Share the post "Descolamento da placenta: como saber se está nesta situação"
A placenta é um órgão temporário da mãe, durante a gravidez, para gerar o feto. É o que permite ao bebé em desenvolvimento respirar, obter alimento, e “treinar” os seus sistemas respiratório, intestinal, renal.
Geralmente, na maioria dos casos de descolamento da placenta, ocorre sangramento vaginal. Quantidade invariável e, em alguns casos, o sangramento pode ficar retido no útero, sendo mais difícil de detectar. Contudo, sente-se uma dor nas costas ou útero sensível.
Sempre que existe sangramento deve dirigir-se ao hospital ou obstetra para que se averigúe o estado do bebé (batimentos cardíacos) e uma ecografia para tentar detetar a origem do sangramento. Os médicos poderão também efetuar um toque para averiguar o estado do colo do útero, se está a apresentar dilatação ou a ficar mais fino.
Sintomas e causas e riscos associados ao descolamento da placenta
Quais os sintomas do descolamento da placenta?
Nem sempre um sangramento significa descolamento da placenta, pode ter outras causas – infeção, laceração, pólipo ou outras causas.
Deve recorrer a ajuda médica urgente sempre que:
- Verifica sangramento
- Verifica rompimento da bolsa com líquido ensanguentado
- Sente cólicas, dores no útero, abdómen ou costas que aparecem subitamente
- O bebé não mexe como o costume
- Apresenta sinais de estado de choque (fraqueza, palidez, suores frios, ritmo cardíaco alterado)
O que pode causar um descolamento da placenta?
Todas as mulheres grávidas podem estar sujeitas a um descolamento da placenta, e a sua causa poderá estar associada a alterações na circulação de sangue e inflamações. Mas há grupos de risco:
- Já tiveram um descolamento em gravidezes anteriores
- Apresenta hipertensão
- Apresenta pré-eclâmpsia
- Apresenta disfunção na coagulação do sangue
- Apresenta Miomas
- Rompimento de bolsa prematuro
- Excesso de líquido amniótico
- Escassez de líquido amniótico
- Gravidez múltipla
- Fumadoras ou utilizadoras de drogas
- Com anomalia uterina
- Vítimas de acidentes, traumas no abdómen ou barriga
- Vitimas de pancadas nas costas ou na barriga
- Exercício físico intenso
- Cordão umbilical curto
Quais os riscos de um descolamento da placenta?
A maioria dos descolamentos da placenta leva a um parto prematuro devido ao comprometimento de fornecer oxigénio e nutrientes ao bebé.
Os riscos para o bebé são diversos, desde não conseguir o fornecimento de condições de vida necessário para continuar a desenvolver-se, necessitando de um parto prematuro, ou não conseguir de todo obter o que necessita acabando por falecer no ventre. É uma situação relativamente comum no terceiro trimestre, contudo pode acontecer em qualquer altura após as 20 semanas.
Cuidados médicos sempre que esta situação se verifica, antes das 28 semanas, os médicos tentam, na medida do possível, adiar o parto, para que o bebé consiga desenvolver-se o mais possível. Dependendo da situação, a mãe pode ficar internada ou ir em repouso absoluto para casa. No caso de internamento, os médicos tentarão controlar o sangramento, assim como manter uma vigia apertada ao desenvolvimento do bebé.
Grande parte das vezes são administrados corticoesteroides para ajudar no amadurecimento dos pulmões do bebé. A mãe geralmente é vigiada em termos de oxigénio, pressão arterial, frequência cardíaca e exames ao sangue. Pode também ser administrada medicação para controlar as contrações do útero. Se a mãe puder ir para casa, deve ficar em repouso absoluto, não fazendo esforços absolutamente nenhuns.
Regra geral, é preciso algum apoio familiar para manter as rotinas, principalmente no caso de haver filhos mais velhos. É sempre necessário ponderar os riscos entre manter a gravidez ou efetuar um parto muito prematuro.
Se o sangramento parar e tudo estiver estabilizado, deve ter alguns cuidados como:
- Não estar mais de duas horas em pé
- Deve manter as pernas elevadas
- Não fazer qualquer tipo de esforço (limpezas, cuidar de outros filhos…)
- Deve beber dois litros de água por dia