A congestão nasal dificulta em muito a respiração. Em busca de alívio é comum haver tendência para usar e abusar dos descongestionantes nasais, mas tudo o que é demais é prejudicial.
É importante procurar aconselhamento médico ou farmacêutico para o auxiliar na escolha do melhor descongestionante nasal a utilizar quando as medidas não farmacológicas não são suficientes.
POSSÍVEIS CAUSAS PARA A CONGESTÃO NASAL
São várias as causas possíveis da congestão nasal:
- Infeções respiratórias;
- Rinite;
- Sinusite;
- Pólipos nasais;
- Anomalias do septo nasal;
- Tumores;
- Álcool e tabaco;
- Presença de corpos estranhos no nariz (mais comum entre crianças);
- Uso prolongado de descongestionantes de aplicação nasal;
- Alterações hormonais (gravidez).
Nestas situações a congestão só se resolve quando se trata a doença que a provoca.
USAR OU NÃO UM DESCONGESTIONANTE NASAL?
Quando há secreções, e se estas são espessas, é necessário torna-las mais fluídas e assim facilitar a sua expulsão. Na maioria das vezes é possível contornar este problema sem necessidade de recorrer a soluções medicamentosas.
5 Medidas para descongestionar o nariz:
- Assoar o nariz regularmente;
- Beber mais líquidos, mas evitar bebidas com cafeína, pois secam a mucosa e podem agravar os sintomas;
- Respirar vapor de água, no mínimo durante 10 minutos no banho, duche ou até colocando água quente no lavatório;
- Aplicar soro fisiológico ou sprays de água do mar, que ajudam a limpar o nariz. A utilização de água do mar hipertónica poderá ser benéfica nestes casos, pois permite por efeito osmótico evacuar o muco, descongestionando o nariz;
- No caso dos bebés, utilizar um aspirador nasal para remover o muco.
TIPOS DE DESCONGESTIONANTES NASAIS
Estes medicamentos atuam diminuindo o diâmetro dos vasos sanguíneos – efeito vasoconstritor – alargando a passagem de ar e facilitando a saída das secreções. Existem dois tipos
1. Tópicos
Sob a forma de spray ou gotas, aplicam-se diretamente no nariz, tendo uma ação mais rápida.
2. Sistémicos
De administração oral, necessitam de mais tempo e de doses mais elevadas para serem eficazes. Devem ser usados com muita precaução em doentes com problemas cardíacos, hipertensão, diabetes, glaucoma e hiperplasia benigna da próstata.
Regras de ouro
Para otimizar os seus efeitos e minimizar o risco de complicações, o uso dos descongestionantes tópicos deve respeitar duas regras de segurança essenciais: não ultrapassar a dose recomendada nem o tempo de tratamento – no máximo três dias consecutivos.
É ainda importante aplicá-los corretamente para uma maior eficácia. Comece por assoar o nariz:
- Gotas – recline a cabeça para trás, aplique em cada narina e rode a cabeça lentamente para ambos os lados, de modo a que a solução se espalhe pela mucosa nasal;
Permaneça nesta posição cerca de 2 minutos após a aplicação, para não haver o risco de as gotas serem engolidas. - Spray – mantenha a cabeça direita e inspire ao mesmo tempo que aplica o medicamento; retire o aplicador da narina antes de aliviar a pressão, de modo a evitar a sua contaminação com secreções. Após a aplicação evite assoar-se.
Em suma
O uso excessivo e prolongado dos descongestionantes nasais pode ter tanto de benéfico como de prejudicial, uma vez que se encontra associado a um conjunto de efeitos secundários que não deve ser descurado.
Podem portanto, agravar a congestão nasal, ao invés de a aliviar. Utilizados em demasia, devido ao abuso podem gerar tolerância e deixam de fazer efeito.