Quem tem intolerância ao glúten provavelmente já fez esta pergunta muitas: como saber se um alimento tem glúten? Por isso mesmo, neste artigo vamos explorar como pode imediatamente identificar se um determinado alimento tem glúten.
Como saber se um alimento tem glúten: as 3 principais formas
Apesar de ainda não ser muito extensa a lista de alimentos livres de glúten presente nos supermercados, é possível identificá-los de diferentes formas.
A leitura dos rótulos é a principal forma de como saber se um alimento tem glúten. No entanto, é importante também conhecer os símbolos associados a esta proteína ou à ausência dela e saber quais são os alimentos com glúten naturalmente presente, além dos três principais cereais.
1. Leitura dos rótulos
A chave está na leitura dos rótulos, nos quais podemos verificar informação detalhada sobre os ingredientes e o seu valor nutricional.
Esta é uma questão fundamental para quem tem que fazer uma dieta isenta de glúten e, assim, evitar sintomas inerentes à doença celíaca.
As fontes mais óbvias de glúten são aquelas cujos alimentos contenham trigo, centeio e cevada. Mas a aveia a o malte poderão ser fontes desta proteína, caso sejam plantadas juntamente com os cereais anteriores e ocorra contaminação. Se encontrar algum destes alimentos no rótulo de um alimento, significa que contém glúten.
Tenha atenção que, por vezes, há a indicação de que o alimento não contém glúten, mas é indicado que “pode ter vestígios de trigo” ou “pode ter vestígios de aveia”. Nestes casos, o alimento pode, sim, conter glúten.
Portanto, a leitura dos rótulos e o conhecimentos dos ingredientes presentes nos alimentos que compra é a única forma de garantir que não consome glúten. O mesmo procedimento é válido para qualquer outra intolerância alimentar.
2. Conhecer os símbolos associados ao glúten
Provavelmente já conhece o logótipo da Associação Portuguesa de Celíacos (APC), que se encontra cada vez mais presente nos produtos alimentares – no qual se pode ver uma espiga com um traço em cima.
É possível encontrar o logótipo da APC em 3 tipos de géneros alimentícios, a saber:
- Os produtos específicos sem glúten, que também possuem a menção “isento de glúten”;
- Nos produtos alimentares processados, que pelo seu processo de produção ou pela adição de determinados ingredientes podem ser considerados perigosos;
- Nos alimentos naturalmente isentos de glúten, mas que pelo seu processo de transformação podem ser contaminados com glúten.
Mas o doente celíaco pode consumir muitos mais produtos do que os que estão identificados com o símbolo da espiga cortada da APC, como os alimentos naturalmente isentos de glúten.
3. Alimentos naturalmente isentos de glúten
Existem alimentos que naturalmente não possuem glúten na sua composição. Por esse motivo, não são perigosos para doentes celíacos, desde que não entrem em contacto, nem sejam manipulados com outros alimentos que o contém.
Nesta lista existem grãos, farinhas e amidos sem glúten, nomeadamente:
- Amaranto;
- Araruta;
- Farinhas de leguminosas (grão-de-bico, feijão, fava, ervilha);
- Trigo-sarraceno;
- Milho (amido de milho, farelo de milho);
- Sementes de linhaça;
- Millet;
- Farinhas de frutos oleaginosos (avelã, amêndoa, noz);
- Fécula de batata, amido de batata;
- Quinoa;
- Arroz;
- Farinha de soja;
- Tapioca;
- Teff.
Mas também alimentos fora do grupo dos grãos, cereais e amidos, nomeadamente:
- Açúcar, mel, melaço, compotas e marmeladas caseiras;
- Carne, pescado, ovos;
- Hortofrutícolas;
- Leguminosas (grão de bico, feijão, favas, lentilhas, soja, etc.), frutos oleaginosos (noz, pinhão, amêndoa, avelã, etc.) e sementes (sésamo, girassol, linhaça, abóbora, etc.);
- Leite simples, iogurtes (naturais e aromas), queijo fresco, requeijão;
- Azeite e óleos vegetais;
- Sal, especiarias (noz moscada, pimenta em grão, cravinho, etc.) e ervas aromáticas (salsa, coentros, orégãos, estragão, etc.);
- Água, chá, infusões, café ou café descafeinado em grão;
- Vinho, vinho do Porto, espumante, champanhe;
- Fermento biológico fresco e seco;
- Néctares e sumos de fruta naturais e gaseificados.
Glúten: o que é?
Recorde-se que o glúten é a principal proteína presente em alguns tipos de cereais, nomeadamente no trigo, no centeio e na cevada. O glúten está presente em praticamente todos os cereais e é utilizado na composição, quer de alimentos quer de bebidas.
Apesar de, por motivos de saúde, apenas as pessoas com intolerância diagnosticada ao glúten (doença celíaca) deverem excluir este elemento definitivamente da alimentação, cada vez são mais as pessoas a optar por não ingerir esta proteína.
Quem necessita ou quer fazer uma dieta livre de glúten, precisa de conhecer os alimentos que contêm glúten naturalmente e também aqueles que podem conter glúten por contaminação.
A aveia, por exemplo, não faz parte dos principais alimentos que contêm glúten e é isenta desta proteína, mas não significa que seja segura para os doentes celíacos. A aveia é frequentemente plantada nos mesmos terrenos e processada nas mesmas máquinas que outros cereais como trigo ou centeio, podendo ocorrer contaminação cruzada.
Em suma…
Seja por motivos de saúde ou não, muitas pessoas estão a optar por fazer uma alimentação isenta de glúten. Mas como saber se um alimento tem glúten se não existir conhecimento das formas de identificação da presença de glúten?
A partir de agora, já sabe que o melhor método para saber se um alimento possui glúten na composição é a leitura atenta do rótulo alimentar, para a identificação de cereais como o trigo, a cevada ou o centeio.
Mas também é possível procurar o logótipo da APC, um símbolo com uma espiga cortada que indica que o alimento não contêm glúten ou saber previamente quais são os alimentos que naturalmente não possuem glúten na composição.