Share the post "Displasia da anca nos cães: fique atento aos sinais da doença no seu animal"
A displasia da anca nos cães é uma doença que se caracteriza pela deformação da articulação coxofemoral (anca).
A articulação coxofemoral é composta pela cabeça do fémur e a cavidade acetabular. Para que funcione corretamente, é necessário existir um encaixe perfeito das duas superfícies ósseas.
Quando há uma deformação, a cabeça do fémur vai encaixar mal na cavidade acetabular e, consequentemente, vai haver um desgaste da articulação e estruturas adjacentes originando inflamação e artrose (destruição da articulação).
Causas de displasia da anca nos cães
A displasia da anca nos cães é uma doença genética hereditária, ou seja, é transmitida de geração em geração, por essa razão, cães com este problema não devem ser reproduzidos.
No entanto, a displasia da anca nos cães não é uma doença congénita (apresentada à nascença). É uma doença biomecânica de desenvolvimento, ou seja, o animal nasce com articulações normais mas durante os seus primeiros meses de vida as articulações vão sofrendo alterações na sua forma.
Apesar de ser essencial a presença de genes para a displasia da anca nos cães, o desenvolvimento e a expressão da doença é condicionado por vários fatores externos. Isto significa que o cão vai herdar dos seus progenitores uma maior ou menor predisposição para desenvolver a doença, mas a gravidade das lesões, sinais clínicos e idade de aparecimento da doença dependem também da existência de condicionantes externas ao próprio animal.
Dentro dos fatores que aumentam a expressão da displasia da anca em cães encontram-se:
1. Atividade física
Não parece haver evidência que o exercício físico por si só seja um fator desencadeante de displasia da anca nos cães, no entanto, é aconselhável evitar o exercício intenso em pisos escorregadios ou irregulares, pois contribuem para a instabilidade das articulações.
Saltos e jogos de tração devem também ser evitados, uma vez que obrigam o cão a exercer demasiada pressão na bacia e podem prejudicar o desenvolvimento dos músculos e tendões.
2. Alimentação e nutrição
A alimentação é um fator importante no desenvolvimento de displasia da anca nos cães, principalmente entre os 3 e os 8 meses, quando ocorre maior desenvolvimento das estruturas ósseas e musculares.
As rações hipercalóricas são contra-indicadas, devendo sempre dar-se preferência a uma ração balanceada, adequada à idade e necessidades do cachorro. É por isso de extrema importância consultar o seu médico veterinário acerca das necessidades nutricionais do seu cão, principalmente na fase de cachorro.
Um excesso de alimentação, normalmente associado a alimentação “ad libitum” pode também ser um fator condicionante de desenvolvimento de displasia da anca nos cães, pois levam a um crescimento mais acentuado e a casos de obesidade.
Suplementos de cálcio ou rações com demasiado deste ou doutros minerais são também contra-indicadas, portanto nunca deve dar suplementos ao seu cachorro sem primeiro consultar o seu médico veterinário.
Nesse âmbito, o plano de saúde Vetecare pode ajudá-lo a poupar em possíveis despesas de veterinário. Com uma vasta lista de veterinários parceiros por todo o país, este plano vai facilitar o acesso a uma rede de prevenção e cuidados essenciais para o seu melhor amigo.
3. Curva de crescimento acentuada
Tal como nas pessoas, os cachorros podem ter uma fase de crescimento muito acelerada. Quando acontece, vai ocorrer um processo de maturação mais rápido do esqueleto relativamente aos tecidos moles (músculos e ligamentos), o que faz com que exista lassidão (falta de resistência) destes e consequentemente incapacidade para manter o contacto normal entre as superfícies ósseas da articulação havendo um maior risco de desenvolver displasia da anca nos cães.
4. Excesso de peso
A obesidade pode também ser um fator no desenvolvimento de displasia da anca em cães. O peso extra que a articulação tem que suportar pode causar uma sobrecarga, principalmente no período de crescimento do cão. Esta sobrecarga leva à malformação da articulação em desenvolvimento.
Sinais de displasia da anca nos cães
Habitualmente, estes são os sintomas mais comuns em cães com displasia na anca:
- Súbita redução de atividade;
- Claudicação (mancar) dos membros posteriores (patas traseiras) que é mais notória após exercício intenso ou repouso;
- Dor;
- Atrofia (diminuição da massa muscular) na região da anca e dos membros posteriores;
- Dificuldade em levantar-se, subir escadas e correr;
- Marcha anormal (saltitam ou balaçam as ancas).
Caso tenha destacado algum destes sintomas no seu animal, consulte um médico veterinário para que possa ser feito um correto diagnóstico do problema. Com o plano de saúde da Vetecare, por apenas 13€ por mês, pode ter acesso a uma vasta rede de veterinários e serviços com descontos para poder cuidar do patudo.
Diagnóstico de displasia da anca nos cães
Se suspeitar que o seu animal sofre de displasia da anca, deverá consultar o seu médico veterinário.
Será feito um Raio X da articulação coxofemoral para confirmar a doença, uma vez que existem inúmeras patologias que causam sinais semelhantes.
O diagnóstico de displasia da anca nos cães em fase de crescimento não é conclusivo. Portanto, as raças médias e grandes deverão ser despistadas aos 12 meses e as gigantes aos 18 meses.
Tratamento de displasia da anca nos cães
O tratamento irá depender da gravidade da doença e muitos outros fatores que são avaliados e ponderados na escolha terapêutica mais adequada a cada caso, pelo médico veterinário.
O tratamento pode ser conservativo (médico) ou cirúrgico.
1. Tratamento conservativo
Este tipo de tratamento é baseado no alivio da dor provocada pela deformação da articulação e permite melhorar a qualidade de vida do animal.
Consiste num maneio de exercício, cuidado nutricional e redução de peso (se necessário). O seu médico veterinário pode prescrever anti-inflamatórios se necessário e suplementos condroprotetores (protetores articulares).
2. Tratamento cirúrgico
Há varias técnicas para correção de displasia da anca nos cães, consoante a idade, grau de displasia e outros fatores avaliados. A técnica cirúrgica a ser utilizada será sempre escolhida pelo seu médico veterinário de acordo com esses fatores.
Nestes casos, ter um plano de saúde para o seu melhor amigo pode ser essencial para que custos elevados não o apanhem de surpresa. A Vetecare tem uma vasta gama de clínicas aderentes que podem ajudá-lo a poupar na conta final.