo ou na mama;
  • alterações na forma ou no tamanho da mama;
  • secreções expelidas pelo mamilo;
  • retração do mamilo;
  • sensibilidade no mamilo;
  • espessamento ou nódulo na mama ou na axila;
  • pele vermelha, escamosa ou inchada na região da auréola, mamilo ou mama;
  • reentrâncias ou saliências na pele da mama.
Exames ginecológicos de rotina
Veja também 7 exames ginecológicos de rotina que deve realizar

Tratamentos

Atualmente, existem vários tratamentos para o cancro da mama, os quais são definidos pela equipa médica tendo em conta, entre outros aspetos, o estadio da doença, o qual pode ser classificado da seguinte forma: Estadio 0; Estadios I, II e IIIa; Estadios IIIb e IIIc; Estadio IV; Recidiva do Cancro da Mama.

O estado de saúde do doente e o tipo do tumor também vão ser considerados na escolha e duração do tratamento que pode passar por: cirurgia (conservadora ou mastectomia), quimioterapia, radioterapia, terapêutica hormonal, terapêuticas dirigidas ou uma combinação de vários.

Reconstrução mamária

Em alguns casos de cancro da mama, pode ser indicado fazer uma mastectomia, ou seja, remover toda a mama. Porém, é também possível reconstruir a mama, durante ou após a mastectomia. Para isso, o médico pode recorrer a próteses mamárias ou a enxertos de tecido de outras zonas do corpo da paciente.

A recuperação desta intervenção vai variar de doente para doente, tendo em conta muitas variáveis. Contudo, é sempre importante seguir as recomendações médicas, nomeadamente no que respeita à realização de alguns exercícios específicos para estes casos.

Como tentar prevenir o cancro da mama

Mulher a fazer mamografia

Já dissemos como é importante apostar num diagnóstico precoce da doença. Para isso, há que estar atento aos sinais de alerta, assim como evitar os seus principais fatores de risco.

Existem alguns exames de rastreio que importa fazer, especialmente a partir dos 40 anos de idade, nomeadamente: 

  • exame clínico da mama;
  • mamografia de rastreio;
  • mamografia de diagnóstico.

Além disso, é fundamental fazer o Exame Clínico da Mama, isto é, a palpação da mama, quer pela própria mulher, quer pelo médico, no contexto da consulta.

Para isso, devem usar-se as pontas dos dedos, de maneira a detetar alterações e/ou nódulos, nas mamas, mas também nas regiões dos gânglios linfáticos, axilas e clavículas.

Veja também

Artigos Relacionados