O IMC da grávida é assim tão importante?
Na verdade, esse cuidado deve começar antes. Ter um índice de massa muscular muito baixo (inferior a 18,5) ou muito alto (superior a 25) pode, primeiro, prejudicar a sua fertilidade e, depois, a saúde do seu bebé.
Estar dentro do IMC ideal diminui o risco de má formação fetal até 50%.
Como é calculado o IMC da grávida?
O IMC da grávida é calculado exatamente da mesma forma do que o de qualquer indívíduo, ou seja, dividindo o peso, em quilos, pela altura ao quadrado, em metros. Assim, uma pessoa que meça 1,50m e pese 63,5kg, deve fazer o cálculo da seguinte forma:
= 63,5 ÷ (1,50 x 1,50)
= 63,5 ÷ 2,25
= 28,22
IMC da grávida: interpretação dos resultados
Quanto à interpretação dos resultados, no caso do IMC da grávida, o processo é um pouco diferente. O IMC da grávida apenas tem interesse numa fase inicial. Assim, se a mulher for acompanhada antes da concepção, será registado o valor do IMC anterior à gravidez e o inicial para posterior controlo do aumento de peso.
IMC da grávida: riscos associados
Hoje em dia, sabemos que a saúde das crianças é, em grande parte, resultado da sua vida intrauterina, pelo que é fundamental cuidar da alimentação e do peso durante toda a gestação. Atualmente, está provado que uma alimentação variada e equilibrada durante a gestação, não só garantem uma gravidez saudável e um trabalho de parto mais fácil, como é a base para o crescimento saudável do bebé.
Um baixo ganho de peso, aumenta o risco de atraso de crescimento intrauterino e mortalidade perinatal. Já um ganho excessivo de peso aumenta as hipóteses de excesso de peso do bebé no nascimento e, a longo prazo, ao aumento do risco de complicações na vida adulta. Um ganho de peso desiquilibrado, aumenta os riscos de complicações no parto e pós-parto para a mãe e bebé.
IMC | Aumento de Peso Ideal (Gravidez) | Aumento de Peso Ideal (Semanal – 2º e 3º Trimestre) |
Baixo Peso (<18,5) | 12,5 – 18 kg | 0,5 kg |
Normal (18,5 – 24,9) | 11,5 – 16 kg | 0,4 kg |
Pré-obesidade (25 – 29,9) | 7 – 11,5 kg | 0,3 kg |
Obesidade (>30) | 5 – 9 kg | 0,2 kg |
Gravidez de gémeos | 15,9 – 20,4 kg | 0,7 kg |
Fonte: Institute of Medicine (IOM-2009)
IMC da grávida: a importância da alimentação
Durante a gravidez, as necessidades nutricionais aumentam, porém, é errado pensar que deve comer por dois.
Basta cuidar da alimentação para assegurar o crescimento e desenvolvimento do bebé bem como as necessidades da grávida e isso corresponde à ingestão de, apenas, mais 300 a 400 calorias diárias no segundo e terceiro trimestre.
No que diz respeito aos cuidados com a alimentação, slavo alguns cuidados especiais relacionados com a não imunidade à toxoplosmose ou alguma doença pré-gravidez, como diabetes, por exemplo, as recomendações alimentares para as gestantes não são muito diferentes das da restante a população, ou seja:
- Beber, pelo menos, 8 copos de água por dia;
- Fazer seis refeições diárias, portanto, não passar mais de 3 horas sem comer;
- Deixar as exceções, ou seja, tudo o que não faz parte da Roda dos Alimentos para dias especiais;
- Diariamente, respeitar as porções recomendadas pela Roda dos Alimentos:
- 1 a 2 porções de leguminosas
- 1 a 3 porções de gorduras e óleos
- 2 a 3 porções de laticínios
- 1,5 a 4,5 de carnes, peixe e ovos
- 3 a 5 porções de fruta
- 3 a 5 porções de hortícolas
- 4 a 11 porções de cereais e tubérculos
IMC da grávida: a importância do exercício físico
Como a restante população, as grávidas não podem descuidar o exercício físico diário, não só para manter o peso ideal como para facilitar o trabalho de parto. Se não sabe quais os exercício mais adequados à gestação, saiba mais aqui.