Isabel Coimbra
Isabel Coimbra
22 Dez, 2016 - 14:33

5 razões para considerar um parto natural

Isabel Coimbra

Está a pensar ter um parto natural? Quer saber mais sobre o parto sem epidural? Tome nota de cinco razões para o fazer.

5 razões para considerar um parto natural

Importa esclarecer: parto natural e parto normal, não são a mesma coisa. O último inclui analgesia, o primeiro, não.

Agora que está grávida, é importante que pense no tipo de parto que pretende, não só para que se sinta segura mas, principalmente, para que possa tomar uma decisão informada sobre o nascimento do seu bebé. 

Há várias formas para trazer o seu bebé ao mundo, seja por parto natural ou fisiológico (sem analgesia),  dentro ou fora de água, parto normal (com analgesia) ou cesariana.

Atualmente, há cada vez mais mulheres a considerar o parto natural, na busca de um parto mais tranquilo e seguro para o bebé, a mãe e o pai.

O parto natural é desafiante mas é possível.

O que diz a Organização Mundial de Saúde?

Ao mesmo tempo que Portugal é um dos dez países mais seguros para nascer, também somos aquele que tem o maior número de cesarianas, apesar das recomendações da Organização Mundial de Saúde.

Os conselhos da OMS indicam que a percentagem de cesarianas deve estar entre os 10% e os 15%, no entanto, em Portugal, entre público e privado, o valor chega aos 33%.

A Organização Mundial de Saúde recomenda, também, a não utilização de métodos invasivos ou farmacológicos para o alívio da dor durante o trabalho de parto e indica métodos alternativos, não farmacológicos, como massagens e técnicas de relaxamento como primeira opção.


5 benefícios do parto natural para mãe e bebé

Talvez esteja a considerar um parto natural mas tem receio de não ser capaz de dar conta do recado.

Bom, desde que o mundo o mundo que milhões de mulheres à roda do globo têm dado à luz sem recorrer a medicação os intervenções.

A sua avó, a sua mãe ou uma tia talvez façam parte desta estatística. Se elas conseguiram, você também consegue porque, lembre-se, o seu corpo foi feito para isto.

Antes de mais, é importante que esteja informada sobre quais são as suas opções e direitos, assim com, sobre quais são as instituições e profissionais de saúde certificados que a podem ajudar a cumprir o seu plano de parto. Se o parto natural é uma hipótese para si, conheça mais algumas razões para o considerar.

1. Liberdade de movimentos

Se optar pela epidural, há uma série de aparelhos e procedimentos que são necessários para permitir aos profissionais avaliar como está a progredir o parto, uma vez que a mãe não sente nada. Isto obriga a que a mulher esteja deitada e os seus movimentos ficam limitados, seja porque a epidural não permite que se mexa ou porque está a presa a fios que estão presos monitores. Mais: a única posição expulsiva possível será deitada de costas. 

Ao optar pelo parto natural, pode escolher a posição que lhe for mais confortável e melhor para que o bebé saia de forma tranquila e sem consequências para ele ou para si.

Além disso, a gravidade ajuda à expulsão e, quanto mais se mexer, mais cedo o bebé vai sair.

 


2. Mais controlo para a mãe

Ao optar pelo parto natural, as opções e controlo estão do seu lado – como, aliás, devem estar. Ao optar por um parto com epidural, é certo que fica livre das dores, no entanto, fica mais limitada, o trabalho de parto é mais demorado e também corre mais riscos de precisar de mais intervenções (ventosas, forceps, oxigénio, etc.) sobre as quais dificilmente terá algo a dizer uma vez que, nesta fase, se tratam de decisões médicas.

O que antes era uma opção, pode agora ser uma sentença.

 


3. Menor probabilidade de cesariana

Uma cesariana pode ser inevitável, no entanto, há coisas que pode fazer para a evita, uma delas é optar pelo parto natural. Quando o parto avança naturalmente, no seu tempo, e é permitido que a mulher responda de acordo com o que o seu corpo lhe pede, o parto tende a ser mais tranquilo e a exigir menos intervenções.

Mulheres que dão à luz deitadas de costas, cujo parto foi induzido antes do corpo estar preparado ou que não se sentem em controlo no momento de dar à luz, tem mais hipóteses de partir para cesariana.

 


4. Um parto mais curto

Ao optar pela analgesia, não vai sentir as contrações ou a dor mas é também difícil dosear a força ou saber para onde a deve direccionar para ajudar o bebé a sair. Ou seja, fica sem perceber o que é que o seu corpo precisa fazer que o parto prossiga.

Por exemplo, caminhar, balançar, agachar e mudar de posição ajudam o bebé a descer e aceleram o parto, algo que não é possível com a epidural. Quando sente necessidade de puxar, sem analgesia, também o faz de forma mais eficaz.

 


5. Recuperação mais rápida

A epidural pode atrasar a recuperação ao provocar dor de cabeça resultante da punção, dor na lombar durante semanas ou necessidade de episiotomia e suturação. No caso de uma cesariana, a recuperação será ainda mais lenta e dolorosa.

Se não optar pela analgesia, a mulher pode levantar-se imediatamente após o parto, caso se sinta com forças para isso.

E se, apesar de todos os pontos acima, sentir que não consegue… a todo o tempo pode pedir a epidural. Mas lembre-se, o seu corpo está preparado para isto e, depois de entrar na fase ativa do parto, a intensidade da contração e da dor já não vai aumentar. Ou seja, se aguentou até essa fase, também já não falta muito.

No final, vai sentir-se mais forte e confiante.


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