Share the post "Escalas de avaliação da dor: uma forma eficaz de avaliar a dor"
A avaliação da dor é uma atividade que faz parte das funções e obrigações dos profissionais de saúde por ser indispensável à excelência dos cuidados de saúde.
Uma dor não identificada não poderá ser tratada e a sua não quantificação impede uma avaliação das necessidades de intervenção ou da eficácia dos tratamentos.
Atualmente, não bastam apenas razões éticas para uma avaliação, prevenção e tratamento da dor, pois além de cada indivíduo ter o direito de não sofrer, razões fisiopatológicas resultantes de complicações associadas à dor não tratada e até económicas (abstinência ao trabalho, à escola, o aumento dos tempos de internamento, da morbilidade e mortalidade) fazem com que sejam uma prioridade.
O exame clínico e a avaliação da dor num doente com dor crónica requerem uma análise detalhada – esta análise não se deve restringir à história da dor e à história do doente, devendo também explorar o percurso de tratamento da dor e incluir uma avaliação detalhada dos fatores psicossociais.
Para facilitar a comunicação com o médico quando a dor é difícil de descrever, o Código Visual da Dor da nova plataforma dedicada à dor – dor.com.pt – é a ferramenta ideal. Neste site que sabe o que sente consta informação sobre dor com dicas de exercícios, alimentação e hábitos posturais.
CLASSIFICAÇÃO DA DOR: 4 ESCALAS EXISTENTES
Fique a conhecer visualmente todas as escalas que se seguem na plataforma dor.com.pt.
1. ESCALA VISUAL ANALÓGICA
A Escala Visual Analógica consiste numa linha horizontal ou vertical, com 10 centímetros de comprimento, que tem assinalada numa extremidade a classificação “Sem Dor” e na outra a classificação “Dor Máxima”.
O doente terá de fazer uma cruz ou um traço perpendicular à linha no ponto que representa a intensidade da sua dor. Posteriormente, mede-se em centímetros a distância entre o início da linha (que corresponde a zero) e o local assinalado, obtendo-se uma classificação numérica.
2. ESCALA QUALITATIVA
Na Escala Qualitativa solicita-se ao doente que faça a avaliação da dor por intensidade de acordo com os seguintes adjetivos: “Sem Dor”; “Dor Ligeira”; “Dor Moderada”; “Dor Intensa”; “Dor Máxima”.
3. ESCALA NUMÉRICA
A Escala Numérica consiste numa régua dividida em onze partes iguais, numeradas sucessivamente de 0 a 10. Pretende-se que o doente faça a equivalência entre a intensidade da sua dor e uma classificação numérica, sendo que 0 corresponde à classificação “Sem Dor” e 10 à classificação “Dor Máxima” (dor de intensidade máxima imaginável).
4. ESCALA DE FACES
Na Escala de Faces é solicitado ao doente que classifique a intensidade da sua dor de acordo com mímica representada em cada face desenhada, sendo que à expressão de felicidade corresponde a classificação “Sem Dor” e à expressão de máxima tristeza corresponde a classificação “Dor Máxima”
Esta escala é particularmente útil em crianças que não têm capacidade para explicar a sua dor e com recurso ao desenho das desenhos das faces, assinalam qual a que mais se assemelha ao seu estado atual.
A IMPORTÂNCIA DO DIÁRIO DA DOR
É importante que o doente mantenha um diário da dor, para a monitorização do tratamento. Nesse diário, os doentes podem registar a intensidade da dor, a administração de medicamentos, os efeitos secundários associados, as suas atividades e o seu bem-estar em geral.
Esta ferramenta ajudará depois o médico a escolher o tratamento adequado para cada doente em particular e a estabelecer objetivos terapêuticos em conjunto com o doente. Também requer uma colaboração ativa e um maior envolvimento do doente no seu próprio tratamento.
Com o envelhecimento, o limiar de dor aumenta e, pacientes idosos, podem apresentar problemas graves sem que a dor seja um sinal de alarme, é por isso de extrema importância o acompanhamento destes doentes na avaliação da dor.
Fique a conhecer várias dicas e conselhos práticos para controlar a dor na nova plataforma Dor.
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