Farmacêutica Cátia Rocha
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04 Out, 2017 - 15:40

Linfócitos: conheça os tipos existentes e as respetivas funções

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Os linfócitos são um tipo de de glóbulos brancos, que atuam na defesa do nosso organismo contra microrganismos potencialmente perigosos para a saúde.

Médico a fazer análises de sangue

Os 3 tipos de linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos (como bactérias, vírus e outras toxinas), iniciando o processo de ativação do sistema imunitário.

A vigilância imunitária consiste no reconhecimento e na destruição de células anormais. Quando o nosso organismo deteta a presença de células anormais, reconhecidas como estranhas uma vez que têm antigénios superficiais diferentes dos das células normais, desencadeia uma resposta ao nível do sistema imunitário de modo a conseguir eliminá-las.

A proteção do organismo contra estas células é realizada diretamente pelos linfócitos T.

Os valores de referência destas células são 1,00 – 3,20 (10^9/L), ou seja, entre 1000 e 3200 por milímetro cúbico de sangue.

QUAL A FUNÇÃO DE CADA UM DOS 3 TIPOS DE LINFÓCITOS

Cada linfócito produz uma só imunoglobulina (anticorpo), diferente da dos outros linfócitos. Quando um linfócito reconhece um antigénio (molécula invasora à qual se irá ligar o anticorpo), é ativado e entra em divisão acelerada.

Cada “célula filha” será específica para o mesmo antigénio reconhecido pela “célula-mãe”. Após ativação iniciam a resposta imunológica, e outros ficam de reserva como memória imunitária.

Existem 3 tipos de linfócitos:

Linfócito B

linfocito B

Provenientes da medula óssea, representam cerca de representam 5% a 10% dos linfócitos. Quando ativados, diferenciam-se em plasmócitos que produzem anticorpos, ajudando assim na defesa do organismo.

Os linfócitos B também se diferenciam em células de memória e, por isso, são as células que mais rapidamente respondem a uma repetida exposição ao mesmo antigénio (nos casos de varicela ou sarampo, por exemplo).

Linfócito T

linfocito T

São cerca de 65 % a 75% dos linfócitos. Estas células atuam sobre as células estranhas e infetadas por vírus, direcionam a resposta imune e mantêm a resposta imune controlada (impedem o desenvolvimento de doenças autoimunes, fazendo com que os glóbulos brancos não combatam células do próprio organismo).

Saiba mais sobre este tipo de linfócito >>

Células NK (Natural Killers)

celulas NK

Representam cerca de 10% a 15% da população total de linfócitos circulantes. Tal como o nome indica, natural killers, estas células já estão naturalmente preparadas para matar as células que poderão ser prejudiciais ao nosso organismo, sejam elas células cancerígenas ou microrganismos invasores, como os vírus. Ao contrário do que acontece com os outros tipos de linfócitos, B e T, que necessitam de um processo prévio de maturação.

Assim, têm como alvo, células neoplásicas (tumorais) e protegem contra uma ampla variedade de microrganismos infeciosos.

COMO É REALIZADO ESTE PROCESSO?

A produção de anticorpos dá-se nos gânglios linfáticos, que ficam hipertrofiados devido à multiplicação dos linfócitos ativados. Os anticorpos formados são libertados no sangue ou na linfa circulando até ao local da infeção.

Nem todos os linfócitos B estimulados se diferenciam em plasmócitos. Muitos constituem células de memória, células com um prazo de vida bastante alargado que ficam inativas, mas prontas a responder rapidamente caso o antigénio venha a reaparecer no organismo.

Ligação antigénio-anticorpo:

  • Cada anticorpo é capaz de se combinar quimicamente com o antigénio que estimulou a produção desse anticorpo
  • A especificidade está relacionada com as estruturas químicas do antigénio e do anticorpo
  • Em relação á estrutura de um anticorpo podemos dizer que os anticorpos pertencem a um tipo de proteínas que tem uma estrutura globular, sendo também designadas por imunoglobulinas. São representados convencionalmente em forma de Y
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