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Um estudo realizado por investigadores da Universidade do Porto revela informações sobre o consumo de suplementos alimentares por utentes de ginásios, em Portugal.
Os resultados apontam para um consumo maioritariamente feito por homens, mais novos, que têm a proteína em pó como suplemento preferencial, com o objetivo de aumentar a massa muscular.
Assim, para saber em que moldes se dá o consumo de suplementos alimentares por utentes de ginásios, em Portugal, Vitor Hugo Teixeira, docente na Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, e João Ruano, investigador no Centro de Investigação em Actividade Física, Saúde e Lazer, juntaram-se para procurar uma resposta.
Proteína é o suplemento mais consumido
O estudo envolveu mais de 400 participantes e apurou uma preferência por suplementos alimentares como proteína em pó, seguida de multivitamínicos e/ou minerais. Os motivos para este consumo preferencial estão relacionados com o ganho de massa muscular, seguido da aceleração da recuperação pós-treino e o aumento da performance desportiva.
Os inquiridos assumem informar-se sobre suplementos alimentares junto de nutricionistas credenciados e só depois na Internet, sendo esta a segunda fonte de informação mais utilizada.
Estes resultados refletem a tendência do aumento do consumo de suplementos alimentares pelos utentes de ginásios, em Portugal: 25% (2010), 41% (2012) e 44% (2020).
Vítor Hugo Teixeira explica que este “terá atingido um patamar estável. Dado o tipo de suplementos usados, e a limitação de quantidades dos compostos ativos, não prevejo nenhum problema de saúde pública. Apenas, um desperdício de dinheiro, na maior parte das vezes, por não escolherem o suplemento certo para os objetivos ou usar os (suplementos) que são inúteis”. Ainda assim, os valores encontrados em Portugal são mais baixos que os noutros países como EUA (84,7%) e Brasil (64,7%).
O estudo terá continuação: Vitor Teixeira refere que “os próximos passos passarão por publicar dados já recolhidos noutros atletas, como futebolistas femininas e crossfitters”.
O artigo foi publicado no Journal of the International Society of Sports Nutrition.