A idade dos porquês é uma fase característica da infância, em que as crianças manifestam uma enorme curiosidade e fazem perguntas constantes aos adultos. Reconhece a situação?
A verdade é que os adultos nem sempre têm resposta imediata para todas as perguntas e a a repetição pode provocar algum cansaço – quem nunca, certo? Mas diante do extenuante interrogatório, vale sempre mais a pena responder.
Deixamos 5 conselhos práticos que vão ajudar a lidar de forma bem-sucedida com a idade dos porquês.
A idade dos porquês
A idade dos porquês é uma fase comum do desenvolvimento infantil que surge, comummente, por volta dos 3 ou 4 anos de idade, podendo surgir mais tardiamente em algumas crianças.
Esta fase caracteriza-se pelo facto das crianças colocarem infindáveis questões aos pais, fruto de observarem e experienciarem uma grande variedade de estímulos acerca dos quais ainda não possuem total compreensão.
Na idade dos porquês, os mais pequenos procuram avidamente respostas e informações sobre os mais variados temas.
De forma habitual, esta fase começa com questões do tipo “o que é isto?”, em que a criança procura descobrir o nome de tudo aquilo que vê. No entanto, à medida que o tempo avança e a criança começa a compreender que existe uma relação de causa e efeito entre diferentes coisas, as questões passam a ser do tipo “porquê?”.
Esta enorme curiosidade vai permitir que a criança conheça mais e melhor o mundo que a rodeia, contribuindo para o seu desenvolvimento. Assim sendo, a idade dos porquês é extremamente benéfica e é natural que as perguntas em catadupa diminuam à medida que a compreensão da criança aumenta.
5 benefícios da fase dos porquês
Esta fase pode arrancar aos pais audíveis gargalhadas, mas também pode ser bastante extenuante, já que as crianças colocam perguntas em catadupa e exigem a total atenção dos adultos. Contudo, apesar de cansativa, é uma altura importante do desenvolvimento infantil porque:
- estimula a vontade de aprender e descobrir coisas novas;
- contribui para uma maior compreensão de si mesma, sobre os outros e sobre o mundo em geral;
- permite que a criança não tenha receio de expressar livremente as suas dúvidas;
- contribui para a melhoria da capacidade de resolução de problemas;
- ao verem as suas perguntas serem respondidas, as crianças sentem-se valorizadas, motivadas, seguras e confiantes.
Como lidar com a idade dos porquês? 5 conselhos práticos!
A melhor forma de lidar com as perguntas constantes, passa por compreender a razão de tantos porquês e aceitar que as respostas são mesmo necessárias para os mais pequenos.
Listamos alguns conselhos práticos que podem ajudar a enfrentar os desafios desta fase. Tome nota e pratique aí em casa!
- Mantenha a calma e tenha paciência. É importante que mantenha a serenidade e tente responder às importantes questões colocadas pelo seu filho, contribuindo para um maior sentimento de autoconfiança.
- Coloque-se no lugar do seu filho e tente dar respostas adequadas à sua idade e nível de desenvolvimento.
- Respeite o ritmo do seu filho e deixe-o colocar todas as suas dúvidas antes de dar alguma resposta.
- Se não souber a resposta a alguma pergunta, admita-o. Não dê respostas fantasiosas. Vá pesquisar e posteriormente dê a resposta ao seu filho.
- Podem também procurar em conjunto e de forma divertida as respostas às questões do seu filho.
A nossa conclusão
A idade dos porquês é uma fase perfeitamente comum do desenvolvimento infantil, que se caracteriza por uma enorme curiosidade e sede de conhecimento por parte dos mais pequenos, que colocam aos pais perguntas e mais perguntas.
É importante que os pais, por mais cansados que estejam, não ignorem as questões colocadas. Mais ainda, quando atingem um ponto de saturação, os pais podem optar por dizer aos filhos que vão responder a todas as suas perguntas numa altura mais calma do dia, desde que cumpram a promessa.
É importante que a criança se sinta valorizada e que sinta confiança nas respostas que lhe são dadas. Ao dar respostas assertivas e ponderadas, os pais estão a contribuir para o processo de aprendizagem e exploração do mundo dos filhos.
Em suma, os pais devem evitar dar respostas demasiado longas e elaboradas, respeitar o tempo e o ritmo da criança, não antecipando as respostas, bem como não dar respostas incorretas e fantasiosas, dado que tal pode levar à quebra da confiança por parte da criança.