É provavelmente o primeiro país em que pensa quando fala nesta festa: o Carnaval no Brasil defende a diversidade cultural, visto que, em cada região do país, há formas diferentes de festejar.
Na Bahia, a atração principal são os trios elétricos, que circulam pelos centros históricos em veículos muita música e em alto volume. A ideia é que as pessoas acompanhem este ritmo, sempre carregadas de boas energias.
Em Olinda, no estado de Pernambuco, o ritmo principal é marcado pela agitação e pelo calor da dança e da música. Os passistas têm em mãos as sombrinhas coloridas e muita habilidade para seguir o ritmo agitado. Para começar a festa há o desfile típico de bonecos gigantes conhecidos como “mamulengos”, que representam personagens tradicionais da região ou figuras políticas que estão em foco.
No Rio de Janeiro e em São Paulo, o centro das atenções são as escolas de samba, que começaram a desfilar no início do séc. XX, de forma muito simples, consistindo na utilização de uma máscara enquanto se dançava pela rua. Aos poucos, esta animação foi ganhando dimensão, tendo surgido aos poucos as escolas que possuem grandes armazéns onde preparam o desfile ao pormenor, para conquistar o título de melhor escola.
Rei Momo e Rainha do Carnaval
Como já ouvir falar, o Carnaval no Brasil tem sempre um rei e uma rainha, geralmente atores, apresentadores de televisão ou artistas bastante conhecidos da sociedade que dão a cara pelas escolas e embarcam no espírito festivo ao máximo.
A figura do Rei Momo tem origem na mitologia grega, na medida em que Momos era o deus do sarcasmo e do delírio, que passado o tempo a ridicularizar as pessoas, mas sempre conotado com alguém simpático e alegre, que goste muito de folia.
E se há um rei, também tem que haver uma rainha, que, por sua vez, tem como características a beleza física, a simpatia e, claro, dominar os passos de samba como ninguém.
Rio de Janeiro: a maior festa de Carnaval
O Carnaval carioca domina por completo a cidade, mas também o país e o mundo, sendo alvo de interesse. Há quem diga que só se viveu verdadeiramente quando se experienciou o Carnaval do Rio de Janeiro. Veja o programa completo.
Sexta-feira, 9 de fevereiro
- 13h – Cerimónia de Abertura – O Rei do Carnaval é coroado pelo prefeito da cidade e recebe as chaves da cidade
- 21h – Desfiles dos Grupos de Acesso
Sábado, 10 de fevereiro
- 09h30 – Banda de rua Cordão do Bola Preta
- 16h – Banda de Ipanema, concentração na Praça General Osório, Ipanema
- 20h – Concorrência Bandas de Rua na Av. Rio Branco
- 21h – Desfile das Escolas de Samba do Grupo da Série A
- 23h – Baile Mágico no Hotel Copacabana Palace
Domingo, 11 de fevereiro
21h15 – Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial
Segunda-feira, 12 de fevereiro
22h – Desfile das Escolas de Samba do Grupo Especial
Terça-feira, 13 de fevereiro
- 16h – Banda de Ipanema
- 21h – Desfile das Escolas de Samba Mirins
- 23h – Baile Gay no Scala Rio
Diferentes formas de celebrar o Carnaval no Brasil
O Carnaval do Brasil não é só samba do pé. Há diferentes formas de o celebrar, dependendo da zona do país onde se encontra.
- Carnaval de rua – Esta é, sem dúvida, a maneira mais tradicional de aproveitar a folia do Carnaval do Brasil, que acontece nas principais cidades. Nesta época do ano, os blocos e as bandas de carnaval apresentam-se à cidade e à população com os hinos e marchas características criadas apenas o desfile.
- Axé – Refere-se aos trios elétricos, que percorrem os centros históricos das cidades em grandes camiões com música que soa bem alto.
- Frevo – Trata-se do acelerado ritmo musical que mobiliza multidões, com destaque para os passistas de movimentos acrobáticos e roupas coloridas.
História do Carnaval no Brasil
O Carnaval chegou ao Brasil no séc. XVII, por influência europeia. A partir daí foi sendo incorporada na tradição brasileira um pouco de cada país, tendo, então, surgido os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos corsos, cuja popularidade explodiu no início do séc. XX.
As pessoas decoravam os carros, fantasiavam-se e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades, dando origem, assim, aos carros alegóricos, cujas temáticas eram variadas e inspiradas em acontecimentos e personalidades da sociedade.
A primeira escola de samba brasileira foi criada a 12 de agosto de 1928, no Rio de Janeiro, e chamava-se “Deixa Falar”. Este foi o ponto de partida para o aparecimento de muitas novas escolas de samba, que se começaram a organizar em Ligas de Escolas de Samba, dando início aos primeiros campeonatos para escolher qual escola era a mais bonita e a mais animada.