Ainda que conhecidas pelo conteúdo nutricional rico, tenha em conta alguns cuidados a ter no consumo de sementes de chia.
As suas características nutricionais conferem-lhe a denominação de alimento funcional: contribui para a sua saúde, tendo funcionalidade neste aspecto e sendo usada como prevenção para algumas situações clínicas, tendo em conta os seus componentes naturalmente presentes.
As sementes de chia são originárias do México e da Guatemala e “Chia” significa “força”, uma propriedade atribuída pelos Incas, que usavam este alimento para obter energia nos períodos de guerra.
A característica mais evidente da chia é o seu efeito mucilaginoso que permite a criação de um gel volumoso, pela absorção de água. Esta característica permite atribuir-lhe poder de saciedade e o seu conteúdo em fibra favorece a saúde intestinal.
A chia é ainda rica em ómega-3 e ómega-6, conhecidos pelo seu efeito ao nível cardiovascular e anti-inflamatório e ainda vitaminas e minerais como vitaminas A, C e E e minerais como cálcio, magnésio, manganésio e boro.
Cuidados a ter no consumo de sementes de Chia
Tudo deve ser consumido com equilíbrio, o excesso de consumo deste alimento pode também ter efeitos menos positivos na sua saúde, nomeadamente em situações clínicas mais específicas.
- Evitar o seu consumo em caso de alterações intestinais evidentes – não deverá consumir em casos de distenção e dor abdominal, ou situações extremas de alteração do trânsito intestinal: diarreia ou obstipação.
- Pessoas com diverticulite devem também evitar o seu consumo já que as sementes podem ficar retidas.
- Presença de hipertensão arterial também poderá ser uma contra-indicação, consulte sempre o seu médico e respeite as doses recomendadas.
- Síndrome do cólon irritável ou doenças inflamatórias intestinais – peça sempre conselhos ao seu médico e evite o consumo no caso de sintomas ou desconforto associado à gestão de sementes de chia.
- Em caso de patologia cardiovascular ou toma de fármacos para o efeito, avalie o caso com o médico já que as fibras podem implicar a má absorção dos medicamentos.
- Anemia e alterações no metabolismo do ferro – evite o consumo de chia já que o seu teor em fitatos impede a sua correta absorção.
A dose recomendada, para quem não se enquadrar nas situações anteriores, é de 2-3 colheres de sopa por dia, no máximo.