No sentido da prevenção, é importante conhecer quais são as necessidades energéticas na infância e quais os alimentos que deverão ter o maior contributo para o alcance das mesmas.
A obesidade infantil afeta um número crescente de crianças em Portugal e é já encarada como um problema de saúde pública, estando associada a um aumento da probabilidade de desenvolvimento de obesidade na idade adulta, perturbações no sono, problemas ortopédicos, baixa autoestima e, a longo prazo, doença cardiovascular e diabetes.
Neste contexto, a prevenção desta epidemia é um passo importante desde o início de vida, sendo essencial orientar a criança para uma alimentação saudável, adequada e equilibrada.
A obesidade infantil afeta um número crescente de crianças em Portugal e é já encarada como um problema de saúde pública, estando associada a um aumento da probabilidade de desenvolvimento de obesidade na idade adulta, perturbações no sono, problemas ortopédicos, baixa autoestima e, a longo prazo, doença cardiovascular e diabetes.
Neste contexto, a prevenção desta epidemia é um passo importante desde o início de vida, sendo essencial orientar a criança para uma alimentação saudável, adequada e equilibrada.
Necessidades energéticas na infância
As necessidades energéticas podem ser definidas como “a quantidade de energia proveniente dos alimentos necessária para assegurar uma adequada manutenção do tamanho e composição corporais, e um nível necessário e desejável de atividade física, consistentes com uma vida saudável”.
O cálculo das necessidades energéticas na infância baseia-se, por isso, na soma da energia necessária ao processo natural de crescimento e ao desempenho adequado de outras funções vitais do organismo (metabolismo basal), ao dispêndio energético associado à prática de atividade física diária por parte da criança.
No entanto, estas necessidades energéticas são muito variáveis de criança para criança, na medida em que dependem da idade, sexo da criança, composição corporal (nomeadamente peso e altura), prática ou não de atividade física, fase de crescimento em que se encontra, entre outros fatores.
Fatores que afetam as necessidades energéricas
A atividade física é o fator que mais afeta as necessidades energéticas da criança, visto que o trabalho muscular é um grande consumidor de oxigénio e, por conseguinte, de energia.
Da mesma forma, uma criança que possua mais massa muscular terá um dispêndio energético superior, visto que o músculo é um tecido metabolicamente muito mais ativo que a gordura.
Alguns fatores psicológicos como a emoção e o stress podem também aumentar o consumo de oxigénio e, consequentemente, os gastos de energia.
Desta forma, e embora existam valores padrão preconizados para as necessidades energéticas na infância, a sua interpretação e cumprimento devem ser sempre ajustados ao contexto de cada criança, no sentido de assegurar um desenvolvimento saudável e prevenir desequilíbrios energéticos que poderão conduzir a estados de desnutrição ou sobrenutrição da criança.
Apesar da Unidade do Sistema Internacional para medir a energia ser o Joule, por conveniência, os valores relativos às necessidades energéticas são, normalmente, apresentados em quilocalorias (kcal).
Nota: 1 caloria = 4,186 Joules
Tabela adaptada do Manual Human energy requirements. Report of joint FAO/WHO/UNU Expert consultation, Rome, 17-24 October, 2001.
É ainda importante referir que estas necessidades energéticas referentes à infância e adolescência, são superiores às registadas na idade adulta e, sobretudo, às registadas durante a velhice.
Tal facto deve-se, por um lado, a uma maior atividade física associada a estas faixas etárias, e, por outro, a um aumento das necessidades e exigências de funcionamento do organismo, inerente ao processo de crescimento.
Além disso, a composição corporal vai sofrendo alterações com o avançar da idade, sendo natural, mesmo que o peso se mantenha, que a massa magra diminua e, paralelamente, a massa gorda aumente, o que, automaticamente, diminui as necessidades energéticas diárias.
Da mesma forma, uma criança que possua mais massa muscular terá um dispêndio energético superior, visto que o músculo é um tecido metabolicamente muito mais ativo que a gordura.
