Share the post "Leucemia felina: saiba como proteger o seu gato desta doença"
A Leucemia felina é uma doença transmissível entre felinos apenas, não sendo em nenhuma circunstância transmitida a humanos.
Trata-se de uma patologia grave que não tem cura e diminui significativamente a esperança média de vida do gato.
Em que consiste a leucemia felina?
A leucemia felina é causada por um retrovírus (FeLV – Feline Leukemia Vírus) que afeta exclusivamente felinos, tanto gatos como outros felinos selvagens.
Este vírus afeta a medula óssea do animal, onde se formam as células precursoras hematopoiéticas. Ou seja, desta forma, irá destruir os glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas, levando o animal a ficar sem defesas e suscetível ao aparecimento de outras infeções, levando à sua morte.
Qual a forma de transmissão da leucemia felina?
A transmissão deste vírus ocorre essencialmente através de secreções corporais como a saliva, urina, fezes, secreções nasais e lacrimais de gatos infetados.
Também é possível ocorrer contágio através da mãe, por via uterina, ou através do leite materno.
Como se desenvolve a leucemia Felina
Um gato infetado não significa que desenvolva a doença necessariamente. Depois de haver contágio a infeção pode seguir 4 diferentes vias:
1. Estado abortivo
O que o vírus é eliminado do organismo do gato sem que este excrete o vírus ou fique com sintomas. Neste caso o vírus não chega a replicar-se nem entrar na corrente sanguínea.
2. Estado regressivo
Devido a uma resposta imunitária eficaz do gato infetado, podem apresentar testes positivos numa fase inicial, pois o vírus chega a entrar em circulação, mas posteriormente o organismo consegue neutralizar o vírus.
3. Estado latente
O vírus sai da circulação sanguínea, mas fica contido na medula óssea do gato como que “adormecido”. Pode voltar a reativar em qualquer momento e causar outros problemas como neoplasias.
4. Estado progressivo
Neste caso o animal irá demonstrar sintomas da doença e excretar o virus sendo uma fonte de contágio para os outros felinos, pois esta presente na corrente sanguínea.
Não é possível prever qual a via que o vírus seguirá em cada animal, no entanto existem vários fatores que contribuem para o desenvolvimento do estado progressivo:
- Idade na altura da infeção: quanto mais novo for o gato no momento da infeção maior a probabilidade e desenvolver a doença na forma progressiva. Pelo contrário, quanto mais velho o gato for ao se infetar maior probabilidade terá de conseguir eliminar o vírus;
- Estado imunitário: um gato saudável terá maior probabilidade de conseguir neutralizar a infeção do que um gato doente com o sistema imunitário debilitado.
Quais os sintomas da leucemia felina
Numa fase inicial de infeção, todos os gatos serão assintomáticos, ou seja não demonstrarão qualquer sintoma, mesmo quando se trata de uma infeção progressiva. No entanto, durante este período podem já excretar o vírus e contaminar outros gatos.
Os sintomas irão variar de acordo com as células afetadas, e essencialmente irão refletir uma baixa imunidade devido à destruição das células de defesa do organismo do animal. Numa fase inicial podem demonstrar sinais inespecíficos como:
- Letargia;
- Febre;
- Vómitos;
- Diarreia;
- Anorexia;
- Anemia.
Podem também aparecer sintomas relacionados com a baixa das defesas e um sistema imunitário fragilizado:
- Estomatites e gengivites crónicas;
- Infeções respiratórias crónicas;
- Neoplasias;
- Otites recorrentes;
- Dermatites recorrentes;
- Aparecimento de outras doenças infeciosas devido à baixa das defesas.
Como é feito o diagnóstico da leucemia felina
O diagnóstico baseia-se essencialmente em análises sanguíneas para a deteção do vírus na corrente sanguínea. Existe vários métodos laboratoriais para a deteção deste vírus, por isso dependerá do seu médico veterinário a escolha do método ideal para o seu gato.
O seu médico veterinário irá também aconselhar a realizar análises gerais ao sangue para realização de hemograma. Outros exames também poderão ser úteis, uma vez que os sintomas podem ser variáveis.
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Como pode ser prevenida a leucemia felina
A prevenção deve ser feita de forma a evitar que o seu gato tenha contágio com gatos infetados e mantendo-o o mais saudável possível.
1. Testar no momento da adopção
Fazer um teste para perceber se o gato que irá adoptar é positivo pode ser crucial, especialmente se já tiver outro gato em casa, pois pode por em risco a saúde de ambos.
2. Manter o gato “indoor”
Sabendo que o contágio é fácil, manter o gato num ambiente controlado é uma garantia que de não estará em contacto com gatos doentes, principalmente gatos de rua que podem ser um foco de doenças.
3. Vacinar o seu gato
Existe uma vacina especifica para a leucemia felina, no entanto essa vacina só poderá ser administrada depois do animal testar negativo para a doença.
Por ter algumas contra-indicações só deve ser administrada caso o gato pertença a um grupo de risco, ou seja tenha contacto ou possível contacto com gatos doentes, como se co-habitar com gatos FeLV positivos ou tiver acesso ao exterior.
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4. Fazer check-ups regulares
Levar o seu gato ao médico veterinário com regularidade e fazer análises ao sangue e urina pode ser uma maneira de detetar algumas doenças precocemente, incluindo a leucemia felina.
5. Esterilizar o gato
Tanto os machos como as fêmeas, em altura de cio, terão maior tendência para fugir, envolver-se em lutas e ter contacto sexual com outros gatos. Tudo isto envolve a troca de secreções e portanto caso os gatos sejam FeLV positivo, podem contaminar o outro.
6. Boa alimentação
Uma boa alimentação contribui para um sistema imunitário forte, e mantém o animal saudável Dessa forma, um animal bem nutrido terá menos probabilidade de desenvolver a doença.
7. Isolar o gato se for FelV positivo
Caso o gato seja positivo para esta doença, não deverá adoptar mais nenhum gato para a mesma casa, sendo negativo. O ideal será isolar o gato, pois sendo uma fonte de contágio pode disseminar a doença por gatos saudáveis.