Share the post "As dores mais comuns durante a gravidez: saiba distinguir o seu caso"
Durante a gravidez ocorrem grandes mudanças no corpo da mulher. Com tantas mudanças num tão curto espaço de tempo, é normal que o corpo da mulher grávida comece a manifestar algumas dores específicas e normais. Apesar de estas serem normais, as dores mais comuns durante a gravidez devem ser sempre relatadas ao médico assistente.
Com o estilo de vida atual, estas queixas tornam-se cada vez mais frequentes. Hoje em dia, as mulheres têm uma rotina cansativa que se mantém mesmo durante a gravidez, o que provoca uma grande sobrecarga músculo-esquelética.
O importante é que as dores mais comuns durante a gravidez possam ser minimizadas ou evitadas com os cuidados adequados. Sempre que sentir dificuldade em descrever a sua dor, saiba existe um Código Visual da Dor que facilita a comunicação com o seu médico. Em dor.com.pt vai encontrar esta e outras ferramentas para conseguir identificar a sua dor e dicas para que viva sem ela.
Quais são as dores mais comuns durante a gravidez?
1. Dor nos seios
Entre as dores mais comuns na gravidez está a dor nos seios. Não é só durante a amamentação que o peito cresce. No primeiro trimestre da gestação, é normal que a mulher sinta dor nas mamas, devido ao aumento dos níveis da prolactina. O que também contribui para a dor mamária é o peso da mulher, uma vez que aumento do tamanho e densidade causam um maior desconforto.
Para ajudar a aliviar a dor nos seios, é recomendada a utilização de um sutiã adequado, com uma boa sustentação e alças laterais mais largas.
2. Dor na pélvis
O peso que a mulher ganha durante a gravidez não é só do bebé. No final da gestação, o aumento de peso sobre a pélvis é de cerca de mais 5 a 7 kg, que corresponde ao peso do bebé em média de 3,5 kg, placenta de 1 kg e líquido amniótico cerca de 1 kg.
A pélvis, mais específicamente a sínfise púbica, fica muito sobrecarregada com este aumento de peso. Esta só poderá relaxar perto da hora do parto, tornando-se mais maleável para permitir a passagem do bebé. Esta dor afeta cerca de 58% das grávidas.
3. Dor lombar
A dor lombar atinge cerca de 80% das mulheres grávidas. Esta dor é provocada pelo aumento de peso que ocorre na gravidez e a alteração postural que esta provoca.
Quanto maior é o aumento de peso da mulher, maior será a dor nas costas. Como tal, uma maneira de a prevenir é controlar o peso, mantendo-se dentro do limite recomendado pelos médicos. Além disso, é importante manter uma postura adequada em qualquer situação.
Para atenuar a dor existem algumas medidas que podem ser tomadas como técnicas de Reeducação Postural Global (RPG), compressas de água morna, massagens localizadas e acupuntura. Se estas medidas não funcionarem, o médico assistente pode recomendar a administração de analgésicos.
4. Dor nas articulações
Devido à retenção de líquidos durante a gravidez, a maior parte das grávidas pode apresentar um inchaço nas articulações, que normalmente provoca dor.
Para aliviar este problema, o ideal é que a mulher realize alguns exercícios físicos leves, caso não haja nenhuma contra-indicação. Para além disso, uma dieta com pouco sal também é recomendada.
5. Dor de cabeça
Com a alteração da postura, a coluna cervical, nomeadamente a região do pescoço, acaba por ser prejudicada. Isto provoca dores não só na nuca, mas também na cabeça. Este é o tipo de cefaleia mais comum nas grávidas. Também as preocupações podem deixar a grávida mais suscetível a cefaleias tensionais.
No primeiro trimestre da gestação, a maior preocupação deve-se à descoberta da gravidez, o segundo existe uma grande ansiedade sobre a saúde do bebé e no terceiro trimestre existe o medo do parto.
Se a dor de cabeça não cessar com técnicas de relaxamento e conversas com o médico assistente, este pode prescrever a administração de analgésicos.
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6. Dor nas pernas
A dor nas pernas é provocada, maioritariamente, pelo aumento de peso. Ao tentar equilibrar o seu corpo, as pernas da grávida sofrem uma alteração da sua postura, podendo ficar mais arqueadas. Isto faz com que a mulher sinta dor nas pernas. Para além disso, pode haver uma diminuição do retorno venoso, causando edema e dores nos membros inferiores.
Nestes casos, é recomendado que a grávida repouse com as pernas ligeiramente elevadas (a 30º) durante cerca de 5 a 10 minutos ao final da manhã e ao final da tarde.
7. Cólicas
As cólicas estão entre as dores mais comuns durante a gravidez que mais preocupam as futuras mães. É uma dor que normalmente as mulheres associam à menstruação. No entanto, é normal que esta apareça durante a gravidez, principalmente no início.
Esta dor costuma assustar bastante as grávidas por pensarem que podem sofrer um aborto. Contudo, ela relaciona-se não só com o aumento do útero, mas também com o aumento da produção de gases intestinais.
As cólicas normalmente aliviam com um banho quente, defecação ou libertação de gases ou administração de um analgésico.
Se após as medidas anteriores, as cólicas não aliviarem, principalmente se estas forem muito intensas e rítmicas, podem significar aborto ou parto prematuro. Por este motivo, é importante informar bem o médico sobre as características da dor.
8. Cãimbras
A mudança postural nas pernas sobrecarrega os músculos, podendo causar cãimbras, principalmente no período da noite. Esta sobrecarga provoca um encurtamento dos músculos posteriores da perna, tornando-os mais propensos a espasmos.
Também o crescimento do útero provoca a compressão da veia cava, comprometendo a circulação sanguínea nos membros inferiores e provocando maior retenção de líquidos.
As cãimbras noturnas podem ainda ser provocadas por desequilibrios de sais minerais. Neste caso, para ajudar a aliviar este problema, é recomendado que a grávida tenha uma alimentação equilibrada rica em frutas e vegetais. Realizar alguns alongamentos antes de ir para a cama também podem ajudar a minimizar as cãimbras.
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