Está a pensar em emagrecer? Conhece os motivos por que as dietas restritivas não funcionam? Num primeiro momento, podem até parecer a solução mais eficaz na luta contra o peso, mas a verdade é que não são de todo saudáveis.
As dietas restritivas podem ter resultados extremos. Contudo, nem sempre da forma que imaginamos. Aliás, na maioria dos casos elas até ajudam a perder peso de uma forma rápida, mas as consequências podem ser gravíssimas.
Para além de as probabilidades de poder engordar novamente no futuro serem enormes, pode estar a privar o seu corpo de nutrientes essenciais para as funções mais básicas.
Na luta contra o peso é extremamente importante perceber que, muitas vezes, a privação leva a níveis de stresse altos e até à compulsividade. Por isso, está na hora de esquecer as dietas restritivas e de fazer as pazes com a comida de forma saudável.
Mas afinal, por que dietas restritivas não funcionam?
4 motivos
Antes de explicarmos por que motivos as dietas restritivas não funcionam é crucial saber distinguir uma dieta deste género de outras dietas menos complexas.
A dieta restritiva é aquela que incentiva a pessoa a deixar de comer ou consumir algum macronutriente. Ou seja, componentes da alimentação que são essenciais para o nosso corpo, como por exemplo: gorduras, proteínas e carboidratos.
Já ouviu falar na dieta lowcarb? Esta é apenas um dos exemplos de dietas restritivas, cujo objetivo é reduzir drasticamente o consumo de carboidratos (ou acabar definitivamente com eles no seu dia-a-dia).
Ora, como seria de esperar, este tipo de alimentação com défices de um determinado macronutriente pode trazer resultados excessivamente rápidos e drásticos. No entanto, ela constitui um perigo para a nossa saúde.
O risco de voltar a engordar no espaço de 5 anos é enorme
O objetivo de fazer uma dieta restritiva pode ser emagrecer ou engordar, por exemplo. Por norma, este tipo de dietas é mais comum para as pessoas que pretendem perder peso.
Por isso, um dos motivos para elas não funcionarem é pelo facto de aumentarem a probabilidade de engordar num espaço de 5 anos. Como? Se pensarmos bem, faz todo o sentido.
Aproximadamente cerca de 75% das pessoas que as adotam, voltam ao seu peso anterior. Tal ocorre porque este tipo de alimentação não promove a reeducação alimentar, bem como a adoção de outros hábitos saudáveis que são cruciais para manter um peso adequado por muito tempo.
Na verdade, há vários fatores a considerar quando o assunto é uma dieta: desde o contexto social, histórico familiar, fatores genéticos, o metabolismo, comportamentos e muitos mais.
Causam sentimento de culpa
Muitas vezes, as dietas restritivas não funcionam porque nos fazem sentir culpados em relação ao consumo de determinados alimentos. Algo que depois de uns meses, pode fazer com que nos sintamos tristes, desanimados ou revoltados e rapidamente voltamos à alimentação que fazíamos anteriormente.
Quando classificamos os alimentos como “maus”, “bons” ou “péssimos”, promovemos automaticamente um julgamento da nossa própria alimentação. No entanto, é crucial recordar-se que os seus hábitos alimentares não refletem o seu valor enquanto indivíduo.
Por isso, não se deve sentir culpado por aquilo que come ou deixa de comer. O importante é sentir-se bem.
Podem impulsionar o aparecimento de doenças
Para fazer uma dieta, não é necessário tomar medidas radicais. Afinal, estas são quase sempre sinónimo de maus resultados.
E muitas vezes o que acontece quando alguém inicia uma dieta restritiva é com o passar do tempo, surgir alguma doença relacionada e parar rapidamente com o seu plano alimentar altamente restrito.
Por exemplo: as dietas restritivas em carboidratos e muito pobres em proteínas podem sobrecarregar os rins e desregular por completo o metabolismo. Além disto, podem provocar a falta de insulina no organismo e, consecutivamente, problemas como vómitos, hiperglicemia ou dificuldade em respirar.
E como será de esperar, qualquer pessoa que comece a ter problemas na saúde devido a uma dieta, seja ela de que tipo for, vai parar de imediato.
Fazem com que passe o dia cheio de fome
Passar do 8 para o 80 não é nunca o ideal. Isto é, se esta semana tem um tipo de alimentação e na semana seguinte adotar uma dieta restritiva, a probabilidade de passar os seus dias cheio de fome é enorme. Consequentemente, fará com que num curto espaço de tempo desista rapidamente do plano.
Mas por que motivo as dietas restritivas nos deixam com tanta fome? Esta deve ser a questão que está na sua mente agora. Nós explicamos.
O primeiro motivo está relacionado com o facto de estas dietas não nos permitirem comer o suficiente – acabando por dificultar o correto funcionamento do organismo e interferindo com o nosso bem-estar.
O outro motivo tem a ver com a restrição de calorias. Ao fazê-lo, os seus níveis de grelina (hormona relacionada com a vontade de comer) no estômago vão aumentar.
O que significa que quando entramos neste estado é extremamente difícil conseguirmos conter esta vontade enorme de comer tudo o que encontramos à nossa frente.
Por isso, em vez de optar por uma dieta restritiva, respeite o seu corpo e faça as pazes com os alimentos. Preocupe-se com a sua saúde e não com os padrões que a sociedade nos incute diariamente.
Na dúvida, consulte sempre o seu médico e nutricionista, e juntos desenvolvam um plano alimentar devidamente ajustado.