Share the post "Ataque epilético: como se manifesta, o que fazer, como tratar?"
Aprender a lidar com o ataque epilético e estar consciente do que o despoleta irá ajudá-lo a reduzir a sua frequência e, consequentemente, a ter uma melhor qualidade de vida. Recorde-se que as convulsões variam consoante o tipo, o que implica que possam ter riscos diferentes.
Ataque epilético: o que o desencadeia
Antes de vermos como se manifesta o ataque epilético e o que fazer é importante que tenhamos uma noção de fatores que podem desencadear uma crise (1):
- Privação do sono
- Em momentos de febre ou outras doenças
- Padrões ou luzes brilhantes intermitentes
- Uso de álcool ou drogas
- Stress
- Associado ao ciclo menstrual (mulheres) ou outras alterações hormonais
- Má alimentação: baixo nível de açúcar no sangue podem desencadear uma crise
- Alimentos específicos, excesso de cafeína, entre outros, podem agravar convulsões
- Uso de certos medicamentos
Contudo, por vezes, não é fácil percebermos qual o “gatilho” que despoleta o ataque epilético. Um “gatilho” é algo que ocorre de forma consistente antes de uma convulsão.
Se conseguir perceber com que frequência o “gatilho” acontece tanto melhor. Experimente colocar em prática algumas estratégias que o poderão auxiliar e, em conjunto com o médico, perceber como pode atuar:
- Sempre que tiver uma convulsão, anote a hora do dia em que ocorre, em que situação e como se sentiu
- Perceba se algum dos gatilhos descritos acima estava presente
- Depois de perceber se uma situação está a ocorrer de maneira consistente antes das convulsões, pense se isso também acontece em outros momentos
- Se achar que determinada situação pode estar a desencadear, aponte no seu diário
Ataque epilético: como se manifesta
Durante um ataque epilético ocorrem mudanças de consciência, sensoriais, emocionais ou de pensamento como (1, 2):
- Perda de consciência, inconsciente ou desmaio
- Períodos de esquecimento ou lapsos de memória
- Incapacidade de ouvir
- Perda de visão ou incapacidade de ver
- Alucinações visuais (objetos ou coisas são vistas quando realmente não estão lá)
- Dormência, formigamento ou choque elétrico sentidos no corpo, braço ou perna
- Sentimento de pânico, medo (sentimento intenso de que algo de mau vai acontecer)
Mudanças físicas:
- Dificuldade para falar (pode parar de falar, fazer sons ou falar sem sentido)
- Incapacidade de engolir, babar-se
- Piscar repetidamente, os olhos podem mover-se para um lado ou olhar para cima ou olhar fixamente
- Rigidez muscular
- Tremores, contrações ou movimentos bruscos (podem ocorrer em um ou ambos os lados do rosto, braços, pernas ou corpo inteiro)
- Automatismos (movimentos repetidos e sem propósito) envolvem o rosto, os braços ou pernas
- Movimentos repetidos das mãos
- Perda do controle urinário ou das fezes inesperadamente
- Sudorese
- Mudança na cor da pele (parece pálida ou corada)
- Morder a língua
- Dificuldade para respirar
O que fazer?
Saber atuar quando estiver perante alguém com uma crise convulsiva pode prevenir possíveis efeitos adversos. Esteja atento às seguintes dicas (2):
- Tente ficar calmo, só assim conseguirá ajudar
- Se o indivíduo tiver comida ou líquido na boca, vire-o de lado
- Mantenha-o seguro e proteja-o de ferimentos
- Proteja a cabeça do indivíduo (coloque algo macio por de baixo como um casaco) e solte qualquer roupa apertada
- Tranquilize-o até que ele se recupere
- Se possível, cronometre a convulsão
- Tente colocar o indivíduo na posição lateral de segurança: rode suavemente a pessoa para o lado depois que os movimentos pararem
- Não coloque nada na boca ou mova a pessoa, a menos que ela esteja em perigo
Ataque epilético: como tratar
Recorrer a um médico neurologista é a primeira linha de base. Este irá fazer um estudo aprofundado, chegar a um diagnóstico e delinear o melhor tratamento para o seu caso. Irá também ajudar a perceber quais as estratégias mais eficazes para que possa identificar e evitar os gatilhos, diminuindo assim os riscos associados.
- Foundation (2012). Disponível em: https://www.epilepsy.com/
- Better Health (2018). Epilepsia. Disponível em: https://www.betterhealth.vic.gov.au/health/conditionsandtreatments/epilepsy