Alguns fatores psicológicos como a emoção e o stress podem também aumentar o consumo de oxigénio e, consequentemente, os gastos de energia.
Desta forma, e embora existam valores padrão preconizados para as necessidades energéticas na infância, a sua interpretação e cumprimento devem ser sempre ajustados ao contexto de cada criança, no sentido de assegurar um desenvolvimento saudável e prevenir desequilíbrios energéticos que poderão conduzir a estados de desnutrição ou sobrenutrição da criança.
Apesar da Unidade do Sistema Internacional para medir a energia ser o Joule, por conveniência, os valores relativos às necessidades energéticas são, normalmente, apresentados em quilocalorias (kcal).
1-2 anos | 3-5 anos | 6-8 anos | 9-11 anos | 12-13 anos | 14-16 anos | 17-18 anos | |
Sexo Masculino | 950 kcal | 1300 kcal | 1600 kcal | 1900 kcal | 2400 kcal | 3000 kcal | 2410 kcal |
Sexo Feminino | 865 kcal | 1100 kcal | 1450 kcal | 1700 kcal | 2100 kcal | 2200 kcal | 2400 kcal |
Nota: 1 caloria = 4,186 Joules
Tabela adaptada do Manual Human energy requirements. Report of joint FAO/WHO/UNU Expert consultation, Rome, 17-24 October, 2001.
É ainda importante referir que estas necessidades energéticas referentes à infância e adolescência, são superiores às registadas na idade adulta e, sobretudo, às registadas durante a velhice.
Tal facto deve-se, por um lado, a uma maior atividade física associada a estas faixas etárias, e, por outro, a um aumento das necessidades e exigências de funcionamento do organismo, inerente ao processo de crescimento.
Além disso, a composição corporal vai sofrendo alterações com o avançar da idade, sendo natural, mesmo que o peso se mantenha, que a massa magra diminua e, paralelamente, a massa gorda aumente, o que, automaticamente, diminui as necessidades energéticas diárias.
Necessidades Nutricionais Associadas
Associadas a estas necessidades energéticas estão também as necessidades nutricionais.
Isto porque, as principais fontes de energia na dieta são os macronutrientes, nomeadamente, os hidratos de carbono, gorduras e proteínas, sendo que cada um, mediante as suas funções, deverá ter um contributo diferente para o valor energético total diário.
Os hidratos de carbono e proteínas fornecem cerca de 4 kcal/g enquanto a gordura fornece cerca de 9 kcal/g.
Note-se que o álcool também tem um valor energético associado, podendo fornecer cerca de 7 Kcal/g. No entanto, no caso das crianças, não é aplicável.
A nível de contribuição para o valor energético total, o nutriente com mais contributo são os hidratos de carbono, que deverão contribuir para cerca de 55% do valor energético total. Segue-se a gordura, que deverá contribuir com cerca de 30% do valor energético e depois a proteína que deverá contribuir com os restantes 15%.
Não obstante, importa referir que tal como as necessidades energéticas, estas contribuições variam com a idade, sendo que para crianças numa fase mais ativa de crescimento, o valor percentual da proteína aumenta um pouco (até aos 20%), enquanto o contributo da gordura desce para os 25%.
Em suma
Acima de tudo, o balanço energético deve ser equilibrado, isto é, a criança deve obter a energia adequada ao que vai gastar, já que o seu défice implicaria a impossibilidade de realizar todas as funções vitais e o seu excesso provocaria o aparecimento de obesidade.
Além disso, é sempre importante frisar que as necessidades energéticas infantis deverão ser sempre satisfeitas através de uma alimentação completa, equilibrada e variada, diversificando-se os alimentos e os nutrientes em cada refeição.
Além disso, é sempre importante frisar que as necessidades energéticas infantis deverão ser sempre satisfeitas através de uma alimentação completa, equilibrada e variada, diversificando-se os alimentos e os nutrientes em cada refeição.