Quem é que não se lembra do seu primeiro amor? Ninguém! Para o bem ou para o mal, o primeiro amor é inesquecível, tal como o primeiro desgosto de amor.
Se tem um filho em casa a viver a sua primeira paixão, aprenda com este artigo algumas dicas sobre como lidar com um adolescente apaixonado.
Amor na adolescência
É na adolescência que a paixão e o amor assumem grandes dimensões e preocupações. Estas primeiras paixões acontecem, normalmente, no grupo de amigos e colegas da escola.
As paixões adolescentes fazem parte do desenvolvimento emocional e são saudáveis. Cumprem uma função muito importante: a preparação do futuro amor.
Não há idade certa para namorar, cada adolescente sente essa necessidade de acordo com a sua maturidade. Não podemos falar do amor na adolescência sem lembrar também que, muitas vezes, a primeira relação amorosa termina mal.
Para um adolescente, o desgosto do primeiro amor parece o fim de tudo. Não tem nenhuma experiência amorosa anterior, logo, nada lhe garante que vai ser capaz de sobreviver a tamanho sofrimento.
Assim, da mesma maneira que o primeiro amor provoca no adolescente sentimentos de grande euforia, o primeiro desgosto é também vivido de forma muito intensa.
Outra situação desconfortável com que os adolescentes têm que lidar diz respeito à atitude dos adultos. Muitas vezes, os adultos têm a tentação de brincar e desvalorizar os sentimentos e a relação amorosa do adolescente, ou então, questionam frequentemente se o adolescente já namora.
Estas situações provocam receios, sentimentos de desvalorização e interferem na autoestima do adolescente.
Nesta fase do crescimento, a necessidade de amar e ser amado é grande e essencial. Quando, por alguma razão, o adolescente não atinge esse objetivo desenvolve estratégias para lidar com esta situação, que podem ser mais ou menos saudáveis.
Alguns adolescentes ficam deprimidos e infelizes, outros procuram situações de risco ou realidades virtuais onde se sintam mais seguros, e outros aproximam-se de outros jovens reconhecidos como mais competentes na capacidade de estabelecer relações.
É nesta fase que surgem grandes ansiedades por parte dos pais. Os pais têm receio que o filho sofra, que se envolva em relações marcadas pelo abuso ou que tenha dificuldade em estabelecer relações.
São muitas as dúvidas e preocupações sobre como lidar com um adolescente apaixonado, e que levam muitas vezes a que os pais adotem atitudes menos sensatas e ponderadas.
Como lidar com um adolescente apaixonado: algumas sugestões
- Não espere pela adolescência para conversar com o seu filho: é importante que o seu filho sinta que pode contar sempre consigo.
- Leve a situação a sério ouça e acarinhe o seu filho.
- Evite criticar o que, para si, podem parecer reações exageradas.
- Não desvalorize aquilo que o seu filho diz estar a sentir: para ele, o que sente é bem real e de grande importância; afirmações do tipo “ainda és muito novo” ou “isso acaba rápido” fazem com que o seu filho se sinta ridículo, desvalorizado e deixe de exprimir os seus pensamentos e sentimentos.
- Não proíba: o início da vida afetiva é natural e saudável; proibir pode suscitar reações opostas às desejáveis; contudo, há situações em que os riscos são muitos e nestes casos deve dialogar com o seu filho, dado que o adolescente só vai compreender se for compreendido.
- Encoraje o adolescente a participar em programas com os amigos.
- Incentive o adolescente a encontrar um equilíbrio entre a relação com o namorado e a sua vida com os amigos e família.
- Procure conhecer a pessoa com que o seu filho tem uma relação amorosa e mostre interesse pela relação (“O que mais gostas nessa pessoa? O que é que te faz sentir?”).
- Conte as suas experiências passadas, de quando tinha a idade do seu filho: sobretudo perante um desgosto de amor é importante que o adolescente perceba que não é o primeiro a viver tal situação e que os pais já passaram pelo mesmo.
- Ensine que a sexualidade é muito mais do que apenas fisiológica e que deve ser baseada na vivência emocional.
- Seja um modelo para o seu filho adolescente.
- Esteja atento aos perigos: indícios de agressividade; afastamento dos amigos; perigos online.