Share the post "Dirofilariose Canina: consequências e prevenção na saúde do seu cão"
A dirofilariose canina é uma doença causada por um parasita chamado Dirofilaria immitis. É transmitido através da picada de um mosquito de um género específico (Culicóide), sendo que mosquitos de outros géneros não transmitem a doença.
A dirofilariose canina é também vulgarmente conhecida como “doença do verme do coração”, pois é causada por um parasita que, na sua fase adulta, se aloja no interior do coração.
Esta patologia afeta principalmente a espécie canina, no entanto, pode afetar também os gatos e humanos, apesar de ser raro. A transmissão direta entre animais e animais-humanos não ocorre, sendo que a única forma de transmissão é através da picada de um mosquito que tenha picado previamente um animal infetado.
É uma doença comum em zonas quentes e temperadas, representando atualmente uma das doenças parasitárias dos cães mais importantes da Peninsula Ibérica. Em Portugal, as zonas com maior prevalência de dirofilariose canina são o centro e sul (distritos de Coimbra e Setúbal), no entanto é possível que haja infeções noutras zonas do país.
Se vive em alguma destas zonas, todo o cuidado é pouco. Garanta que o seu melhor amigo é devidamente medicado e que pode ser sempre acompanhado por uma equipa de profissionais. Com o plano de saúde Vetecare, por apenas 13€ por mês, pode ter acesso a uma vasta rede de veterinários e outros serviços com descontos para poder cuidar do patudo.
Sinais clínicos de dirofilariose canina
O grau de infecção, o tempo que passou desde que o animal se infectou e a resposta individual do animal à infecção determinam a gravidade dos sinais clínicos apresentados:
- Perda de condição corporal e emagrecimento;
- Dificuldades respiratórias;
- Tosse ligeira com progressão crónica;
- Anorexia (perda de apetite);
- Apatia;
- Fadiga e cansaço exagerado;
- Intolerância ao exercício físico;
- Aumento da frequência respiratória (taquipneia);
- Morte.
É importante referir que o animal pode ser afetado e permanecer assintomático (sem manifestar sintomas) durante 5 a 7 meses.
Se o seu animal apresentar um ou mais dos sintomas apresentados, é importante consultar o seu médico veterinário, pois há muitas outras doenças capazes de provocar os mesmos sinais e só um profissional habilitado poderá fazer o diagnóstico correto.
Diagnóstico de dirofilariose canina
O diagnóstico de dirofilariose canina consiste essencialmente num exame sanguíneo para detetar se o animal está infetado ou não. No entanto, para determinar a severidade da doença, devem ser feitos também outros exames complementares.
1. Exames sanguíneos
Através do sangue é possível detetar o parasita e saber assim se é positivo a dirofilariose canina.
2. Radiologia (Raio – X)
Em estados avançados de dirofilariose canina devem ser realizados exames radiológicos ao tórax para visualização do coração, uma vez que é neste órgão que o parasita se instala.
3. ECG (eletrocardiografia)
Permite avaliar os danos causados pelo parasita no coração em animais com dirofilariose canina.
4. Ecocardiografia
Permite visualizar diretamente o coração, os vasos e os próprios parasitas no seu interior.
Tratamento da dirofilariose canina
Existe tratamento para a dirofilariose canina, no entanto trata-se de um procedimento de risco.
O objetivo do tratamento é matar as formas adultas e larvares. As formas larvares encontram-se em circulação sanguínea, mas as formas adultas estão presentes no coração, pulmões e grandes vasos principais, portanto ao morrerem podem causar também a morte ao cão.
É essencial que o tratamento seja sempre acompanhado de perto pelo médico veterinário, e é de extrema importância que o animal se mantenha em repouso durante todo o período de tratamento.
Prevenção de dirofilariose canina
Ao contrário do tratamento, a prevenção, desde que seja feita da maneira correcta e acompanhada por um profissional, é um procedimento seguro para o animal.
Para que seja eficaz, o protocolo para a prevenção de dirofilariose canina deve iniciar-se um mês antes do início da época de transmissão (Fevereiro) e terminar um mês após o fim desta época (Dezembro). Devido às alterações climáticas, cada vez mais acentuadas, recomenda-se que a profilaxia seja efetuada ao longo dos 12 meses do ano, para prevenir quaisquer transmissões acidentais.
A prevenção da dirofilariose canina consiste na administração mensal de um fármaco, na forma de comprimido ou de pipeta, que elimina as formas larvares transmitidas pelo mosquito infetado, impedindo que atinjam a sua forma adulta.
É necessário realizar sempre o despiste da doença antes de iniciar o protocolo de prevenção, uma vez que a maioria dos medicamento utilizados para a sua prevenção não podem ser utilizados em animais com dirofilariose canina.
Deve sempre aconselhar-se com o seu médico veterinário antes do inicio deste protocolo de prevenção ou quaisquer outros medicamentos. O plano de saúde Vetecare pode ajudá-lo a poupar em possíveis despesas de veterinário. Com uma vasta lista de veterinários parceiros por todo o país, este plano vai facilitar o acesso a uma rede de prevenção e cuidados essenciais para o seu melhor amigo.
No caso dos cachorros com menos de 4 meses de idade, não é necessário efetuar o despiste de dirofilariose canina antes de iniciar a prevenção, uma vez que o ciclo de vida demora pelo menos 6 meses a completar-se, de modo a que nesta idade é impossível serem positivos.
Existem outras formas de prevenção disponíveis no mercado?
Existem disponíveis no mercado pipetas (spot on) e coleiras que funcionam como repelentes de mosquitos, para além de controlarem a infestação por pulgas e carraças.
No entanto, a aplicação destes produtos não é suficiente para proteger o seu cão da dirofilariose canina, sendo por isso importante ter em atenção, em zonas endémicas, ou caso viaje para zonas endémicas com o seu cão, para fazer a prevenção da dirofilariose canina através dos medicamentos em comprimidos ou pipetas spot on próprias para o efeito.