Share the post "Complicações no trabalho de parto: conheça procedimentos alternativos"
As complicações no trabalho de parto têm origem em diversos fatores e dá-se frequentemente o caso em que o motivo da complicação não foi previsto.
Nesta situação, é necessário recorrer a procedimentos alternativos, para que o parto tenho sucesso.
O parto é o culminar de nove meses de gravidez. Nove meses de alegrias, medos, ansiedades, dúvidas, que desaparecem da memória da mãe assim que aquele ser pequenino está finalmente nos seus braços.
Ocasionalmente, o parto e o nascimento não decorrem como planeado, pelo que o obstetra pode precisar de assistência.
Complicações que podem surgir
Em caso de complicações no trabalho de parto, o médico assistente pode decidir pelo uso de procedimentos especiais para apoiar ao parto em situações como as abaixo descritas, que são alguns exemplos.
Outros casos mais específicos, como, por exemplo, relacionados com a placenta poderão também acontecer.
- O bebé encontra-se numa posição posterior: o bebé tem as costas viradas para a mãe e a parte mais larga da cabeça a entrar na vagina;
- Está numa situação de parto pélvico: parto realizado por via vaginal, mas o bebé encontra-se em posição sentada;
- A mãe está exausta e não tem força para fazer a expulsão;
- O bebé mostra sinais de falta de oxigénio;
- Prolapso no cordão umbilical: torna-se evidente quando as membranas se rompem e o cordão umbilical sai pela vagina antes do bebé emergir.
Consoante as complicações que surgem no trabalho de parto, o médico vai decidir por um dos procedimentos para o assistir.
Nos casos mais graves, pode ser necessária uma cesariana de emergência.
Procedimentos para assistir a complicações no parto
1. Parto assistido com fórceps
Os fórceps são uma ferramenta que poderá ser usada no caso de complicações no trabalho de parto. Assemelham-se a grandes tenazes separadas e servem para encaixar nos lados da cabeça do bebé de forma a protegê-la conforme ele vai avançando no canal uterino.
O obstetra só recorre ao uso de fórceps depois de terminada a primeira fase do trabalho de parto, quando o colo do útero estiver completamente dilatado e, naturalmente, a cabeça do bebé já estiver no canal uterino.
São também usados nos partos pré-termo para evitar que os ossos cranianos que são tão frágeis sejam comprimidos no canal uterino.
2. Extração por ventosa
A extração por ventosa é uma alternativa mais suave ao uso dos fórceps. A sua utilização aquando de complicações no trabalho de parte consiste em colocar um disco metálico ou um um recipiente em forma de cone feito de material sintético na cabeça do bebé.
Recorrendo a uma bomba, cria-se o vácuo que faz com que o disco ou o cone adira, tornando-se numa espécie de ventosa que permite não só que o médico rode a cabeça do bebé, como aplicar tração.
Apesar de deixar uma marca na cabeça do bebé, é muito vantajoso em relação aos fórceps, pois não afeta a forma da cabeça do bebé, pode ser colocado na parte mas inferior da cabeça e nem sempre é necessário realizar uma episiotomia (incisão na área do períneo para ampliar o canal de parto).
3. Cesariana de emergência
Poderá haver motivos que levem à marcação prévia de uma cesariana. No entanto, há casos em que surgem complicações no trabalho de parto que levam o médico a decidir por uma cesariana de emergência.
As cesarianas de emergência podem realizar-se com recurso a epidural e pode acontecer que neste caso o hospital não permita que o acompanhante esteja presente.