A diabetes pode aumentar o risco de muitos problemas de saúde graves, apesar de a maioria dos quais serem inteiramente evitáveis se a glicose no sangue for mantida num nível saudável. Uma dessas possíveis complicações é o pé diabético.
Problemas nos pés podem ocorrer quando há danos nos nervos (também chamada de neuropatia), o que resulta em perda de sensibilidade nos pés.
É essencial verificar os pés com frequência, procurando lesões e, ter o cuidado de observar os sapatos para que estes não tenham pequenos objetos estranhos que possam causar lesões nos pés, uma vez que qualquer lesão constitui motivo de preocupação.
Caso seja detetada alguma lesão, deverá contactar o seu profissional de saúde e visitá-lo pelo menos uma vez por ano para fazer um exame completo ao pé.
O QUE É A DIABETES?
A diabetes é uma doença crónica, onde a quantidade de glicose no sangue é muito elevada porque o pâncreas não produz qualquer insulina ou não produz insulina suficiente, para ajudar a glicose a entrar nas células do corpo – ou a insulina que é produzida não funciona adequadamente (conhecido como resistência à insulina).
A prevalência estimada da diabetes na população portuguesa com idade compreendida entre os 20 e os 79 anos foi, em 2015, de 13,3%. Isto significa que mais de um milhão de portugueses neste grupo etário tem a doença.
COMO DETETAR O PROBLEMA DO PÉ DIABÉTICO?
O pé diabético é um problema de saúde decorrente da Diabetes Melittus, e é causado por uma ferida que não cicatriza e infecciona, tornando-se uma úlcera (úlcera diabética).
Essa condição é causada por problemas de ordem circulatória, quando a glicemia não está controlada da forma correta. Existem alguns sintomas que não devem ser menosprezados, uma vez que podem ser indicativos da doença. Entre os sintomas estão:
- Micose;
- Dormência;
- Fissuras no calcanhar;
- Sensação de formigueiro;
- Arroxeamento nas pontas dos pés;
- Dor.
TRATAMENTO DO PÉ DIABÉTICO
Os tratamentos para pé diabético têm o objetivo de tratar a circulação, aliviar compressão e proteger as feridas, além de tratar as infeções. Algumas das áreas de maior risco de feridas são os dedos e os sulcos entre eles. Contudo, a melhor forma de tratar o pé diabético é, sem dúvida, preveni-lo.
É essencial consultar um profissional de saúde que periodicamente observe e avalie a sensibilidade e circulação sanguíneas em doentes diabéticos, assim como o risco de ulceração, detetando precocemente possíveis complicações, como hiperqueratose, infeção, ulceração, neuropatia ou deformação do pé.
CUIDADOS A TER PARA PREVENIR O PÉ DIABÉTICO
Após o banho, secar bem os pés e usar um creme hidratante. Convém não colocar creme ou óleo entre os dedos dos pés porque o excesso de humidade pode facilitar a infecção.
O pé diabético apresenta maior tendência para a formação de calos em zonas de maior pressão, sobretudo na planta do pé. É importante tratar os calos, pois podem podem ulcerar e infetar.
Cortar as unhas mas não demasiado curtas (respeitar a forma e contornos dos dedos).
Certificar que o calçado tem a medida e formato corretos para os pés. Optar por comprar calçado novo no final do dia, pois os pés tendem a estar mais volumosos. Alternar o calçado (não usar o mesmo par todos os dias). Evitar andar descalço, pois os pés ficarão mais sujeitos a ferimentos e infeções.
Pode reduzir o risco ao manter a glicose no sangue, pressão arterial e colesterol nos valores ideais com um plano de alimentação saudável, atividade física regular e com a toma da medicação prescrita.