Rita Mendo
Rita Mendo
23 Jan, 2017 - 21:14

Tudo sobre pitiríase versicolor

Rita Mendo

A pitiríase versicolor é uma infecção fúngica comum da pele. O fungo interfere na pigmentação normal da pele, causando pequenas manchas espalhadas pelo corpo.

Tudo sobre pitiríase versicolor
A pitiríase versicolor é um tipo de infecção fúngica (micose) superficial, causada por um fungo dimórfico e lipofílico chamado Malassezia Furfur, que se manifesta na pele através de manchas amarelas e acastanhadas, cobertas por uma fina descamação. 
 
Por se tratar de um fungo lipofílico, a Malassezia atinge áreas do corpo com maior secreção de gorduras, como o rosto, couro cabeludo, pescoço e tronco.
 
Esta não é uma doença contagiosa, portanto não existe transmissão do fungo de pessoa para pessoa.

Esta micose também não está relacionada com falta de higiene ou com eventuais contactos com zonas e locais públicos, como piscinas e vestuários. 
 

Como se manifesta a pitiríase versicolor?

pitiriase versicolor

As lesões de pitiríase versicolor costumam ser manchas hipopigmentadas, mais claras do que a pele.

Um dos nomes correntes da doença é “micose de praia”, uma vez que as lesões se tornam mais aparentes após a exposição solar. Isto acontece porque a zona que contém lesões não consegue bronzear normalmente, aumentando o contraste entre as duas regiões.

No entanto, é importante reter a ideia de que ninguém apanha esta doença na praia. A Malassezia pode ser encontrada em cerca de 20% das crianças e em mais de 90% dos adultos, ou seja, existe na nossa pele mas pode ou não manifestar-se clinicamente. 
 

Causas da Pitiríase Versicolor

As causas que podem fazer com que a doença se manifeste são várias, nomeadamente:
 
  • Oleosidade excessiva da pele;
  • Suores excessivos;
  • Alterações hormonais;
  • Fraqueza do sistema imunitário; 
  • Antecedentes e histórico de pacientes familiares;
  • Viver em locais muito quentes e húmidos. 


Como se diagnostica o problema?

O diagnóstico clínico baseia-se no aspeto e na localização das lesões. Os exames feitos com luzes de lâmpadas fortes ajudam a identificar o tipo de fungo, a extensão e características das lesões.

É importante estabelecer o diagnóstico diferencial entre e pitiríase rósea, a dermatite atómica e seborreica, de forma a orientar o tratamento nos moldes mais corretos e eficazes.  
 

Quais os sintomas?

Apesar do sinal mais comum da pitiríase versicolor ser o aparecimento de manchas brancas na pele, a verdade é que estas manchas podem ter uma aparência diferente.

Enquanto a maioria das lesões são hipopigmentadas, isto é, mais claras do que a pele, também existem casos em que as manchas são hiperpigmentadas – ou seja, mais escuras do que a própria pele – as lesões de pitiríase versicolor podem ser brancas, cinzentas, cor de salmão, acastanhadas ou avermelhadas. Daí o termo versicolor.

As manchas costumam ser múltiplas e ovais, apresentando, habitualmente, uma cama fina descamaria. Em geral, as lesões são pequenas, mas se forem múltiplas podem acabar por formar uma ou mais manchas grandes na pele. 
 

Como é feito o tratamento?

pomada

A pitiríase versicolor é, basicamente, um problema estético. A infecção fúngica é muito superficial e não costuma causar problemas maiores de saúde. Na generalidade dos casos, os pacientes só procuram o médico devido ao incómodo estético.
 
A maioria dos casos pode ser tratada com mediação de uso tópico, como cremes, loções ou champôs. O uso de comprimidos fica geralmente restrito aos casos de lesões muito extensas, ou quando o próprio tratamento tópico não funciona. 
 
Em alguns casos, as lesões podem desaparecer espontaneamente, com o passar do tempo. 


Veja também:

Artigos Relacionados