Os objetivos são quebrar a monotonia alimentar, aliviar o stress psicológico induzido pela dieta e estimular o metabolismo.
Apesar de à primeira vista poder parecer contraditório para quem está a fazer dieta, a cheat meal tem um papel muito importante para reativar um metabolismo que fica deprimido durante uma dieta restritiva.
Vejamos porquê.
Importância da refeição cheat meal na dieta
A leptina é uma hormona que promove a redução do apetite e a queima de gordura, sendo produzida, predominantemente, pelo tecido adiposo. Quando induzimos uma restrição energética, a produção de leptina diminui, dificultando a continuidade da perda de peso.
No entanto, se ingerirmos, de forma aguda, uma refeição com mais calorias, promovemos um aumento agudo da produção de leptina, que sinaliza, depois, o cérebro para gastar essa energia excessiva, levando ao aumento do metabolismo.
Este aumento do metabolismo parece durar alguns dias pós-cheat-meal, compensando a alteração hormonal que será novamente produzida pela restrição calórica.
O grande objetivo da cheat meal é, então, estimular a produção de leptina, de modo a acelerar o metabolismo, diminuir o apetite e aumentar a queima de gordura.
Dicas importantes para uma cheat meal eficaz
1. Como fazer?
Em primeiro lugar importa referir que Cheat-meal não é cheat-day! Dias inteiros de aneiras podem comprometer o sucesso nos resultados e uma semana inteira de esforço.
Por outro lado, a cheat meal deverá ser feita apenas uma vez por semana, sendo também contraproducente fazer mini-cheat meals repetidamente durante a semana.
Como tal, e enquanto seres sociais, devemos planear a cheat meal com antecedência, guardando-a para algum convívio de fim de semana, uma festa, ou outra ocasião mais especial com a família ou os amigos.
2. O que comer?
A cheat meal é uma oportunidade para ingerir maior volume de alimentos, mas não deve comer até ficar empanturrado. Como tal, evite fazê-la numa altura em que esteja com muita fome.
É também importante escolher uma altura em que possa comer calmamente e saborear bem a refeição. Assim, haverá menos probabilidade de comer em demasia.
Relativamente à composição da refeição, a cheat meal ótima poderá ser definida como uma refeição equilibrada e completa, mas em maiores quantidades! Esta deverá ser rica em hidratos de carbono e não em gordura, visto que são os hidratos de carbono que têm o poder de estimular a produção de leptina. Além disso, deverá incluir uma boa quantidade de proteína.
Como tal, alimentos processados e com muita gordura, como o fast food, estão fora da lista.
3. Quando fazer?
Uma das melhores alturas para fazer esta refeição é logo a seguir ao treino, que é quando as reservas de glicogénio estão mais baixas, e o organismo não irá armazenar os hidratos de carbono como gordura até que as suas reservas de glicogénio estejam cheias.
Outra altura indicada para fazer esta refeição é ao jantar (ultima refeição do dia), uma vez que de seguida o corpo irá descansar, conseguindo assim repor todos os níveis energéticos e hormonais melhor do que quando o corpo e o cérebro estão com grande atividade. Além disso, como vai para a cama a seguir, será mais fácil assegurar que a cheat meal fica por ali.
Por outro lado, os hidratos de carbono irão estimular neurotransmissores de relaxamento, nomeadamente serotonina e melatonina, que o farão dormir muito melhor.
No dia seguinte à Cheat Meal, deverá aproveitar para treinar, pois as resevas de glicogénio muscular estarão cheias, possibilitando um maior rendimento físico.
4. O que ingerir na refeição seguinte?
Aumentando numa refeição e diminuindo noutra, vai manter o número de calorias igual, não estimulando o metabolismo como se pretendia. Como tal, a refeição seguinte deverá ser uma refeição típica incluída no seu plano alimentar.
Resumindo, a cheat-meal não é uma forma de fazer batota na dieta, é sim uma forma eficaz e saborosa de se conseguir resultados mais duradouros e eficazes durante um processo de emagrecimento!