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É comum ouvir-se falar sobre a banda gástrica como sendo um dos tratamentos para a obesidade mais eficaz.
Mas a verdade é que existem alguns cuidados a ter para quem opta por este tipo de procedimento. E tal como qualquer outra cirurgia, também esta tem alguns riscos associados.
Segundo o relatório anual do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS), a obesidade afeta já cerca de 1,5 milhões de pessoas no nosso país.
Além disto, importa ainda salientar que um dos fatores que mais contribui para a perda de anos de vida saudável pelos portugueses é precisamente o facto de não terem hábitos alimentares adequados.
A banda gástrica no tratamento da obesidade
Nos dias que correm, a obesidade é uma realidade para muitas pessoas. No entanto, para um diagnóstico assertivo da doença é necessário que seja feita uma abordagem multidisciplinar para cada caso específico.
Torna-se cada vez mais essencial agir atempadamente e de forma eficaz para que seja possível adequar o melhor tratamento possível para cada paciente. Contudo, a prevenção da obesidade tem um papel fundamental no controlo desta doença.
Assim, adotar um estilo de vida saudável, com a prática de exercício físico e hábitos alimentares adequados podem fazer toda a diferença na vida de algumas pessoas.
Apesar disso e mesmo mantendo esses hábitos, há quem não consiga tratar esta doença sem que tenha que passar por uma intervenção cirúrgica (sendo a mais comum a introdução de uma banda gástrica).
O que é uma banda gástrica e para que serve?
De um modo geral, a banda gástrica é um dos tipos de cirurgia mais comuns no tratamento da obesidade.
Também conhecida como cirurgia bariátrica ou cirurgia da obesidade, neste procedimento o estômago é dividido em 2 partes:
- Uma bolsa superior com uma capacidade reduzida;
- E uma bolsa inferior com uma dimensão maior.
E é precisamente aqui que entra a famosa banda gástrica que se ouve falar. Afinal, esta divisão é feita através de um anel ajustável ou de uma banda, inserida abaixo da união entre o esófago com o estômago.
No fundo, o objetivo é fazer com que o estômago diminua de tamanho, contribuindo ainda para que a pessoa coma menos e perca peso em excesso.
Para além disto, importa ainda referir que se trata de uma cirurgia rápida, onde o tempo de internamento é normalmente curto.
É indicada para pessoas com índice de massa corporal (IMC) superior a 40 ou a 35, mas que tenham uma doença associada (como diabetes tipo 2 ou hipertensão, por exemplo).
Existem riscos associados?
Tal como qualquer outra cirurgia, também a introdução de uma banda gástrica para o tratamento da obesidade tem algumas complicações e riscos possíveis:
- Deslizamento gástrico;
- Embolia pulmonar;
- Infeção da prótese;
- Dilatação da bolsa gástrica;
- Riscos relacionados com a anestesia geral;
- Outras complicações associadas a pessoas com outros problemas de saúde.
No entanto, apesar dos riscos e complicações associados a este método cirúrgico, os resultados são quase sempre eficazes e sem problemas.
Estima-se que cerca de 80% dos doentes com uma banda gástrica conseguem perder algum peso e cerca de 30% atingir o seu peso normal.
Além disto, se se questiona se os riscos da banda gástrica são maiores quando comparados com os riscos da obesidade, a verdade é que a equipa de médicos deve sempre fazer um balanço rigoroso.
O que significa que, quando a pessoa já apresenta fatores de risco de doenças graves, muito provavelmente não irá ser aconselhado a realizar este método cirúrgico.
Mas também há vantagens neste tipo de procedimento
Relativamente a outros tipos de cirurgia gástrica, a banda gástrica tem vários benefícios:
- Trata-se de uma cirurgia que pode ser feita por via laparoscópica (menos invasiva, através de pequenas incisões);
- É normalmente o tipo de cirurgia bariátrica em que se perde mais peso, ajudando a perder até 40% do peso inicial;
- Existe a possibilidade de controlar a quantidade de alimentos ingeridos (sendo que a banda pode ser insuflada ou não a qualquer momento);
- Não provoca défice de vitaminas, ao contrário do que pode acontecer com outras cirurgias como o bypass gástrico, por exemplo;
- A recuperação é normalmente rápida e menos dolorosa relativamente a outro tipo de cirurgias.
Existem ainda outras vantagens da banda gástrica em relação a outro tipo de cirurgias do mesmo género.
Contudo, o mais importante após a intervenção cirúrgica é que a pessoa tenha alguns cuidados como: adotar um estilo de vida saudável através da prática de exercício físico de forma regular e fazer uma alimentação equilibrada.