Produzida no pâncreas, a insulina é uma hormona que ajuda a manter os níveis de glicose (açúcar) dentro dos valores considerados normais, de forma a que não sejam perigosos para o organismo.
A sua função é transportar o açúcar às células para que o nosso corpo disponha da energia necessária.
Por exemplo, numa pessoa saudável, a insulina é libertada na corrente sanguínea sempre que necessário, nomeadamente após uma refeição, permitindo aos tecidos do corpo assumirem a quantidade certa de glicose.
A Insulina e a diabetes
Quando isso acontece, ou seja, quando o pâncreas não produz insulina ou não produz insulina suficiente, dá-se uma subida anormal e descontrolada da glicemia ou “açúcar no sangue”, que conduz ao desenvolvimento de diabetes.
Os dois tipos de diabetes mais frequentes são a diabetes tipo 1, também chamada de insulinodependente, e a diabetes tipo 2.
Diabetes tipo 1 e tipo 2
A diabetes tipo 1 é chamada de insulinodependente porque o pâncreas é incapaz de produzir insulina e, como tal, não há insulina para mover a glicose para fora da corrente sanguínea para as células.
Já a diabetes tipo 2 desenvolve-se quando o corpo não consegue produzir insulina suficiente ou quando a insulina produzida não funciona corretamente. Isto é, o pâncreas até consegue fabricar insulina, mas o organismo não a consegue aproveitar corretamente, criando resistência à insulina.
Para todas as pessoas com diabetes tipo 1 e para alguns com diabetes tipo 2, a administração de insulina é essencial para manter controlados os níveis de glicose no sangue. O tratamento é feito habitualmente através de uma injeção subcutânea.
Tipos de insulina
Em Portugal só é comercializada insulina igual à insulina humana, produzida com recurso a técnicas de engenharia genética.
A principal característica que distingue os diferentes tipos de insulinas disponíveis reside no seu tempo de atuação. Assim sendo, existem insulinas basais, de curta duração, média duração, longa duração ou mistas (mistura que permite obter os benefícios de diferentes tipos de insulina).
A insulina deve ser, preferencialmente, administrada no abdómen, braços, coxas ou nádegas, locais em que a absorção é mais rápida.
Qual a dose indicada?
As doses de insulina a administrar devem ser adaptadas a cada diabético, de acordo com a sua idade, o exercício físico que pratica, hábitos alimentares, horários de trabalho, existência de complicações e estado emocional. O objetivo principal do tratamento é que o doente tenha um bom controlo da diabetes.
Os frascos de insulina, as cargas instaladas nas canetas e as seringas pré-cheias descartáveis em uso devem ser conservadas à temperatura ambiente e afastadas da luz solar direta.