Furar as orelhas da bebé é sempre um tema um pouco controverso na sociedade em geral. São várias as opiniões sobre o tema e as dúvidas associadas, principalmente quando se trata do primeiro filho.
As opiniões divergem: por um lado, alguns pais consideram que em bebé é mais fácil furar as orelhas porque a bebé não se apercebe da situação e, por isso, mesmo não oferece resistência aos cuidados que se seguem.
Por outro, há pais que partilham da opinião de que deve ser a filha a tomar essa decisão um dia mais tarde e que o facto de esta estar ainda em desenvolvimento pode fazer com que os furos não fiquem simétricos quando crescer.
Apesar de todas as opiniões, a verdade é que furar as orelhas da bebé é uma decisão bastante pessoal e que cabe somente aos pais tomar com consciência. Mas a verdade é que se não houver indicação médica contrária, não há motivos para não o fazer.
Fique connosco: respondemos a todas as questões relacionadas com este tema.
Furar as orelhas da bebé: 6 dúvidas frequentes antes de o fazer
Se está a pensar em furar as orelhas da bebé ou se esta é uma questão pela qual tem interesse em saber mais, está no sítio certo. Uma das dúvidas mais frequentes entre os pais que o optam por fazer é saber com quantos meses pode furar a orelha da bebé, por exemplo.
Além disto, os pais de primeira viagem também se questionam sobre quem pode fazer o procedimento e quais os principais cuidados a ter com as orelhas furadas.
É fundamental estar a par das recomendações e cuidados necessários para conseguir evitar possíveis infeções (que até mesmo no adulto podem acontecer).
O que diz a Academia Americana de Pediatria?
De uma forma geral, a Academia Americana de Pediatria (AAP) aconselha os pais a esperarem até que a criança tenha capacidade para cuidar dos furos sozinha.
Para além disto, recomenda a não furar as orelhas enquanto exista a probabilidade elevada de a bebé engolir acidentalmente os brincos (durante o sono ou a brincar, por exemplo).
Contudo, para os pais que optem por furar as orelhas da bebé, a AAP recomenda que o façam somente após os 2 meses de vida – idade em que a bebé já tomou a vacina do tétano que previne infeções causadas por material mal esterilizado.
Com esta idade a bebé também já deverá ter o seu sistema imunitário mais robusto e por isso mesmo, tem uma maior capacidade para lutar contra uma eventual infeção.
E qual é a opinião dos pediatras em geral?
Quando o assunto é furar as orelhas da bebé, alguns pediatras aconselham a esperar até que a criança tenha 18 meses de idade, quando a criança já completou o primeiro ciclo da vacina do tétano.
Isto acontece porque a própria Academia Americana de Pediatria sugere que os furos só sejam feitos quando a criança já for capaz de os higienizar e tratar sozinha.
No fundo, a decisão cabe somente aos pais, sendo que não há qualquer contraindicação para o fazer após os 2 meses de vida – desde que tomada de forma racional e consciente.
Que cuidados devo ter no momento da escolha do local?
Se a sua decisão está tomada, é importante que os pais estejam agora atentos para os cuidados a ter na escolha do local:
- Verifique se o profissional que vai fazer os furos tem experiência a furar orelhas a bebés (relembramos que não é a mesma coisa do que furar as de um adulto);
- Informe-se sobre a esterilização do equipamento e dos utensílios que vão ser utilizados para a perfuração;
- Certifique-se que são tomadas todas as medidas de segurança e higiene, como o uso de luvas e desinfeção das mãos.
Como deve ser feita a escolha dos brincos?
Esta é uma das questões mais frequentes entre os pais que pretendem furar as orelhas das bebés. Primeiramente, saiba que os brincos devem ser escolhidos de acordo com a idade da criança.
Além disto, não devem ser grandes, aguçados ou com quaisquer outros detalhes que possam prender nas roupas da bebé ou da criança (como cobertores ou mantas, por exemplo).
Assim, para as bebés mais pequeninas, os brincos devem ser o mais simples e pequenos possível – sendo que as argolas pequeninas não devem ser uma opção, pois podem ficar presas e provocar um rasgão na orelha da bebé.
E de que material devem ser feitos os brincos?
Relativamente ao material, opte por um que reduza o risco de infeções e de reações alérgicas: o ouro, aço cirúrgico, titânio ou platina são boas opções, apesar de não garantirem a 100% o aparecimento de reações.
Nunca opte por brincos de cobalto ou níquel: estes são metais altamente alergénicos e por isso não são recomendados. Além disto, saiba que todas as partes envolventes do brinco devem ser em material hipoalergénico, até mesmo a mola ou a borboleta.
Quais são os cuidados a ter após a perfuração das orelhas da bebé?
Há alguns cuidados que deve ter depois de a sua bebé ter furado as orelhas. Tome nota:
- Limpe a área dos brincos pelo menos 2 vezes por dia: higienize com álcool ou com um produto antisséptico nos dois lados para prevenir o aparecimento de bactérias;
- Lave muito bem as mãos antes de mexer na zona das orelhas;
- Após a higiene local deve rodar o brinco 2 vezes por dia, durante o primeiro mês: rode-o cuidadosamente para evitar que este fique colado à orelha;
- Não mexa no fecho nem troque de brincos enquanto a ferida não estiver bem cicatrizada (normalmente até 12 semanas). Depois desse período, se quiser trocar de brincos utilize uns em ouro;
- Sempre que secar a sua bebé, tenha muito cuidado para que as fibras da toalha não fiquem presas nos brincos.
No fundo, furar as orelhas da bebé é algo bastante comum em todo o mundo e atualmente é cada vez mais seguro. Tudo depende da opinião e vontade dos pais.
A única regra a não quebrar está no nosso conselho final sobre este tema: certifique-se de que o local onde opta por fazê-lo é seguro e com condições de higiene.