Começando pela sua definição, a lactose é um hidrato de carbono, vulgarmente chamado de açúcar do leite.
A sua estrutura é complexa e para que seja absorvida pelo nosso organismo necessita da ação de uma enzima, a lactase, que a degrada em glicose e galactose.
É na forma destas moléculas mais simples que é absorvida, no intestino delgado, diretamente para a corrente sanguínea.
Da corrente sanguínea passam para as nossas células onde têm um papel importante como fonte de energia e de importantes constituintes das membranas celulares.
Mas nem sempre é assim
Quando o organismo não produz lactase ou a sua ação é ineficaz, a lactose chega ao intestino grosso sem ser degradada e aí é fermentada por bactérias intestinais, podendo causar desconforto abdominal, diarreia, gases, cólicas, entre outros sintomas a que damos o nome de intolerância à lactose.
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Em Portugal, esta intolerância afeta um terço da população e a principal causa é a diminuição da produção da lactase desde a infância à idade adulta.
Todas as pessoas vão perdendo esta enzima mas a ritmos e em quantidades diferentes, e isso faz com que os sintomas sejam de diferentes graus ou possam mesmo ser inexistentes.
Onde encontramos a lactose?
A lactose está presente no leite e seus derivados como os queijos e iogurtes. No entanto, muitos outros produtos contêm leite na sua lista de ingredientes e como tal devemos considerar como tendo também lactose. Como por exemplo:
- Pão de leite e pães industriais
- Cereais de pequeno-almoço
- Purés de batata, sopas e pudins instantâneos
- Achocolatados
- Margarinas
- Maioneses e molhos para saladas
- Caramelos e chocolates
- Bolos de pastelaria e bolachas
- Salsichas
- Licores cremosos
- …
A lactose é ainda utilizada em medicamentos, por isso deve ter sempre atenção à lista de ingredientes declarada no rótulo.
O que fazer
Primeiro certifique-se com o seu gastroenterologista de que é realmente intolerante à lactose. Não retire da sua alimentação alimentos ricos nutricionalmente como leite, iogurte ou queijo sem ter o diagnóstico feito.
Nenhum método consegue fazer com que o organismo volte a produzir mais lactase, mas controlando a sua dieta, eliminando ou reduzindo os alimentos com lactose, consegue minimizar os sintomas.
Experimente:
- Beber leite em pequenas doses de um copo (100ml) ou menos,
- Substituir as versões com lactose por versões sem lactose ou mesmo,
- Substituir o leite por queijo flamengo que apresenta um teor muito baixo de lactose. E com apenas 2 fatias atinge uma porção de lacticínios das duas a três necessárias diariamente.