Share the post "Necessidades Energéticas para idosos : tudo o que deve saber"
O envelhecimento é um processo natural e dinâmico, que se caracteriza por modificações complexas a nível psicológico, funcional e bioquímico.
Estas modificações influenciam diretamente a nutrição e alimentação desta faixa etária, aumentando, na maioria dos casos, o risco de desnutrição e outros desiquilíbrios nutricionais.
Como tal, a alimentação da pessoa idosa deve merecer especial atenção por parte dos profissionais de saúde, sendo de extrema importância o cumprimento das necessidades energéticas para idosos.
A velocidade de progressão do envelhecimento depende de fatores genéticos e bioquímicos que não são modificáveis, mas também de fatores ambientais, sociais e estilos de vida, onde se inclui a alimentação, passíveis de modificação.
Com efeito, uma boa nutrição, com o fornecimento adequado de energia e nutrientes é de extrema importância para que o idoso mantenha a sua independência, qualidade de vida e evite o aparecimento ou agravamento de doenças, que poderão conduzir à hospitalização e/ou institucionalização.
Estas modificações influenciam diretamente a nutrição e alimentação desta faixa etária, aumentando, na maioria dos casos, o risco de desnutrição e outros desiquilíbrios nutricionais.
Como tal, a alimentação da pessoa idosa deve merecer especial atenção por parte dos profissionais de saúde, sendo de extrema importância o cumprimento das necessidades energéticas para idosos.
A velocidade de progressão do envelhecimento depende de fatores genéticos e bioquímicos que não são modificáveis, mas também de fatores ambientais, sociais e estilos de vida, onde se inclui a alimentação, passíveis de modificação.
Com efeito, uma boa nutrição, com o fornecimento adequado de energia e nutrientes é de extrema importância para que o idoso mantenha a sua independência, qualidade de vida e evite o aparecimento ou agravamento de doenças, que poderão conduzir à hospitalização e/ou institucionalização.
Características do processo de envelhecimento
Para melhor compreensão das necessidades energéticas estipuladas para idosos, importa referir que as pessoas com mais de 65 anos podem ser divididas em 2 grupos diferentes:
- os “Jovens idosos”, cuja idade varia entre os 65 e 74 anos;
- os “Idosos” cuja idade é superior a 75 anos.
No caso dos “jovens idosos”, como ainda têm cerca de 20 anos de vida ativa à sua frente, o principal objetivo passa pela manutenção de um peso e alimentação saudáveis, no sentido de evitar o aparecimento de doenças.
Já os “idosos” estão mais suscetíveis a desenvolverem doenças crónicas, pelo que possuem necessidades energéticas e nutricionais muito específicas e necessitam de um maior apoio e acompanhamento.
Contudo, é importante não esquecer que as necessidades energéticas e nutricionais para idosos devem ser estipuladas com base nas características individuais do idoso e não na sua idade cronológica.
Decorrente do processo de envelhecimento e dos menores níveis de atividade física associados, ocorrem uma séria de alterações fisiológicas e morfológicas que influenciam as necessidades energéticas dos idosos, nomeadamente:
- Diminuição da massa e do tónus muscular.
- Aumento da gordura corporal.
- Perda da densidade óssea.
- Diminuição do metabolismo.
- Diminuição da termogénese e crescente dificuldade de adaptação ao frio e mudanças de temperatura.
- Depressão do sistema imunitário, fator que torna o organismo mais suscetível a infeções, as quais são responsáveis por um aumento das necessidades energéticas.
- Alterações intestinais, tais como a obstipação.
Necessidades energéticas para idosos
Como já referido, inerente ao processo de envelhecimento, a prática de atividade física diminui e ocorrem alterações na composição corporal da pessoa idosa, nomeadamente a diminuição da massa magra (massa muscular e óssea) e um aumento da massa gorda (subcutânea e visceral).
Decorrente disso, verifica-se uma diminuição do metabolismo basal, o que promove uma redução do gasto energético em repouso e, consequentemente, a diminuição das necessidades energéticas dos idosos.
Se o idoso mantiver o mesmo consumo alimentar ao longo do tempo e não o adequar a esta redução das necessidades energéticas, poderá ficar com excesso de peso e/ou obesidade.
