A Malária é uma doença grave que é causada pela picada de um mosquito Anopheles fêmea infetado com um parasita.
Existem 4 tipos de parasitas que geralmente infetam humanos: Plasmodium falciparu, P. vivax, P. ovale e P. malariae. Estes parasitas infectam as glândulas salivares dos mosquitos, facilitando, assim, a sua propagação aquando das picadas.
Existem entre 300 e 500 milhões de pessoas, em todo o mundo infectadas com malária e a cada ano há 1 a 2 milhões de mortes.
QUAIS OS SINTOMAS DA MALÁRIA?
Após a transmissão da malária ter ocorrido, os sintomas não surgem imediatamente.
O mais provável é aparecerem sintomas alguns dias ou semanas após a transmissão da malária ter decorrido, apesar de estes períodos poderem ser ainda mais extensos.
Entre as espécies de parasitas da malária que infetam os humanos, P. vivax e P. ovale, podem passar por fases dormentes que podem ser reativadas após longos períodos assintomáticos de até 2 anos no caso do P. vivax e de 4 anos para P.ovale.
Os sintomas da malária são, no entanto inespecíficos e muitas vezes confundidos com sintomas gripais.
Em países em que a doença é frequente, a sua população reconhece os sintomas como malária, procurando um diagnóstico médico. Nos restantes países esta semelhança poderá atrasar o diagnóstico e respetiva cura.
Os sinais e sintomas podem incluir:
- Febre alta;
- Suores;
- Arrepios;
- Dores musculares e de cabeça;
- Vómitos e diarreia;
- Mal-estar geral.
É, assim, de extrema importância procurar um cuidado médico especializado quando se apresenta alguns destes sintomas num país com elevado risco de malária.
COMO SE TRANSMITE A MALÁRIA?
Quando a transmissão da malária ocorre, o parasita entra na corrente sanguínea e, no fígado, amadurece e invade os glóbulos vermelhos, onde se multiplica. Os glóbulos vermelhos rebentam, libertando vários parasitas no organismo. Isto ocorre geralmente em ciclos de 48-72 horas.
Quando um mosquito não infetado pica uma pessoa infectada, contrai o parasita e transmite-o à pessoa que picar posteriormente, o que faz com que o ciclo de transmissão continue e dificilmente termine.
Como o parasita da malária atinge os glóbulos vermelhos de uma pessoa infectada, a malária também pode ser transmitida através de transfusão de sangue, transplante de órgãos ou o uso de agulhas ou seringas contaminadas.
A malária também pode ser transmitida de uma mãe para o feto antes ou durante o parto (malária congénita).
EM QUE CONSISTE O TRATAMENTO?
Em geral, os medicamentos utilizados para prevenir a malária são os mesmos a que se recorrem para efetivamente tratar a doença.
O tratamento ideal tem de ser começado o mais cedo possível após experenciar os primeiros sintomas de malária. Alguns casos podem ser tratados sem a necessidade de hospitalização, mas infeções mais graves podem requerer o internamento para garantir tratamento eficaz.
O aparecimento de febre entre 7 dias e três meses no local onde exista possibilidade de ocorrer a contaminação deve ser encarado como uma emergência médica.
A PREVENÇÃO É O MELHOR TRATAMENTO
Tal como acontece com muitas outras doenças, é melhor prevenir do que tratá-las, isto é particularmente verdade no caso da malária.
Se vai viajar para uma zona onde as infeções de malária são prevalentes, a ameaça de infecção é real e por isso a profilaxia (para prevenção da doença) da malária deve ser seriamente tida em conta antes de viajar.
Se uma pessoa seguir tratamentos preventivos e em geral tentar evitar as picadas, é pouco provável que a transmissão da malária ocorra, porém, é importante perceber os riscos envolvidos.
Com base na avaliação de risco, intervenções específicas de prevenção da malária devem ser utilizadas pelo viajante.
Exemplos de medicamentos usados na prevenção: Cloridrato de mefloquina (Mephaquine®), Atovaquona+Cloridrato de proguanilo (Malarone®), Doxiciclina, Cloroquina, entre outros.
4 Medidas estratégicas para evitar picadas de mosquito
- Usar repelente de insetos: Mesmo um curto período de tempo ao ar livre pode ser longo o suficiente para sofrer uma picada de mosquito. Pulverizar a pele e as roupas com produto próprio.
- Pulverizar a casa com um repelente: Para ajudar a matar mosquitos adultos presentes.
- Utilizar uma rede mosquiteira de cama: Especialmente recomendada para mulheres grávidas e crianças pequenas.
- Cobrir a pele: Principalmente nas horas de maior atividade dos mosquitos (do anoitecer ao amanhecer).