Share the post "14 Coisas que os pais divorciados não devem fazer para “compensar” a criança"
Ser bom pai/boa mãe é talvez a tarefa mais gratificante e difícil que podemos ter ao longo da nossa vida. Ser bom pai/boa mãe no contexto de um divórcio é ainda mais exigente.
Ao longo deste artigo vamos tentar clarificar as coisas que os pais divorciados não devem fazer para que os seus filhos não desenvolvam problemas psicológicos, comportamentais, sociais e escolares.
Como sofrem os filhos com o divórcio?
O divórcio é difícil e doloroso para os adultos. É até natural, que apesar de todos os esforços, persista sempre algum litígio e alguns ressentimentos entre o casal. Manter a imparcialidade diante dos filhos, num contexto de um divórcio, é difícil.
Chegada a hora de partilhar a guarda e as imensas responsabilidades que um filho requer, é comum que os pais tenham muitas dificuldades em chegar a acordo. Provavelmente existe no ar um clima de desconfiança, insegurança e muitos receios.
Para as crianças o divórcio tende a ser ainda mais difícil. As crianças têm, geralmente, dificuldades em compreender e expressar os sentimentos a respeito da separação dos pais. As perdas e as mudanças familiares trazem às crianças sentimentos de confusão, tristeza e conflito.
Perante todas as dificuldades que esta alteração familiar apresenta e as consequências que pode ter nas crianças, é habitual que os pais desenvolvam sentimentos de culpa, com os quais não sabem lidar e, tentam recompensar as crianças de forma inadequada.
É nestas alturas que os pais devem dar o melhor de si, adotar uma postura sensata e equilibrada, de forma a evitar fazer uma série de coisas que os pais divorciados não devem fazer.
14 coisas que os pais divorciados não devem fazer:
Por mais que pensem e idealizem, os pais nunca estão devidamente preparados para enfrentar uma situação de divórcio. Vão sempre existir arrependimentos e momentos menos felizes.
Para diminuir os erros cometidos e minimizar o impacto nas crianças, deixamos aqui algumas dicas daquilo que os pais não devem fazer:
- Não esconda a decisão do divórcio do seu filho;
- Não altere completamente as rotinas do seu filho;
- Não permita que o seu filho seja mensageiro ou árbitro da relação entre os pais;
- Não utilize o seu filho como substituto do outro progenitor (“ainda bem que pelo menos te tenho a ti para me fazeres companhia”);
- Não transforme o seu filho no seu melhor amigo;
- Não dispute o amor do seu filho com o outro progenitor;
- Não discuta com o outro progenitor em frente ao seu filho;
- Não prolongue o processo de divórcio nem seja desonesto com o seu filho;
- Não permita que o seu filho se sinta culpado pela separação;
- Não denigra a imagem do outro progenitor junto do seu filho;
- Não permita que a relação com o seu filho se torne numa relação viciada (exemplo: a criança pede um presente à mãe, e esta nega-o; o pai, para conquistar o afeto do filho ou por se sentir culpabilizado pelo divórcio, acaba por ceder ao pedido);
- Não permita que as práticas parentais deixem de estar alinhadas, tal como acontecia quando vivam todos da mesma casa: mesmo separados continuam a ser pai e mãe e devem unir-se para educar;
- Não ceda a birras, nem seja demasiado benevolente: não deixe que a separação seja uma forma da criança manipular os pais;
- Não deixe de impor regras: muitas vezes os pais aceitam todas as exigências da criança, sem impor limites, como forma de minimizar o impacto da separação; esta estratégia traz consequências negativas ao nível do comportamento da criança a longo prazo.
Em suma…
Enquanto pai/mãe deve refletir que não é o divórcio por si só que traz necessariamente consequências negativas para o casal e para as crianças.
É a forma como o processo de divórcio é conduzido que dita se haverão, ou não, consequências futuras. É essencial que todos os elementos da família se respeitem e respeitem o tempo de que cada um necessita para se ajustar à nova realidade.