Claro que, se o idoso mantiver um estilo de vida ativo e a prática de exercício físico, pode não só contrariar essa tendência, como permitir uma ingestão energética mais elevada, com maior probabilidade de satisfazer as doses diárias recomendadas de nutrimentos, derivado da maior ingestão alimentar.
Decorrente disso, verifica-se uma diminuição do metabolismo basal, o que promove uma redução do gasto energético em repouso e, consequentemente, a diminuição das necessidades energéticas dos idosos.
Se o idoso mantiver o mesmo consumo alimentar ao longo do tempo e não o adequar a esta redução das necessidades energéticas, poderá ficar com excesso de peso e/ou obesidade.
Claro que, se o idoso mantiver um estilo de vida ativo e a prática de exercício físico, pode não só contrariar essa tendência, como permitir uma ingestão energética mais elevada, com maior probabilidade de satisfazer as doses diárias recomendadas de nutrimentos, derivado da maior ingestão alimentar.
Consequência do avançar da idade
Por outro lado, derivado de alterações no paladar, anorexia, dificuldades de mastigação e deglutição, uso de medicamentos, solidão, entre outros, o idoso, com o avançar da idade, poderá diminuir a sua ingestão alimentar e não conseguir satisfazer as suas necessidades nutricionais e energéticas, mesmo que estas sejam mais reduzidas do que na vida adulta ativa.
Neste caso, poderá instalar-se um quadro de desnutrição, o qual aumenta significativamente o risco de morbilidade e mortalidade do idoso.
A desnutrição da pessoa idosa pode ter consequências a nível da saúde tão graves como a obesidade, sendo uma situação, muitas vezes, subdiagnosticada, por ser confundida com sinais de envelhecimento.
Como tal, o seu reconhecimento precoce é fundamental para uma correção adequada e atempada.
► Saiba mais aqui sobre o IMC do idoso.
Neste caso, poderá instalar-se um quadro de desnutrição, o qual aumenta significativamente o risco de morbilidade e mortalidade do idoso.
A desnutrição da pessoa idosa pode ter consequências a nível da saúde tão graves como a obesidade, sendo uma situação, muitas vezes, subdiagnosticada, por ser confundida com sinais de envelhecimento.
Como tal, o seu reconhecimento precoce é fundamental para uma correção adequada e atempada.
► Saiba mais aqui sobre o IMC do idoso.
Necessidades energéticas para idosos, em específico
Em termos práticos, as necessidades energéticas diminuem 20 a 25% entre os 50 e os 65 anos e, após esta idade, diminuem 5 a 10% a cada 10 anos.
Neste sentido, e apesar de variarem de forma individual (sendo o principal fator de ajuste o grau de dependência do idoso), poder-se-á dizer que as necessidades energéticas para idosos oscilam entre 30-35 kcal/kg/dia.
Por este motivo, é essencial reduzir o consumo de calorias não nutritivas, provenientes de açúcar, o álcool ou a gordura.
Neste sentido, e apesar de variarem de forma individual (sendo o principal fator de ajuste o grau de dependência do idoso), poder-se-á dizer que as necessidades energéticas para idosos oscilam entre 30-35 kcal/kg/dia.
Por este motivo, é essencial reduzir o consumo de calorias não nutritivas, provenientes de açúcar, o álcool ou a gordura.
O que fazer para atingir as necessidades energéticas para idosos
Assim, os alimentos a privilegiar pelos idosos devem ser de baixo valor energético, mas simultaneamente de elevada densidade nutricional, contendo proteína, micronutrientes essenciais e fibra nas devidas proporções.
O fracionamento das refeições, assim como a diminuição do seu volume, facilitam o atingimento destas necessidades energéticas preconizadas para os idosos, assim como o processo de digestão e absorção dos nutrientes, tanto em casos de excesso como défice de ingestão alimentar.
Neste sentido, recomenda-se o consumo de 5 a 6 refeições diárias.
Nesta etapa da vida, é também frequente surgirem diversas doenças, nomeadamente diabetes, doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, dislipidemias, patologias renais ou hepáticas.
Todas estas patologias alteram as necessidades energéticas indicadas para idosos e exigem prescrições alimentares específicas e personalizadas que respeitem, sempre que possível, as preferências do idoso, de modo a assegurar uma ingestão energética adequada para suprir as necessidades em micronutrientes e manutenção do peso corporal adequado.