A doença venosa crónica, também conhecida como DVC, afeta cerca de 64% da população adulta mundial, entre homens e mulheres.
No nosso país, 2 milhões de portugueses com mais de 30 anos sofrem com a DVC, quando se trata de pessoas na faixa etária dos 40 anos, são 58% as mulheres afetadas.
A doença venosa crónica é de tal forma incapacitante que, 21% dos doentes portugueses precisam mudar de posto de trabalho devido a esta patologia.
O que é a doença venosa crónica?
A doença venosa crónica é uma patologia crónica e evolutiva que afeta as veias das pernas, as mesmas que são responsáveis pelo transporte do sangue até ao coração. Se não for identificada e atempadamente tratada, a DVC pode originar diversas complicações que resultam num impacto profundo no dia-a-dia dos doentes.
Quais são os sintomas da doença venosa crónica?
Comummente associada por varizes ou derrames, a doença venosa crónica apresenta vários sintomas que são comuns à grande maioria dos doentes. Numa fase inicial, a doença venosa crónica não é visível, por isso, é importante estar atento aos sinais que, se frequentes, deve consultar um especialista.
Tome nota:
- Dores nas pernas;
- Pernas pesadas;
- Pernas Inchadas;
- Pernas Cansadas;
- Pés inchados;
- Tornozelos inchados;
- Comichão;
- Dormência;
- Cãibras noturnas;
Doença venosa crónica: fatores de risco
Como em qualquer outra doença ou patologia, assim que apareçam os primeiros sintomas, é importante consultar um médico para tomar as medidas necessárias para minimizar os danos. Há alguns fatores que aumentam o risco de doença venosa crónica, se está num destes grupos, deve ter mais atenção aos sinais.
Tome nota:
- Estar muito tempo de pé;
- Estar muito tempo sentado;
- Usar roupa apertada;
- Usar saltos altos;
- Tabaco;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Alterações hormonais;
- Uso de contraceção hormonal;
- Gravidez;
- Ambientes muito quentes;
- Género feminino
- Genética;
- Idade;
Consequências da doença venosa crónica
Muitas vezes encarada com ligeireza quer pelos pacientes quer pela população em geral, a DVC é, na verdade, uma doença que deve ser encarada com cautela e tratada assim que sentir os primeiros sintomas. As varizes e derrames, se não foram tratadas, podem resultar em complicações, algumas delas muito graves, como:
- Edema venoso;
- Dores incapacitantes;
- Dermatite de estase (escamação e alteração da cor da pele);
- Lipodermatosclerose (endurecimento da pele);
- Erisipela (infecções da pele
- Tromboflebites;
- Embolia pulmonar;
- Hemorragia por rutura de variz;
- Úlcera venosa activa;
- Úlcera venosa cicatrizada;
Qual é o tratamento da doença venosa crónica?
Antes de avançar, importa frisar que o tratamento varia de pessoa para pessoa e deve ser sempre resultado de uma consulta com um especialista. Para além disto, por se tratar de uma doença evolutiva, é necessário manter uma vigilância regular.
- Medidas preventivas
- Exercício físico;
- Evitar longos períodos de pé ou sentado;
- Preferir lugares frescos;
- Evitar roupa apertada;
- Evitar saltos altos ou rasos (ideal são 3 a 4 cm);
- Evitar o excesso de peso;
- Usar meia elástica
- Medicamentos venocativos orais
- Escleroterapia (secar veias)
- Cirurgia