A ecografia das 32 semanas ou a ecografia do 3º trimestre é um exame de diagnóstico pré-natal que serve essencialmente para avaliar o desenvolvimento do feto, através do estudo (doppler) da circulação fetal e da placenta, bem como excluir possíveis malformações que possam surgir nesta fase final da gravidez.
De acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a grávida deverá realizar uma ecografia por trimestre para avaliar o bem-estar do feto e a sua evolução.
Esta ecografia já não é tão emocionante para os pais como as anteriores, devendo-se ao facto de nesta fase, a maioria já sabe o sexo do bebé e como o bebé já está relativamente grande, será mais difícil visualizar o bebé na sua totalidade, bem como observá-lo a mexer, pois já ocupa a grande parte da bolsa amniótica.
Ecografia das 32 semanas: pontos importantes a reter
1. Quando deve realizar?
A ecografia das 32 semanas deverá ser sempre realizada entre a 30ª e a 32ª semana + 6 dias de gravidez.
2. Porque é tão importante a ecografia das 32 semanas?
Este exame é importante pois, fornece um conjunto de informações valiosas ao médico especialista, que serão fundamentais no acompanhamento do restante tempo de gestação, bem como durante o momento do parto.
Os objetivos deste exame são:
- Determinar a posição do feto (sendo que, provavelmente, já estará na posição cefálica, ou seja, de cabeça para baixo), de forma a auxiliar o médico na decisão de que tipo de parto a mãe deverá ter;
- Determinar a quantidade de líquido amniótico existente, uma vez que uma pequena quantidade de líquido poderá induzir um parto prematuro;
- Verificar se o feto se está a desenvolver corretamente:
- Medição do comprimento do fémur;
- Avaliação do perímetro cefálico e da circunferência abdominal;
- Determinação aproximada do tamanho e peso do bebé no momento, e do tamanho esperado no momento do parto.
- Avaliar a localização e estado da placenta, isto é importante na medida em que a gravidez avança e a placenta também envelhece, mas em alguns casos envelhece mais rapidamente, o que pode afetar a capacidade de nutrir e fornecer oxigénio ao bebé na totalidade. Se a placenta não estiver bem localizada poderá ser necessário uma cesariana;
- Detetar malformações fetais de aparecimento tardio;
- Avaliar a fluxometria do cordão umbilical e do feto (avaliação da circulação placentar e fetal).
3. Como é realizada a ecografia?
Este exame é realizado da mesma forma que a 1ª ou a 2ª ecografia da gravidez, ou seja, a realização desta ecografia não necessita de qualquer preparação nem cuidado prévio.
A grávida deverá permanecer deitada durante o exame e ser-lhe-á colocado um ecógrafo sobre o abdómen, após a aplicação de um gel que facilita a emissão e a recepção dos ultra-sons.
4. Quais os riscos associados?
Por se tratar de um exame não invasivo e indolor, onde não se verifica a emissão de radiação, este exame não apresenta riscos associados, tanto para o feto, como para a mãe, podendo ser realizado as vezes que forem necessárias ao longo da gravidez.
Após as 32 semanas, no caso de situações de gravidez de risco (hipertensão, diabetes, atraso de crescimento intra-uterino, etc.) poderá justificar-se a realização de mais ecografias, no entanto, esta decisão caberá ao seu médico obstetra.
Poderá existir a necessidade da realização de outros exames complementares de diagnóstico para esclarecimento de situações clínicas detetadas.