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Desde 1 de maio de 2020 que o uso de máscara é obrigatório no nosso país, sempre que acedamos a espaços interiores fechados, como estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços; serviços e edifícios de atendimento ao público; estabelecimentos de ensino e creches; e transportes públicos.
Porém, a eficácia desta medida de prevenção da transmissão do novo coronavírus só se verifica, se não forem cometidos erros na utilização de máscaras. Para isso, a Direção-Geral da Saúde tem produzido vários materiais de divulgação que têm como objetivo esclarecer quanto à forma apropriada de usar este item. Todavia, continuam a ocorrer erros na utilização de máscaras que se devem evitar.
Principais erros na utilização de máscaras reutilizáveis e descartáveis
A Direção-Geral da Saúde reuniu algumas informações acerca de erros na utilização de máscaras cometidos por muitas pessoas. A ocorrência destes erros põe em risco a segurança do indivíduo que usa incorretamente a máscara, assim como a das pessoas com quem ele se cruza e contacta.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde, só um uso adequado da máscara pode garantir eficácia e segurança, no que respeita à prevenção da transmissão do novo coronavírus. Para isso, é fundamental que a máscara cubra completamente o rosto, da ponta do nariz ao queixo.
Certificação
Além disso, é essencial garantir que a máscara que se usa é certificada, seja ela cirúrgica, seja ela reutilizável. Neste último caso, pode consultar o site do CITEVE, de modo a ficar a saber quais as máscaras comunitárias até ao momento certificadas.
Também no caso destas máscaras em tecido, é importante respeitar as indicações do fabricante quanto às formas de higienização e de desinfeção da máscara, bem como ao seu número limite de lavagens.
Assim, se uma máscara é reutilizável até ao máximo de 50 lavagens, isso significa que depois de a lavar 50 vezes, deve descartá-la e não a usar mais, pois é sinal de que ela já não é eficaz e não oferece a devida proteção.
5 erros na utilização de máscaras
Utilizar abaixo do nariz
O propósito da máscara é evitar o contágio pelo SARS-CoV-2 o qual, como sabemos, se dá essencialmente através do contacto com gotículas de saliva de indivíduos infetados.
Para evitar a entrada ou a saída dessas partículas no ou do nosso organismo, devemos cobrir duas das principais vias de entrada e de saída de gotículas de saliva: o nariz e a boca. Logo, é fundamental que a máscara cubra essas vias de entrada, nomeadamente o nariz.
Cobrir apenas a ponta do nariz
Já explicámos no ponto anterior a importância de cobrir as vias aéreas com a máscara. Porém, isso não significa tapar apenas as narinas, pois tal não oferece segurança suficiente nem para nós, nem para os outros. A máscara deve ser ajustada na zona da cana no nariz, ligeiramente abaixo da linha dos olhos.
Deixar o queixo exposto
Deixar o queixo exposto também não oferece a proteção necessária, até porque no caso da região do queixo ser atingida por alguma partícula infetada, a probabilidade dela poder entrar em contacto com a boca é grande e, assim, aumentar também o risco de contrair a COVID-19.
Utilizar debaixo do queixo
Esta é uma imagem comum no nosso quotidiano, sobretudo quando alguém quer tirar a máscara para beber ou comer, por exemplo. Contudo, esta não é a opção mais adequada, pois colocar a máscara nesta posição pode aumentar o risco de contaminação pelo novo coronavírus. Sabe porquê?
Não nos devemos esquecer de que a parte exterior da máscara pode estar contaminada com gotículas de saliva infetadas com o SARS-CoV-2. Logo, ao colocarmos a máscara debaixo do queixo, não só não nos estamos a proteger do vírus, como podemos estar a facilitar o contacto entre uma superfície potencialmente contaminada (a máscara) e a nossa pele e mucosas, facilitando, assim, o contágio.
Portanto, quando precisar de tirar a máscara, para beber ou comer, por exemplo, deixe-a pendurada numa orelha ou, então, remova-a, guarde-a numa bolsa ou saco e desinfete as mãos, antes de fazer seja o que for.
Utilizar a máscara com folgas laterais
Outro problema relativamente recorrente é o de usar a máscara com aberturas ou folgas laterais. Mais uma vez, isso compromete a proteção oferecida pela máscara, já que por esses espaços laterais podem “entrar” partículas contaminadas.
Como pôr e tirar a máscara adequadamente?
Além dos erros na utilização de máscaras, também há erros que são cometidos no momento de colocar e de retirar as máscaras. Alguns desses erros estão relacionados com a não higienização das mãos antes e depois de pôr e retirar a máscara ou com a sua não substituição, quando já está húmida.
Assim, esteja atento ao seguinte passo a passo e faça por cumprir cada uma das próximas etapas:
- Lavar as mãos com água e sabão ou com uma solução à base de álcool.
- Verificar qual o lado interno e externo da máscara e colocá-la apropriadamente.
- Adaptar a máscara à cabeça com os elásticos, sem os cruzar.
- Ajustar, também, a banda flexível na cana do nariz, tapando a boca, o nariz e o queixo.
- Evitar tocar na máscara.
- Trocar de máscara, quando ela estiver húmida ou a ser usada há mais de 4 horas.
- Retirar a máscara, segurando nos elásticos, para não tocar na frente da máscara.
- Descartar ou lavar a máscara, em função de ser cirúrgica ou não-cirúrgica, respetivamente.
- Lavar as mãos, depois de retirar a máscara.
- Decreto-Lei n.º 20/2020 de 1 de maio. Disponível em: https://dre.pt/application/conteudo/132883356
- Ministério da Saúde. Máscaras. Disponível em: https://covid19.min-saude.pt/mascaras/