O balão gástrico é um método menos invasivo que a cirurgia bariátrica utilizado no tratamento da obesidade. Esta doença é considerada pela Organização Mundial de Saúde como doença crónica, e é vista como a epidemia do séc. XXI.
Em Portugal, a percentagem de obesos atinge atualmente cerca de 15% da população.
A natureza complexa da obesidade e das doenças a ela associadas, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, apneia do sono, doenças osteoarticulares, doenças digestivas e doenças psiquiátricas, exige uma abordagem multidisciplinar a diferentes níveis, tais como o dietético, o psicológico, o endocrinológico, o gastrenterológico e o cirúrgico.
O uso de próteses intragástricas com o objetivo de induzir perda ponderal foi descrito inicialmente em 1982. Desde então, foram utilizados vários tipos de balão em todo o mundo, tendo muitos deles sido retirados do mercado. Em 1991 foi introduzido o Bioenterics Intragastric Balloon (BIB), cuja utilização tem sido amplamente divulgada em todo o mundo.
Em Portugal, a percentagem de obesos atinge atualmente cerca de 15% da população.
A natureza complexa da obesidade e das doenças a ela associadas, como hipertensão arterial, diabetes, dislipidemias, apneia do sono, doenças osteoarticulares, doenças digestivas e doenças psiquiátricas, exige uma abordagem multidisciplinar a diferentes níveis, tais como o dietético, o psicológico, o endocrinológico, o gastrenterológico e o cirúrgico.
O uso de próteses intragástricas com o objetivo de induzir perda ponderal foi descrito inicialmente em 1982. Desde então, foram utilizados vários tipos de balão em todo o mundo, tendo muitos deles sido retirados do mercado. Em 1991 foi introduzido o Bioenterics Intragastric Balloon (BIB), cuja utilização tem sido amplamente divulgada em todo o mundo.
Balão Gástrico: o que é?
O balão gástrico (ou, mais corretamente, balão intragástrico, é um balão esférico de silicone resistente à degradação pelo ácido gástrico, com uma capacidade que varia entre os 400 e os 800ml, cuja finalidade é ocupar parcialmente o estômago, conferindo uma sensação de saciedade precoce.
O balão gástrico é introduzido sob a forma não insuflada, com o recurso à endoscopia e posicionado no estômago sob controlo endoscópio – trata-se, por isso, de uma terapia endoscópica e não de uma cirurgia – e é utilizado de uma forma temporária (6 meses).
Como funciona?
O balão intragástrico tem como função provocar uma sensação de plenitude gástrica, diminuindo o consumo de alimentos, facilitando assim a mudança do estilo de vida e alteração de comportamentos alimentares antigos e errados, substituindo-os por planos alimentares mais equilibrados e adequados.
Dado que as pessoas respondem de maneira diferente, o volume com que se preenche o balão pode ser ajustado para permitir uma melhor perda de peso.
Dado que as pessoas respondem de maneira diferente, o volume com que se preenche o balão pode ser ajustado para permitir uma melhor perda de peso.
Balão Gástrico: possíveis desvantagens
Algumas das desvantagens que este método acarreta são os vómitos, que pode obrigar à sua remoção. Outra das complicações, ainda que mais rara, é a possibilidade de o balão perfurar e esvaziar podendo provocar oclusão intestinal.
Por este motivo, o balão intragástrico é preenchido com soro fisiológico tingido com azul-de-metileno.
Se o balão perfurar, o paciente nota uma alteração da cor da urina que fica esverdeada, devendo assim recorrer imediatamente médico responsável.
Por este motivo, o balão intragástrico é preenchido com soro fisiológico tingido com azul-de-metileno.
Se o balão perfurar, o paciente nota uma alteração da cor da urina que fica esverdeada, devendo assim recorrer imediatamente médico responsável.
Balão Gástrico: quem pode beneficiar deste tratamento?
Os indivíduos com maior probabilidade de beneficiarem do BIG são os seguintes:
- Doentes adultos com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30 Kg/m2, refratários a dieta hipocalórica e/ou terapêutica farmacológica, instituídas por equipa médica;
- Doentes com IMC entre 27 e 29,9 kg/m2, se portadores de comorbilidade grave, com elevada probabilidade de melhoria com a redução ponderal;
- Doentes obesos com indicação para cirurgia bariátrica ou outra, mas que necessitam de diminuir o peso antes da cirurgia, de forma a diminuir o risco cirúrgico (“ponte para a cirurgia”);
- Doentes obesos que recusam ou têm contraindicações para a cirurgia bariátrica.
Balão Gástrico: contraindicações
Existem algumas condições clínicas que contraindicam a colocação de balão gástrico, nomeadamente:
- existência de cirurgia gástrica prévia;
- hérnia do hiato com mais de 5cm;
- alterações da coagulação (incluindo o uso de anticoagulantes);
- gravidez/amamentação;
- alcoolismo e toxicodependência;
- distúrbios psiquiátricos;
- falta de motivação ou adesão a tratamentos prévios;
- cirrose hepática;
- contraindicação à realização de endoscopia;
- doenças do tubo digestivo em atividade, como esofagite, úlcera gástrica ou duodenal, doença de Crohn.
Balão Gástrico: eficácia
Relativamente à eficácia deste método, uma meta-análise incluindo 15 estudos e englobando 3698 doentes, estimou uma perda de peso de 14,7 kg, uma perda média de excesso de peso de 32% e uma redução de 5,7 kg/m2 no IMC após 6 meses.
Para além da diminuição de peso vários trabalhos demonstram redução dos níveis de glicemia, de triglicerídeos, transamínases e esteatose hepática.
A maior limitação do uso do balão gástrico é a recuperação ponderal após a remoção do balão.
Para além da diminuição de peso vários trabalhos demonstram redução dos níveis de glicemia, de triglicerídeos, transamínases e esteatose hepática.
A maior limitação do uso do balão gástrico é a recuperação ponderal após a remoção do balão.