Inês Borges
Inês Borges
22 Jun, 2016 - 00:48

A importância dos linfócitos T no organismo

Inês Borges

Parte integrante no sistema de defesa do corpo humano, os linfócitos T são muito importantes para a saúde. Entenda porquê.

A importância dos linfócitos T no organismo

Juntamente com os linfócitos B e as células NK, os linfócitos T defendem o organismo de corpos estranhos e potencialmente prejudiciais como vírus e bactérias.

Todos estes tipos de linfócitos são originados na medula óssea, mas os linfócitos T amadurecem no timo, onde adquirem novas capacidades.

Só depois disso são então libertados na corrente sanguínea para cumprirem as suas funções.

FUNÇÕES DOS LINFÓCITOS T

Linfócitos T
Proteja a sua saúde!
Receba conteúdos exclusivos e habilite-se a um check-up completo. Registe-se já!

É precisamente por amadurecerem no timo que os linfócitos T têm esse nome.

É no timo que aprendem a identificar células do organismo e células estranhas ao organismo e quando essa aprendizagem está completa, estão prontas para circular na corrente sanguínea e combater os vírus.

Apesar disso, essa aprendizagem nem sempre é bem feita e pode acontecer os linfócitos T não se tornarem absolutamente capazes de fazer a distinção, acabando assim por atacarem e destruírem células próprias do organismo. É nestas casos que surgem doenças autoimunes como o diabetes tipo 1, a esclerose múltipla ou a artrite reumatóide.

Embora por vezes possam acontecer estes problemas que ainda não se conseguem bem explicar, os linfócitos T são essenciais na proteção do organismo. Não só por serem capazes de identificar células danificadas no organismo, mas também por combaterem imediatamente os vírus estimulados pelos linfócitos B.


TIPOS DE LINFÓCITOS T

Os linfócitos T não só têm várias funções, como atuam de diferentes formas na proteção do organismo. Por isso mesmo dividem-se em vários tipos:


LINFÓCITOS T AUXILIARES

Este tipo de linfócitos é de extrema importância para o sistema imunitário por ser o mensageiro principal. Assim que deteta um corpo estranho, envia imediatamente ordens para os outros linfócitos, sendo portanto o que dá início ao processo de eliminação.

São por isso os linfócitos T auxiliares que estimulam o crescimento e proliferação dos linfócitos T supressores. São também responsáveis pelo crescimento dos linfócitos B e na sua diferenciação em plasmócitos (células que produzem os anticorpos), além de se serem ainda auto-estimulantes no sentido em que estimulam o crescimentos da própria família de linfócitos T auxiliares.

Em caso de doenças como o HIV, estas são as primeiras células a ser destruídas e é exatamente esse o perigo. Estando destruídas as células que identificam os agressores e incentivam os outros linfócitos a combater, o corpo fica sujeito a muito mais agressões e assim doenças mais simples como uma simples gripo têm um risco muito maior do que em pessoas não afetadas pelo HIV.



LINFÓCITOS T SUPRESSORES

Este tipo de linfócitos T tem como principal função identificar e destruir células do organismo que estejam alteradas, impedindo que células com vírus se multipliquem e propaguem o problema. Para isso a sua atuação passa pela limitação da ação dos linfócitos T auxiliares e dos linfócitos T citotóxicos, de forma a impedirem que exerçam as suas funções exageradamente e, de certa forma, possa cumprir a sua função de atacar as células do organismo danificadas.

São também importantes no processo de tolerância imunológica, que consiste em evitar que os linfócitos ataquem o próprio corpo. Assim, quando são produzidos em menores quantidades ou não são ativados, podem surgir as doenças auto-imunes.

Em casos, por exemplo, de transplantes de órgãos, os linfócitos T supressores podem ser vilões por combaterem a sua integração no corpo humano. Embora não seja um vírus, é um corpo estranho e a tendência destas células é evitá-lo.



LINFÓCITOS T CITOTÓXICOS

Atuam diretamente nas células infetadas com vírus ou bactérias. Esta eliminação pode ser feita de duas formas: através da produção de perforinas que abre orifícios nas membranas e provoca a ruptura das células, ou através da indução das células-alvo a entrarem am apoptose (morte programada).


► Conheça aqui todos os tipos de linfócitos.

Veja também:

Artigos Relacionados