Além das náuseas e vómitos, a gastroenterite é, normalmente, acompanhada de diarreia. Situação em que a ingestão de líquidos para evitar a desidratação é imprescindível.
Esta doença é altamente contagiosa, sendo que se espalha através do contacto próximo com pessoas infetadas ou através de alimentos ou água contaminados.
Diferentes vírus podem causar a doença, o mais comum é o rotavírus.
O QUE CAUSA A GASTROENTERITE?
A gastroenterite viral é causada por vários vírus diferentes. As pessoas com maior risco são:
- Crianças menores de 5 anos;
- Adultos mais velhos;
- Crianças e adultos com o sistema imunitário comprometido.
Algumas das formas de contaminação mais comuns incluem:
- Lavagem inadequada das mãos, especialmente por manipuladores de alimentos;
- Água contaminada;
- Consumo de crustáceos crus ou mal cozinhados com águas contaminadas.
Além disso pode também ser um efeito adverso de alguns medicamentos (como os anti-inflamatórios não esteróides), a gastrite pode ainda ser causada ou agravada pelo refluxo biliar, por infeções (H. pylori, E. coli, Rotavírus), pelo consumo excessivo de álcool, entre outras doenças.
QUAIS OS SINTOMAS DA GASTROENTERITE?
Os principais sintomas são digestivos – os vómitos e a diarreia. As fezes perdem consistência, tornando-se muito líquidas e assim podendo permanecer durante vários dias.
E quando este cenário se mantém por muito tempo, o maior risco é de desidratação, dado que ocorre perda de fluidos por duas vias. E, causando prostração, é provável que não tenha apetite, o que contribui para uma menor ingestão de líquidos fornecidos pelos alimentos, aumentando o desequilíbrio de fluidos.
Os sinais a vigiar incluem sede, irritabilidade, letargia, olhos afundados nas órbitas, boca, língua e pele secas, menor frequência urinária e menor quantidade de urina e, nos bebés, ausência de fralda molhada por várias horas.
Para combater a desidratação, é fundamental tentar repor os líquidos perdidos, aumentando o consumo de água – mas não de sumos de fruta ou refrigerantes, pois podem agravar a diarreia.
Para atenuar o desconforto, pode ser útil mastigar tostas ou bolachas de água e sal, sendo aconselhável consumir os alimentos em pequenas doses. Os lacticínios, gorduras e açúcares devem ser evitados.
SINAIS DE ALARME EM CASO DE GASTROENTERITE
Em caso de gastroenterite, existem alguns sinais mais alarmantes que aparecem, nomeadamente:
- Vómito ou diarreia persistente, principalmente quando em bebés com menos de 2 meses;
- Dor de barriga persistente;
- Presença de sangue no vómito ou nas fezes;
- Vómito com aspeto de borra de café;
- Fezes negras;
- Dor de cabeça, no pescoço ou manchas no corpo;
- Criança sem reação, dificilmente despertável ou irritada;
- Sinais de desidratação, como por exemplo pele ou boca secas, sede, olhos encovados ou choro sem lágrimas.
- Se for um bebé, ter atenção se moleirinha afunda e as fraldas ficam secas durante mais de três horas.
Se a diarreia e vómitos surgirem após uma viagem a países tropicais, deve ser consultado um médico, bem como em situações em que haja suspeita de ingestão de algum produto tóxico.
GASTROENTERITE: TRATAMENTO E PREVENÇÃO
A gastroenterite é, na maioria dos casos, uma doença de origem viral, o que significa que não existem medicamentos específicos. Normalmente o que se faz é atuar sobre os sintomas.
No entanto, por vezes, pode ser necessária a utilização de antibióticos, no caso de algumas formas de gastroenterite bacteriana. Se a doença for causada por um vírus, os antibióticos não são necessários e podem, até, agravar o quadro clínico.
Dado o desconforto associado à gastroenterite – e porque a desidratação pode ter consequências graves para a saúde – o ideal é prevenir a doença.
E há um gesto que está ao alcance de qualquer um – lavar as mãos. Porquê? Porque tudo aquilo em que as mãos tocam é um potencial foco de contaminação e, se as mãos não forem lavadas corretamente, facilmente transmitem o vírus para objetos e pessoas.