Está apaixonado? Será amor ou obsessão? Vamos descobrir!
Em algum momento da nossa vida é natural que já tenhamos adotado algum comportamento ligeiramente obsessivo em relação a alguém por quem nos sentíamos apaixonados. Quem nunca se questionou vezes e vezes sem conta: “Quando é que será que me vai ligar? Será que me vai ligar?”. O problema acontece quando o amor se torna patológico e os comportamentos desadequados surgem.
A paixão ocorre geralmente nos primeiros meses de um relacionamento amoroso saudável. Pode envolver pensamentos persistentes acerca da pessoa amada e vontade de passar cada momento com essa pessoa. Um relacionamento de amor saudável geralmente evolui ao longo do tempo, tende a amadurecer, passando a incluir compromisso, amizade e respeito sólido pela outra pessoa e pelas suas necessidades.
Relacionamentos saudáveis permitem que ambas as pessoas se sintam amadas, cuidadas e respeitadas. A individualidade de cada pessoa e a busca pelas suas próprias ambições profissionais e recreativas é respeitada, e as amizades fora do relacionamento amoroso são estimuladas.
Amor ou obsessão: quais as diferenças?
Amor ou obsessão, eis a questão! Ao contrário do que possamos pensar, não é assim tão pouco comum que as pessoas confundam o amor patológico e obsessivo, com o amor saudável. Vamos então esclarecer algumas das principais caraterísticas do amor obsessivo:
1 – No amor obsessivo os sentimentos tornam-se extremos, expandindo-se a ponto de se tornarem obsessões.
2 – O ciúme patológico e delirante está presente-
3 – O relacionamento amoroso apresenta caraterísticas aditivas: a pessoa que sofre de amor obsessivo tende a querer gastar tempo excessivo com o seu objeto de amor; pensa e envolve-se excessivamente em comportamentos que a ponha em contacto com o objeto de amor em grau extremo; pode limitar o tempo que dedica a atividades recreativas ou a outras relações sociais, de forma a dedicar cada vez mais tempo à pessoa amada.
4 – Comportamento de prestar atenção e cuidados à pessoa amada de forma repetitiva e desprovida de controlo, sendo que esta conduta passa a ser prioritária em detrimento de outros interesses antes valorizados.
5 – Presença de dependência emocional: quando alguém depende excessivamente do outro elemento da relação; num relacionamento marcado pela dependência emocional uma pessoa é controlada ou manipulada por outra.
6 – Pessoas que amam de forma obsessiva tendem a: ter uma baixa autoestima; sentir uma atração irresistível e necessidade de proteger a outra pessoa; ter pensamentos obsessivos sobre a pessoa amada; monitorizar constantemente a outra pessoa; ter medos irracionais e exagerados de abandono.
Como não fazer do amor uma obsessão?
1 – Goste e cuide de si!
2 – Não se envolva num relacionamento amoroso apenas com o objetivo de preencher um vazio: um relacionamento amoroso deve acrescentar algo de positivo à sua vida.
3 – Encontre e desfrute de atividades prazerosas: prática de atividade física; convívio com família e amigos; atividades de lazer.
4 – Procure ajuda: se tem dificuldades em viver um amor saudável peça ajuda a um profissional da área da saúde mental.
Em suma
O amor é um sentimento maravilhoso, que nos faz sentir tranquilos, felizes, saudáveis e emocionalmente estáveis. Infelizmente, nem todos os casais apaixonados vivem uma relação marcada por estes sentimentos.
Saber se aquilo que sentimos ou aquilo que sentem por nós é amor ou obsessão pode não ser tão fácil quanto julgamos. Cuidar da pessoa amada é algo natural e até esperado no contexto de um relacionamento amoroso saudável. Contudo, ao contrário do que acontece na obsessão, tal comportamento ocorre com controlo e duração limitada e o desenvolvimento e a realização pessoal são preservados.
O amor doentio não é realmente amor. É sim uma condição em que uma pessoa tem pensamentos intrusivos sobre outra e é incapaz de se concentrar em algo para além disso.