A candidíase da boca, também designada como candidíase oral ou, “sapinhos” como é vulgarmente conhecida, é uma infeção da orofaringe provocada pelo fungo Candida albicans.
É muito comum em bebés e crianças, mas rara em adultos e aparece principalmente na língua, boca e garganta.
7 Fatores de rico que podem potenciar o desenvolvimento de candidíase da boca
Os principais fatores para o aparecimento de candidíase na boca são:
- Bebés e crianças com o sistema imunitário ainda debilitado;
- Pessoas a efetuar tratamento com antibióticos e corticóides que afetam a microflora oral;
- Doentes infetados com HIV/SIDA;
- Fumadores;
- Pessoas que não controlem devidamente a diabetes estão mais predispostas ao desenvolvimento de infeções;
- Fragilidade imunitária em doentes com cancro, causada pela quimioterapia;
- pessoas que sofram de xerostomia (boca seca).
Quais os sintomas de Candidíase da boca?
Os sintomas são bastante claros e de fácil identificação. Dependendo da causa que está subjacente ao aparecimento da doença, esta pode desenvolver-se rapidamente ou de forma mais prolongada no tempo, podendo persistir durante dias, semanas ou até meses.
Assim, o diagnóstico da candidíase da boca é simples. A lesão típica e a possível presença de fator imunossupressor, facilitam muito o diagnóstico.
Os sinais e sintomas podem incluir:
- Existência de placas esbranquiçadas na boca (parede interna das bochechas, gengivas e amígdalas), garganta e/ou língua;
- Vermelhidão e inchaço na boca;
- Diminuição do paladar;
- Em casos mais graves, pode evoluir para a laringe e esófago, causando rouquidão e desconforto ao engolir.
Saiba mais sobre os sintomas da candidíase
Como tratar a Candidíase da boca?
O tratamento da candidíase da boca pode passar apenas pela aplicação de medicamentos tópicos com atividade antifúngica, aplicados localmente na cavidade bocal (solução, suspensão, loção ou gel).
Em idosos ou pessoas com o sistema imunitário severamente deprimido, poderá ser necessário recorrer a medicamentos administrados por via oral.
Os agentes locais podem incluir substâncias ativas como: clotrimazol, nistatina ou miconazol. O tratamento por via oral pode ser feito através da administração de comprimidos ou cápsulas com fluconazol ou itraconazol.
Para a aplicação dos medicamentos tópicos existe um conjunto de medidas importantes a seguir:
- Antes da aplicação deverá ser feita uma higienização da boca com recurso a escova de dentes com cerdas macias e a soluções para gargarejar;
- A higienização deve também incluir a prótese dentária (dentadura) com todos os cuidados de limpeza necessários;
- A medicação deve ser mantida por vários minutos (o maior tempo possível) na boca antes de ser engolida;
- Em crianças deve dividir-se cada aplicação em porções mais pequenas de modo a garantir que abrange a totalidade das lesões;
- Nunca se deve colocar uma grande porção (especialmente do gel) próximo da garganta, devido ao risco de engasgamento da criança.
Como prevenir e reduzir o risco de transmissão?
Há um conjunto de medidas essenciais que, em conjunto com a terapêutica medicamentosa, ajudam a aliviar a duração da infeção e reduzir o risco de transmissão da candidíase da boca.
Assim, a duração do tratamento deve ser cumprida, devem ser evitados alimentos açucarados e bebidas alcoólicas, mas reforçada a ingestão de iogurtes sem açúcar e ricos em probióticos (ou suplementos que os contenham), pois ajuda a reequilibrar a flora da boca e da garganta.
É ainda de extrema importância ter alguns cuidados, tais como: limpar e esterilizar todos os objetos que após o uso possam estar também colonizados com o fungo, como chupetas, biberões e talheres e manter a boa higienização das mãos.
Caso o bebé infetado esteja em fase de amamentação, a mãe deverá também ser tratada, uma vez que os seios poderão também estar contaminados.
Poderá assim, recorrer também um creme antifúngico prescrito pelo médico, sendo importante este ser retirado antes da mamada. Se for utilizada uma bomba extratora de leite, esta deve também ser esterilizada.
Além disso, as próteses dentárias devem ser retiradas à noite e escovadas com o agente antifúngico tópico para evitar que fiquem também contaminadas.